As notícias de imigrantes clandestinos apareciam constantimente nos jornais assustavam o homem que ouvia a reportagem, enquanto resolvia algumas pendências em seu escritório. O capitão Kim Jeakgong ouvia as notícias que passava na tv ainda pensativo. Ele tentava entender o sufoco de alguém em deixar seu país para tentar a sorte em outro. E da forma errada.
__ Entre.__ O homem disse ao ouvir pancadas na porta.
__ Senhor, houve um acidente na estrada a caminho da cidade, parece ter sido grave. Fica há uns dez minutos daqui...
__ Alguns homens já seguiram para o local?__ Kim perguntou olhando para o soldado.
__ Sim senhor.
__ Sabe informar quantas vítimas haviam no carro?
__ Ainda não senhor.__ Kim sabia que esse acidente causaria um auvoroço no vilarejo.
__ Vamos para o local.
Era uma pequena van que carregavam sete passageiros, quatro vieram a óbito, os outro três foram rapidamente levados para o pequeno hospital até que chegasse o resgate. Eram imigrantes que só queriam uma chance para mudar de vida.
__ Chefe, encontrei isso.__ O soldado Lee entregou-lhe uma mochila feminina.__ Não pertence a nenhum dos passageiros.
__ Como sabe?
__ Os documentos da dona da mochila não bate com nenhuma das vítimas. Só tinha uma mulher no carro, era uma senhora com cerca de oitenta anos, não tem como ter uma identidade falsa com vinte e três anos de idade apenas.
__ Me dê isso.__ Pediu o capitão.__ Deixe comigo, vou investigar.
Os soldados do batalhão do capitão Jeakgong vasculharam o local mas não viram ninguém. No tardar na noite e todos cansados do dia dificil que tiveram, só queriam descansar. Os homens não notaram a garota desmaiada na beira do lago.
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Ao chegar em casa, Kim analisou a documentação da garota sumida. Zoéh Flaier, vinte e três anos, brasileira e um documento em português que ele não compreendia.
__ Quem é você? Onde está? E como veio parar aqui?__ Ele sussurrou.
Kim estava pensativo, toda aquela situação fez ele lembrar do quão solitário eraa sua vida de capitão dum batalhão militar coreano.
Era madrugada quando Kim assustou-se com o barulho de coisas caindo no quintal. Com sua pistola já em mãos, o homem levantou-sede sua cama usando apenas sua calça confortável de algodão.
Ele ficou verdadeiramente assustado ao ver a garota que havia desmaiado em seu quintal. Era a mesma da foto da identidade. Como pode algo acontecer assim sem ser premeditado?
O homem há levou para dentro de casa e cuidou dos seus ferimentos. Ele estava impressionado com a beleza, delicadeza angelical e tamanho minúsculo da garotinha de pele cor de chocolate. Seus cachinhos de mola lhe encantara, ele achava tão diferente das demais mulheres que ele ja viu.
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A manhã logo chegou, mas o capitão não dormiu, por sorte era o dia de sua folga naquele sábado, o que lhe fez imaginar passar o dia conhecendo uma estranha.
__ Onde estou?__ A garota falou a língua nativa do país asiático de forma perfeita.
__ Vilarejo Sol Nascente, província de Seul.__ Ele havia achado sua voz muito angelical.__ Você sofreu um acidente. Teve sorte de não ter sofrido muita coisa alem de um punho quebrado. Essa é minha casa e sou Kim Jeakgong, capitão do batalhão daqui do vilarejo.
__ Sou Zoéh.
__ Como você veio parar aqui? Você é uma imigrante clandestina?__ Ela arregalou os olhos assustada.__ Porque é meu dever leva-la para ser deprtada.
__ Não, por favor.__ Os olhos do capitão não saía um minuto da garota.__ Eu sou enfermeira voluntária, trabalhava em Seul, mas me escrevi no cadrasto de enfermeira voluntária. Estava vindo ver a casa onde iria morar quando houve o acidente.
__ Jura para mim que não é clandestina?__ Ele queria acreditar nela.__ Cadê seu passaporte? Quero ver o visto.
__ Você precisa confiar em mim capitão.__ Ele respirou fundo.__ Com a pressa, acabei deixando alguns documentos em Seul. Eu juro. Mas deixe eu me recuperar que vou busca-los.
__ Como uma pessoa de vinte e três anos já é enfermeira?__ Era natural que ele desconfiasse.
__ Terminei o ensino médio aos dezessete anos, estudei enfermagem e estou aqui na Coreia desde os vinte e um anos de idade.__ Ela segurou a mão do homem.__ Não estou mentindo capitão.
Kim queria acreditar na garota, mas uma parte da sua consciência como homem responsável, não queria se deixar levar. Ele sabia que havia algo errado naquela história toda.
__ Você fica aqui até melhorar, vai até o hospital para agilizar suas pendências como enfermeira e voltará para Seul para buscar sua documentação. Ou...
__ Você me entregará para as autoridades.__ A garota completou.
__ Isso mesmo.
Kim preparou um lugar para que a estrangeira descansasse logo após um gostoso banho quente. Sem roupas próprias, a menina vestiu uma camisa do batalhão e uma peça íntima masculina.
Foi impossível não reparar na garota a sua frente, ele estava com medo de ter sido enfeitiçado por uma estrangeira. Enquanto Zoéh não conseguia conter o coração acelerado pelo homem musculoso cheio de tatuagens no peito e braços sem camisa a sua frente. Ela já havia visto muitos coreanos bonitos, mas não como Kim. E seu maior medo era decepciona-lo, afinal ela havia mentido. Ela não tinha visto nenhum para residir na Coreia.
__ Descanse bem senhorita Faier.__ Zoéh riu ao ouvir Kim errar seu sobreno.
__ Obrigado capitão.
#Continua
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O Guardião
ChickLitNum pequeno vilarejo da província de Seul na Coreia do Sul, uma estrangeira perdida e sem querer lembrar do seu passado, acaba sendo ajudada pelo capitão Kim Jeakgong, ele só não imaginou que ajuda-la mudaria sua vida.