42.

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Harry revirou os olhos fortemente ao ouvir os burburinhos ao seu redor, enquanto caminhava em direção a mesa que seu namorado estava sentado, junto a Zayn.

Já faziam quase três semanas desde que descobriu que as pessoas estavam criando teorias malucas a respeito do seu namoro e da sua amizade com Malik. E depois de ter dito aquilo para Liam, ficou pior, os rumores aumentaram, as conversinhas sobre eles ficavam mais frequentes e mais coisas chegavam ao seu ouvido.

Agora, em meio ao refeitório, ele via o quão estúpido tudo isso estava sendo. Inicialmente não deu a menor atenção para tudo que estavam dizendo, porém, se sentia cansado e irritado com os olhares e as risadinhas debochadas que o direcionavam.

Suspirou ao finalmente sentar ao lado do namorado, cumprimentando os dois rapazes e se mantendo quieto.

— Você está bem? — Tomlinson o questionou, estranhando a quietude do namorado.

— Sim. Eu só me sinto um pouco incomodado com todos esses olhares, e com todas as insinuações que eles jogam em cima de mim. — revirou os olhos. — Qual a dificuldade deles de cuidarem da própria vida?

— Já faz muito tempo, achei que a poeira ia baixar logo. — Zayn resmungou.

— O melhor é fingir que todos eles não existem. — Louis proferiu. — Se perceberem que estão nos afetando com essa história toda, aí, sim, é que não vão nos deixar em paz. Com certeza tem alguém espalhando coisas diariamente, para manter todos eles com o foco na gente, o melhor a se fazer é ignorar.

— Bom dia, trisal. — Niall cumprimentou, se jogando em uma das cadeiras, tomando cuidado para sua bandeja não cair.

— Chega disso, existe uma coisa chamada limite, vocês deviam tentar, algum dia. — o moreno resmungou. — Esqueçam isso, ok? Já basta toda essa gente enchendo o saco, e isso não vai rolar, nunca. Se tem uma coisa que Harry e eu somos é uma coisinha chamada: monogâmicos, muito monogâmicos.

O loiro desencadeou uma crise de riso alta, ele adorava provocar os três, desde que descobriu sobre a fofoca que todos estavam comentando, todos os dias sem falta, ele atormentava os amigos com isso, mesmo vendo Louis perder a paciência.

— Niall, você também não, por favor. — Malik revirou os olhos; — Se continuarem com isso, o Louis vai literalmente me matar, percebeu como ele me encarou?

— O Louis não machucaria você. — Harry o defendeu.

— Você tem certeza disso? — arqueou as sobrancelhas. — Porque ele já fez isso uma vez.

— Zayn, chega. — Louis interviu; não querendo que aquilo fosse tópico de conversa.

— Do que estão falando? — o garoto questionou curioso.

— Um dia, o Louis quase me matou. Foi insano, juro. — ele riu ao lembrar da cena. — Apesar de entender o porquê dele ter feito tudo daquela forma, na hora eu senti muito medo.

— A gente não precisa falar sobre isso, já faz meses. Esquece desse assunto. — murmurou tedioso.

— Eu quero saber. — Harry resmungou. — Conta.

— Lembra que no início minha aproximação te deixava desconfortável? Pois é. Um dia eu estava sozinho no vestiário, depois do treino. Louis esperou todo mundo sair para ficar a sós comigo, chegou mansinho, como quem não queria nada, me perguntou o que eu queria com você, para ficar por perto por tanto tempo, disse que você não gostava da forma como eu agia, e que era para eu te deixar em paz.

Tomlinson balançou a cabeça de um lado para o outro, focando apenas na sua comida, fingindo não ouvir o que o amigo falava.

— Eu ainda tinha que me manter por perto, então eu disse que queria apenas ser seu amigo, e que não me afastaria, apenas se você viesse até mim para pedir isso. De um segundo para o outro, ele me jogou contra os armários, eu nunca tinha visto ele daquela forma. Louis disse que se eu te fizesse se sentir desconfortável novamente, te deixasse mal de alguma forma ou ultrapassasse algum limite, ia quebrar minha cara na base do soco.

Frustration || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora