Capítulo 27/ Reencontro

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Chegamos no aeroporto e fomos correndo comprar as passagens, olhavamos em volta a todo momento, procurando algum segurança ou repórtere.

Não demorou muito para eles aparecerem, fizemos o check in do vôo que teríamos que esperar sair em uma hora.

A Fran ficou preocupada em esperar tanto, e eu confesso que fiquei com o pé atrás também, o aeroporto estava cheio de repórteres provavelmente esperando que eu aparecesse a qualquer momento.

Estavamos escondidos, encolhidos no meio das pessoas, eu a Fran se escorava em mim, percebi que ela estava muito fraca.

—Você está pálida...— falei a olhando preocupado

—Está tudo bem... é só cansaço— falou com a voz trêmula

—Vem você precisa comer alguma coisa— falei puxando ela para a praça de alimentação do aeroporto

—Não! eles vão nos reconhecer— ela disse tentando segurar meu braço e sussurrando

—O que importa agora é você. você tá fraca demais, e duvido que vão deixar você embarcar desse jeito... com cara de que vai desmaiar a qualquer momento— falei baixinho fazendo carinho no seu rosto e ela abriu a boca para falar alguma coisa mas desistiu

Tornei a puxa-la e dessa vez ela não lutou, chegamos na praça de alimentação e arregalamos os olhos ao ver a mesma cheia de gente —mas específicamente fãs minhas com blusas com a minha cara e cartazes escritos "I love you Adan he!"— suspirei e olhei para a Fran que estava com a boca aberta olhando a praça.

—É melhor você se esconder enquanto eu vou lá, não vai ter como fugir disso— falei e ela me olhou como se eu fosse louco

—Ta doido? se te verem vão vir contudo pra cima de ti! não sei se você percebeu mas os seus seguranças não estão aqui— falou debochada e com a testa franzida

—Eu sei amor, mas não tenho nenhuma outra ideia— falei me sentindo derrotado, não importa pra onde fossemos, o local estava tomado pelas minhas fãs

—Deixa que eu vou... fica aqui e não deixa ninguém te ver.— falou saindo em direção a praça de alimentação sem deixar que eu falasse uma palavra

Tentei segurar seu braço inutilmente e a olhei se afastar preocupado.

Será que ela se esqueceu que o pai dela também está procurando ela que nem louco?— pensei sentindo a ansiedade invadir meus pensamentos

Sem aguentar mais dei um passo determinado para procurá-la e senti alguém segurar meu ombro, estremeci com o toque e me virei rapidamente alarmado.

—Calma cara... sou eu.— o homem abaixou a máscara e eu arregalei os olhos vendo o rosto conhecido

—Luke!?— gritei seu nome espantando

Shiii!!— balbuciou com o dedo na boca

prendemos a respiração juntos olhando a praça de alimentação lotada e suspiramos ao ver que ninguém havia nos escutado.

Olhei para Luke e o mesmo me encarava sério, depois ele abriu um sorriso e eu sorri dando um toque com as mãos que fazíamos sempre.

—Que bom te ver irmão!— Luke falou animado com um sorriso nos lábios

—Bom te ver também!— falei compartilhando sua animação

—O que aconteceu? não era pra você estar na Argentina maluco— Perguntei o olhando confuso

—Quando vazou a notícia que você ainda estava no Brasil, fiquei preocupado de você estar aqui sozinho e peguei o primeiro voo pra cá— coloquei a mão sobre seu ombro

—Fala sério Luke... você fugiu do meu pai né?— falei com um tom de voz debochado

—Também... o Homem ficou uma fera, larguei tudo lá e vim correndo pra cá, mas, sim. também vim pra te ajudar.— ele falou piscando e eu dei uma risada abafada da sua explicação

—Mas eae? cadê a gatinha brasileira?— arregalei os olhos me lembrando dela, com o susto que levei nem me toquei do quanto ela estava demorando

Luke ficou tenso ao perceber meu nervosismo e se preparou para me segurar caso eu ameaçasse sair correndo pelo aeroporto para procurá-la — que era uma coisa que eu estava prestes a fazer— quando ela apareceu carregando desajeitada duas sacolas do Subway e um porta copos equilibrando dois refrigerantes.

Respirei aliviado e andei depressa até ela, rindo de seu desequilíbrio eminente, peguei os refrigerantes e as sacolas com os sanduíches e ela pareceu ficar aliviada por ter se livrado do peso.

—Estou faminta...— ela falou em uma voz desanimada

—Eu também— falei caminhando em direção ao Luke que nos olhava curioso

Parei de frente para o Luke que cumprimentou a Fran em mandarim e a mesma olhou pra mim com a testa vincada e parecendo assustada.

—Cara ela não te entendantes que eu pudesse terminar de falar ele me interrompeu

—Olá, meu nome é Luke.— falou em português sorrindo e com um pouco de dificuldade, olhei para a Fran e ela levantou as sobrancelhas a compreensão passando por seu rosto

—Prazer Luke! Pode me chamar de Fran.— ela disse estendendo a mão pra ele

Ele olhou pra mim e eu assenti, voltou a olhar para a Fran estendendo a mão e a cumprimentando.

Na China nós não somos muito acostumados com o toque, nosso cumprimentos normalmente são a distância, formalmente.

Fiquei encantado com o Brasil ao ver que eles sempre demostram carinho até mesmo na forma de cumprimentar, apesar de já ter visto isso nos outros países que viajei, o Brasil foi o que mais percebi ter essa importância do toque.

—do you speak english, luke?— ela perguntou e ele sorriu animado

*Você fala inglês Luke?*

—Yess!— ele falou animado dando uma piscadela e nos três gargalhamos alto.

*Simm!*

Dessa vez elas ouviram e eu senti meu coração parar junto com todos os órgãos do meu corpo, sentindo todos os olhos daquela praça de alimentação encarando minhas costas.

Fechei os olhos me preparando para os gritos.

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Tô sumida? tô nada, tô feliz de mais gente!!! aconteceu uma coisa incrível, mas depois conto pra vocês... boa leitura beijinhos

Um encontro com o DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora