— Ele faz o quebrado parecer belo, e o forte parecer invencível. Ele anda com o universo sobre seus ombros. Fazendo-o parecer como um par de asas.
Harry fungou baixinho quando Louis terminou de ler. Eles estavam a horas sentados juntinhos enquanto Tomlinson lia um capítulo atrás do outro, a história estava tão envolvente que eles se recusaram a deixar para finalizar a leitura em outro momento.
— É tão lindo, Lou. A história e o amor deles. — sussurrou quando o mais velho fechou o livro, o colocando ao lado das suas pernas.
— Você chorou bastante, meu doce. Está com dor de cabeça? — questionou preocupado, o envolvendo em seus braços e distribuindo beijos doces na bochecha dele.
— Estou bem. — Harry virou de lado, deitando a cabeça no ombro de Louis, passando os dedos pela mandíbula dele com carinho — Sabe, Lou... Eu vejo muito de você no príncipe William.
— Por quê? — perguntou, curioso e surpreso.
— Mesmo que não conhecesse o príncipe Edward, ele sempre demonstrou apoio. Ele viu quem Edward realmente era, sabia que aquilo era algum tipo de válvula de escape... William sabia que ele era bom, e o ajudou, mesmo que isso não fosse benéfico para ele. Diferente de todos, ele lutou pelo príncipe, assim como você luta por mim.
— Por isso pensa que somos parecidos? — Louis não admitiria, pelo menos não agora, que isso fazia seu interior borbulhar. Ao ler tudo, ele criou uma grande admiração pela personalidade do príncipe, por como ele é, e por tudo que fez.
Príncipe William é o homem que muitos matariam para ter. Afinal, quem não gostaria de ser amado ao ponto de alguém desistir de tudo aquilo que foi preparado a vida inteira para ter, apenas para defender o seu amado?
— Você é cheio de bondade, como ele. Seu coração é tão bom e puro, como o dele. Assim como William enxergou o verdadeiro Edward, você enxergou o verdadeiro Harry, e tudo que acontecia por trás da cortina. Não se deixou enganar pelos sorrisos falsos, e não se importou se isso prejudicaria você, apenas entrou de cabeça, lutou por mim, esteve por perto por mim, e não se deixou abalar por nada.
— Ei, meu lindo, não chore.
Tomlinson levou os dedos ao rosto do mais novo, limpando as pequenas lagrimas que haviam ali, beijando de leve os lábios do garoto, roçando seus narizes, ao perceber que Harry estava com os olhos fechados, ele se inclinou e beijou ambas as pálpebras.
— Nunca vou ter palavras boas o suficiente para te agradecer por tudo, mas espero que saiba que serei sempre grato por fazer tanto por mim. — Harry sussurrou, abrindo os olhos, e se deparando com o belo oceano que é os olhos de Louis, bem na sua frente, com as pupilas um pouco dilatadas e um brilho cintilando em suas irises.
— Caso fosse preciso, eu faria tudo novamente, e muito mais. Você merece tantas coisas, Harry.
— Você merece tudo, Lou. Eu gostaria que existisse mais Louis por aí, sabe... Para que outras pessoas tivessem uma pequena chance de se sentirem como eu me sinto agora. — sussurrou.
— Outros Louis? Mas já tem eu. — riu baixinho, apenas aproveitando os beijos que eram distribuídos pela extensão da sua mandíbula.
— Não se faz de sonso, garoto. Você entendeu o que eu quis dizer. — Harry resmungou, sabendo que Tomlinson estava fazendo de propósito para que a bendita frase saísse por sua boca.
— Não precisa existir outros, sendo que eu já existo, meu doce. Isso é confuso. — Tomlinson franziu as sobrancelhas, o encarando em dúvida.
— Outros para outras pessoas, porque você mocinho, já é todinho meu. — respondeu calmo, mordendo levemente o pescoço do mais velho, depois beijando o local onde estava a marca dos seus dentes.
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Frustration || Larry Stylinson
Hayran KurguF.r.u.s.t.r.a.ç.ã.o 1.PSICANÁLISE Estado de um indivíduo quando impedido por outrem ou por si mesmo de atingir a satisfação de uma exigência pulsional. Harry é um garoto de 18 anos que nunca teve a oportunidade de aproveitar sua adolescência devido...