A encaro vendo uma lágrima cair de seus olhos, levo meu dedo e limpo vendo ela morder os lábios.
- Então, estou esperando uma resposta - falo, ela soluça e suspira.
- Você está me deixando confusa - diz com a voz fraca e baixa - Primeiro me trata bem, age como se eu fosse alguém importante, eu me apaixono e te falo, depois você diz que não é capaz de me amar mas vai continuar me tratando bem, então hoje acordo e é ríspido comigo.
Ela comprime os lábios para não chorar, suspiro e me encosto na parede passando as mãos no rosto.
- Eu sinto muito - falo depois de um tempo - Mas é preciso que eu faça isso.
Ela me olha de cenho franzido e funga limpando o rosto.
- Não posso demonstrar afeto ou algo do tipo por você na frente de outras pessoas - digo e ela engole em seco - As pessoas achariam que estou apaixonado por você e te tornariam meu ponto fraco, estou fazendo isso para te proteger.
Ela não diz nada, só abaixa a cabeça, respiro fundo e me sento em uma cadeira colocando ao lado dela e tocando seu rosto para que me olhe.
- Será preciso que isso aconteça para que fique em proteção Karin - falo - Tenho muitos inimigos, minha filha e esposa morreram por conta desses inimigos que tenho, então para sua proteção não posso demonstrar afeto por você.
Limpo mais uma lágrima do seus rosto e ela assente, suspiro e abraço ela tocando seus cabelos.
- Sinto muito não ter dito antes - falo alisando suas costas - Deveria ter conversado sobre isso.
Ela fica calada e só ouço sua respiração.
- Mas não se preocupe, não vou parar de ser quem sou quando estivermos os dois - falo e ela assente ainda não dizendo nada, suspiro resolvendo deixar ela se acostumar com a idéia - Vou resolver algumas coisas e volto para o jantar ok?
- Ok - diz.
Beijo sua testa e me afasto vendo ela olhar para a mesa e suspirar.
De uma forma ou de outra ela sairá machucada, mas ao menos não será fisicamente.
∞
Abro a porta de casa e entro, caminho até as escadas e subo para o quarto, entro e percebo que há alguém na cama, caminho até ela e vejo Karin dormindo, em seu corpo há um roupão.
- Karin - falo tocando o ombro dela que resmunga virando e jogando o lençol sobre o rosto - Karin acorda.
Ela abre o olho e me encara, a vejo se sentar e coçar os olhos bocejando.
- Que horas são? - questiona parecendo sonolenta ainda.
- Oito da noite - falo - Me atrasei para o jantar, já comeu?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Rocco - Entre Dever e Poder - Série Santinni's Livro II
RomantizmApós a morte de sua amada esposa tudo que Rocco Santinni menos queria era outra pessoa para casar, mas pela lei dos seus sabia que isso precisaria ser feito, para ele tanto fazia quem seria a escolhida, podia ser todas menos ela... Uma Cappolo, ela...