VII

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No dia da viagem o tempo não se encontrava nem um pouco adequado para se estar em uma carruagem durante dias. Coloco um vestido de tecido grosso cor cereja. Lembrando do que Andreas disse, pego um longo casaco preto e coloco por cima do vestido. Vou até a janela e já consigo ver a carruagem da viagem com o símbolo de corvos nas laterais. As servas carregam minhas coisas para Carruagem enquanto despeço do Rei desgraçado que acha que sou sua filha.

Devido às circunstâncias do meu recém noivado, a necessidade de uma dama de companhia foi dispensada. O que definitivamente me agradou.

Andreas me ajuda a subir na carruagem, ficando ao meu lado, enquanto o rei Filipe fica a minha frente. Passamos a viagem toda em completo silêncio. Apenas ocasionalmente trocando algumas palavras pelo trajeto. Andreas me olhava de canto procurando ver o que eu estava pensando durante a viagem.

Quando chegamos ao reino de Oblivion, já me deparo com um grande portão de ferro que é aberto para entrarmos no reino. O reino em si tinha uma atmosfera pesada, com ruas cobertas por neblina dando aspecto de casas flutuantes assim como Andreas falou o reino fazia frio incessante. Mesmo com meu casaco já sentia meus ossos doendo e meu rosto petrificado. Muitas pessoas que estavam pela rua usavam grandes casacos de pele, botas até o joelho e não apareceram nada amistosas.

Chegando perto do Castelo, vejo uma arquitetura com duas torres em cada lado separadas por uma torre gigantesca central. O castelo parecia um lugar que certamente um vampiro moraria. Assim como me ajudou a entrar na carruagem, o príncipe fez o mesmo me ajudando a sair.

Entrando na parte interior do Castelo encontro 7 pessoas que possivelmente são os irmãos de Andreas e sua mãe. Dos seis irmãos, duas eram mulheres, eram muito parecidas com sua mãe que tinha o cabelo loiro e olhos grandes e verde mel.

— Marie, quero que conheça minha família — Diz o Rei Filipe. — Essa é a minha esposa Morgana, e meus filhos Mathias, David, Pedro, Daniel, Elise e lunar.

— É um prazer. — faço uma reverência.

— Vamos querida, mostrarei seus aposentos — Disse a rainha, já seguindo corredor a frente. — Foi uma notícia muito satisfatória em saber que finalmente casarei meu primeiro filho, o que não foi tão satisfatório foi saber que a proposta de casamento vem no de um Reino cujo Rei anteriormente queria atacar outros reinos desavisados, quebrando o tratado de paz. Infelizmente meu marido ainda está cego pela amizade de infância que existia entre eles.

— Eu... — Eu concordo com tudo que ela está falando. Também acho o rei um hipócrita indigno de restabelecer relações e alianças com qualquer reino. Entretanto, como estou no papel de sua filha, não posso deixar isso aparecer.

— Por favor, não diga mais nada. Estou farta de palavras sem valores do Reino de Dominion — Ela abriu a porta de madeira e me impulsionou para dentro. — Tenha uma boa estadia.

Ao ser jogada para dentro do quarto, percebi que minha estadia ali não era nem um pouco bem-vinda, o quê leva a crer que não terei muita paz no período de tempo que estarei aqui. Apesar das palavras ácidas da rainha, a entendia com perfeição. Fui até minha cama temporária, me sentando. O quarto em si não lembrava nada o quarto da princesa em Dominion. O quarto tinha pouca iluminação, imóveis góticos. O conjunto da cama tinha cor vinho. Fui até o armário, e ao abrir descobri que constava alguns vestidos ali. Provavelmente tinham pedido, pensando que eu não traria roupas adequadas para o curto tempo que ficaria ali.

O casamento acontecerá daqui uma semana. Peguei um dos vestidos do cabideiro, colocando-o, o tecido do vestido da cor azul marinho era grosso e pesado, porém conseguia aquecer muito mais do que o outro que estava usando anteriormente.

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