Dois jovens que venceram a barreira da inimizade e acabaram por abrir um bar juntos, encaram de frente a montanha russa de sentimentos que surge com a aproximação.
Korn que secretamente nutria sentimentos por Wai desde a faculdade, acaba por ficar n...
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O clima estava realmente bom e as ruas de Bangkok pareciam mais bonitas aos meus olhos. Após me despedir de Korn na entrada do bar, segui até a pista de skates, fazendo o caminho — pela primeira vez — sem me sentir triste ou estressado.
O bip do meu celular me fez parar por um instante, observando a tela com uma nova mensagem de Louis perguntando sobre o fim de semana me fazendo lembrar que precisava reservar os quartos, mas antes precisava ver com Korn qual praia ele queria ir. Hua Hin seria uma boa opção, mas o conhecendo sem dúvidas ia querer ir para alguma das praias do sul, talvez Krabe ou quem sabe Phi Phi, não importava o lugar desde que ele estivesse ao meu lado.
Respondi com uma mensagem curta e coloquei os fones de ouvido enquanto vagava em pensamentos — a maioria deles relacionados a Korn — e observava as ruas movimentadas, até chegar no meu destino.
A pista estava praticamente vazia e isso era realmente bom.
— E aí P'Wai? — Tong, um nong que sempre estava na quadra, me cumprimentou sorridente como sempre fazia vindo na minha direção — Você parece mais feliz hoje.
— Porque eu realmente estou — respondi com um sorriso olhando de soslaio.
— Que bom Phi, não aguentava mais suas lamentações — que moleque atrevido, mas não podia reclamar, no fundo, eu sabia que sua fala era verdade.
— Você já está indo embora? — perguntei observando ele recolher seu skate e guardar o celular na mochila.
— Não estou podendo ficar muito tempo ultimamente, minha mãe está doente e meu pai... bom, meu pai continua tentando segurar as pontas — sua voz soava triste e não podia dizer que não entendia o que ele estava passando, a diferença era que minha família nunca foi unida em nada.
— Depois você pode passar lá no bar? — perguntei colocando uma mão sobre seu ombro, recebendo um aceno positivo com a cabeça.
— Agora realmente tenho que ir Pi — disse já se retirando.
— Su su — falei um pouco mais alto, recebendo um aceno com a mão, observando ele se misturar por entre os carros.
O tempo permanecia agradável e aproveite ao máximo a pista quase vazia. Andar de skate era libertador e revigorante, sentir a brisa leve bater no rosto causava a maior e melhor das sensações e queria que Korn sentisse isso também, mas entendia o seu motivo de não ter aceitado meu convite.
Olhei o relógio de pulso e já marcava próximo das quatro da tarde — sempre me empolgava quando estava na pista — e mesmo que Korn tenha avisado que só chegaria depois do anoitecer, queria organizar algumas coisas do estoque antecipado, assim ele teria menos serviço e mais tempo comigo.
Korn era alguém que eu pretendia manter ao meu lado e desejava tornar nossa relação mais séria e embora ele tenha terminado a pouco tempo um relacionamento de anos, queria que ele soubesse que desejo ir além de dormir com ele em um quartinho.
