Dois jovens que venceram a barreira da inimizade e acabaram por abrir um bar juntos, encaram de frente a montanha russa de sentimentos que surge com a aproximação.
Korn que secretamente nutria sentimentos por Wai desde a faculdade, acaba por ficar n...
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O tempo lá fora parecia bom, mas meu humor não era dos melhores. O sono tinha decidido me abandonar no momento que mais precisava dele e cansado de rolar na cama pelo que parecia ser uma eternidade, apenas parei com as mãos cruzadas na frente do corpo, encarando o teto escuro com impaciência.
As lembranças de Wai se aproximando e depois saindo confuso se misturavam com o sonho e seu olhar pouco animador de minutos antes de eu sair do bar acompanhado por Earn.
Aquilo estava me enlouquecendo e de forma impaciente passei as mãos pelo rosto, me levantando de maneira abrupta, tentando dar um basta no rumo que meus pensamentos estavam tomando.
Peguei meu celular sobre o móvel ao lado da cama e na tentativa de passar o tempo, abri minhas redes sociais e quase caí para trás com a primeira foto que surgiu na tela.
Era Wai numa viagem à praia, na sua última folga de semanas atrás. Ele usava um short curto na cor preta e uma blusa estampada, das quais não prestei muita atenção nos detalhes, dado que ela estava com os botões abertos, mostrando todo seu tronco bem torneado.
— Que merda que estou fazendo? — falei passando a mão livre pelo cabelo fazendo uma leve pressão nos mesmos na tentativa de voltar a realidade após me dar conta do tempo gasto analisando cada centímetro do corpo alheio e num ato de desespero joguei o celular sobre a cama, voltando a pegá-lo quando este vibrou indicando uma nova mensagem.
Meus olhos saltaram sobre a tela com o conteúdo escrito e nem me dei ao trabalho de responder, apenas me levantei e sai batendo a porta com um pouco a mais de força.
Após sair do bar com Earn mais cedo, tinha mandado uma mensagem para Wai informando que não poderia comparecer à noite, mas que compensaria na próxima folga, mensagem essa que foi apenas visualizada.
Como se não bastasse, a mulher que parecia amorosa quando estava no bar, tomou uma postura agressiva quando a levei até sua casa, acarretando numa longa discussão.
— Earn, qual o seu problema? — questionei vendo a mulher bufar entrando na sala de estar da sua casa.
— Você é realmente ridículo Korn — disparou com certa raiva — Você ficou com raiva por conta dessa caneca ridícula e resolveu passar a noite fora? Ainda mais com aquele aproveitador?
— O que aconteceu com a pessoa, que estava preocupada comigo? E sim, eu fiquei chateado, chateado não, com raiva por você quebrar minha caneca da sorte.
A mulher à minha frente riu descaradamente com minha declaração e meu sangue esquentou pela raiva que começava a surgir.
— Caneca da sorte? — desdenhou — Isso é ridículo.
— Ridículo é sua falta de sensibilidade — disparei sem me importar com o tom da voz se elevando — Ridículo é você pensar ser superior por conta da sua família e se achar no direito de decidir quem deve ser meu amigo ou não.
