Capítulo 11/ Teorias

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Passei uma mecha de cabelo atrás das orelhas e sorri sem graça.

Adan estava sorrindo e me olhando admirado, fazendo eu me sentir a pessoa mais linda do mundo.

-O que foi?- perguntei sem graça

-Você fica ainda mais linda com vergonha.- seus olhos brilharam ao dizer isso.

Sorri com as bochechas vermelhas sem saber o que dizer.

Adan me faz muito bem, isso é evidente, mas ele ainda é um desconhecido, não sei nada sobre ele e isso me apavorava um pouco, e se ele for alguém que meu pai mandou pra me vigiar? essa teoria nasceu no momento em que eu questionei o motivo do meu pai ainda não ter cancelado os meus cartões, eu tinha uma teoria de que meu pai sabia exatamente onde eu estava, não tinha como ele não saber tendo acesso a minha conta bancária.

Meu pai podia ter todas as informações que quisesse a respeito de qualquer pessoa da cidade, e eu sabia muito bem disso.

Então porque ele ainda não tinha mandado ninguém pra vir atrás de mim?

Pontuei mentalmente as teorias que mais me intrigavam...

Teoria 1: meu pai já tinha mandado alguém pra me vigiar de longe, e essa pessoa estava esperando o momento certo para me pegar quando eu estivesse sozinha ou distraída.

Teoria 2: Adan é algum tipo de segurança que eu não conheço do meu pai e está me vigiando de perto, vendo cada passo meu e informando tudo para o meu pai.

Teoria 3: por algum motivo, meu pai ainda não sabe onde eu estou, e ainda está me procurando feito louco pela cidade.

Fiquei olhando para a banda -que tocava animadamente- distraída sem ouvir nada, apenas pensando e repassando essas teorias na minha cabeça.

Nem vi quando Fernando colocou o Ravioli de bacalhau e o vinho que eu tinha pedido, na nossa mesa.

Olhei com as sombrancelhas levantadas para o rosto concentrado e preocupado que encarava o meu.

-Você está bem?- Adan estava com um vinco na testa e sua voz era um sussurro.

-Estou, vamos comer?- disse já enfiando uma colherada do Ravioli na boca, irritada comigo mesma por ter pensado na hipótese de Adan estar aliado ao meu pai e estragar a imagem que eu tinha na minha cabeça daquele homem que até então estava sendo um completo cavalheiro.

Ele me olhou surpreso por minha irritação repentina.

-Você está brava comigo?- ele perguntou e eu senti uma pontada de dor na sua voz.

Senti um aperto no peito e quis me dar um tapa por fazê-lo se sentir assim.

-É claro que não!- falei tentando parecer mais gentil colocando a mão sobre a sua.

A eletricidade correu como luz por nossos corpos.
Ele olhou para nossas mãos e pegou a minha fazendo carinho com o polegar.

Sorri e ele me olhou sério, com preocupação no olhar.

-Então por que você está irritada?- ele perguntou ainda sério.

pensei um pouco antes de responder, é claro que eu não ia dizer que eu estava suspeitando de que ele era um "subordinado" do meu pai.

-Só estou tentando entender você...- respondi em um sussurro olhando para a mesa com medo de tê-lo chateado.

Ele se inclinou um pouco na mesa ainda segurando minha mão, e levantou o meu queixo com a outra mão, me fazendo olha-lo.

Um encontro com o DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora