A marcha nupcial começa e as portas são abertas, vejo ela entrando e caminhando em direção ao altar onde estou.
Vejo os membros da famiglia virarem olhando para ela, toco meu dedo anelar e suspiro sentindo falta do anel de casamento que dividi com Amélia.
É estranho ter que fazer isso outra vez, durante toda minha vida só tive Amélia, fomos eu e ela sempre e casar só esteve nos meus planos pelo fato de ser ela a minha prometida, nunca imaginei que algum dia precisaria casar com alguém por conveniência e precisasse ter outro filho.
E isso é algo que não quero de maneira alguma, quando Amora morreu foi a pior coisa que me aconteceu, vê-la no estado que eu vi é algo que eu não desejo a pai nenhum, nem mesmo a um inimigo.
Saber tudo que ela sofreu antes de morrer me fez passar dias inerte em uma dor e me sentindo culpado, afinal tudo só aconteceu pelo fato de meus inimigos quererem me ferir.
E então veio a morte de Amélia que um tempo depois eu também descobrir ter sido armado, eu não quero outro filho para que ele corra o risco de morrer.
A Angel eu posso proteger e ela também sabe se proteger sozinha, eu até mesmo poderia proteger outro filho, mas não quero correr o risco.
Suspiro e vejo ela na metade do caminho estalo meu pescoço e aperto as mãos sem paciência.
Finalmente ela chega perto e dou dois passos passando meu braço pelo dela e a levando para o altar, vejo ela me olhar de soslaio pelo véu e paro de frente ao padre com ela ao meu lado.
- Estamos aqui nesse dia para celebrarmos a união entre dois que se tornarão um só - ele começa, fico ignorando todas as baboseiras que ele fala.
Por mim eu não casaria de novo, mas se não fizer isso preciso renunciar, sou o líder disso tudo e se fosse facilmente resolvido eu mudava muitas coisas que acho serem desnecessárias, mas não é assim, há muitas questões para mudar isso.
Não é fácil só pelo fato de eu ser um líder, é como um presidente, ele está no poder, mas não é dono de tudo e não foi ele quem fez as leis.
Encaro o padre que continua a fazer a cerimônia, falamos o que precisamos falar e ele abençoa as trocas de aliança.
- Eu os declaro casados - diz - Os noivos podem se beijar.
Levanto o véu dela e a vejo me olhar parecendo um pouco assustada, toco seu queixo e me aproximo vendo ela arfar, encosto nossos lábios e movo devagar vendo ela atrapalhada tentando me acompanhar.
Me afasto e viro para os convidados que batem palmas nos parabenizando, finjo um sorriso e seguro a mão dela caminhando para fora do local, o restante dos convidado vem atrás de nós dois.
Paramos para que o fotógrafo tire algumas fotos e depois caminhamos pro carro para irmos em direção a festa.
Por mim só havia o casamento, mas é de praxe que tenha festa, acabei deixando esse detalhe pela conta da minha filha que ama essas coisas.
Ajudo Karin entrar no carro e entro em seguida atrás dela, ela senta no banco de frente ao meu e a encaro.
Vejo ela olhar o interior da limousine e então parar seu olhar no meu e engolir em seco.
Me movo no banco e abro o armário de bebidas, pego um dos copos e despejo uma quantidade de bebida nele, levo aos lábios e encaro ela.
Vejo seus olhos curiosos e até mesmo medrosos, e isso me deixa um pouco arisco por assim dizer, o medo é algo que me excita muito e ainda tem o combo dela parecer inocente demais para ser corrompida.
Sinto o carro parar mas permaneço no lugar ainda encarando ela que não quebra o contato visual.
- Venha cá - chamo apontando para minha perna, ela arregala um pouco os olhos e se move vindo em minha direção, Karin senta no meu colo e fixa o olhar na porta do carro - Fique assim.
Deixo ela de frente para mim e levanto seu vestido colocando suas pernas em cada lado do meu corpo, sinto a textura de uma meia calça rendada e levanto um pouco vendo ela respirar pesadamente.
Toco seu rosto e desço o dedo pelo seu pescoço, clavícula, até parar em seu decote, afasto devagar a alça do vestido e ela respira pesadamente apertando meu braço.
- Não vou te machucar - murmuro e abaixo mais a alça, puxo o vestido para baixo e deixo seu seio mediano exposto, toco o bico durinho e dou um sorriso de lado ouvindo ela arfar - Você precisa se acostumar.
Passo a língua no seu seio e ouço um som surpreso vindo dela, coloco ele na boca e começo a chupar eroticamente, ela geme manhosa e aperta meu braço.
Suspiro ao sentir a textura macia, sua pele parece seda, me afasto e aperto o bico do seu peito olhando em seus olhos.
Levanto a alça e tiro ela do meu colo, ajeito o vestido em seu corpo e abro a porta saindo e ajudando ela a sair também.
Vejo seu rosto vermelho e seguro sua mão, começo a caminhar para o salão de festas, as portas se abrem e vejo tudo organizado e os convidados sentados em seus lugares.
Ouço palmas e vejo Karin sorrir agradecendo quando alguém nos parabeniza, caminhamos para nossa mesa e vejo minha filha sorrir e ficar de pé.
- Não deu para parabenizar na igreja - ela diz e me abraça apertado deixando um beijo em meu rosto - Estou muito feliz e espero que goste da festa.
- Só pelo fato de ter sido você a organizar está perfeita bambina - falo beijando a testa dela.
- Eu sei - diz piscando o olho, ela vira para Karin que mantém um sorriso mas parece desconfortável - Você é ainda mais linda pessoalmente, está parecendo uma princesa nesse vestido.
- Obrigada - diz sorrindo - Você também é linda.
- Com meu pai sendo assim eu de certo tinha que vim perfeita - minha filha diz e vejo Karin ficar surpresa - Vou deixar os dois sozinhos e curtirei a festa, licencinha.
Ela sai e me sento tendo Karin ao meu lado, mais pessoas vão chegando e nos parabenizando, isso tudo é um farsa, por isso não permaneço muito tempo.
Logo estamos voltando para o carro e indo em direção para nossa casa, durante o trajeto deixo Karin em seus pensamentos.
Ela parece distraída sentada no banco do outro lado, fico a observando e suspiro sabendo que o que eu prometi não ter com mais ninguém terá que ser feito hoje.
Ao menos aqui não tem a tradição de mostrar os lençóis no outro dia, pelo menos não oficialmente, mas sempre que há um casamento as camas são forradas com lençóis brancos, e quando as empregadas vão limpar o quarto de manhã acham a mancha vermelha e então saem falando que a noiva era sim virgem, o que é bem ultrapassado sabendo todas as comprovações científicas de que não são todas iguais.
O carro para de frente a casa e desço ajudando ela, caminhamos para dentro e abro a porta, caminho até o bar no canto da sala e pego um copo com outra bebida, vejo ela parada no mesmo canto e suspiro levando o copo aos lábios.
- Primeiro a direita - falo de costas para ela.
- Me desculpe, como? - questiona e me viro vendo ela engolir em seco - Eu não entendi sobre o que está falando.
- O quarto é a primeira porta a direita, pode se arrumar e se preparar - falo e ela assente rapidamente, mas permanece no lugar, arqueio a sobrancelha e ela se move.
- Com licença - diz e sobe as escadas.
Suspiro olhando para a lareira e sentido falta das fotos de Amélia que existiam lá.
Eu preferi mandar tirar e guardar em um quarto, não seria justo deixar aqui sendo que estou me casando com outra pessoa.
Apesar de não querer casar sei que a minha agora esposa não tem culpa de tudo que aconteceu.
≠
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Rocco - Entre Dever e Poder - Série Santinni's Livro II
RomanceApós a morte de sua amada esposa tudo que Rocco Santinni menos queria era outra pessoa para casar, mas pela lei dos seus sabia que isso precisaria ser feito, para ele tanto fazia quem seria a escolhida, podia ser todas menos ela... Uma Cappolo, ela...