𝟏 - 𝐀𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐥𝐚 𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚.

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O dia estava agitado.

A casa de apostas fervilhava de pessoas prontas para depositar sua fé em cavalos de corrida.

Mesmo que os negócios estivessem bons... Na verdade, ótimos, há coisas que nunca mudam. Mesmo com a Shelby Company Limited, as pistas chamam por Tommy.

E onde Tommy vai, a família vai também.

Thomas estava com um pequeno repuxar nos cantos dos lábios enquanto observava tudo. Mas não era apenas isso que fez com quem ele estivesse de bom humor naquele dia.

Vienna estava voltando, ele sabia.

Tia Polly pediu para que ele não contasse a mais ninguém. Vienna queria fazer surpresa, mas Pol nunca foi boa em esconder tudo de todos. Alguém sempre sabia.

Quando pequena, a linda garota de cabelos castanhos foi deixada com os Shelby, como garantia de que seu pai pagaria sua dívida aos Blinders.

E bom, ele não pagou.

Tampouco voltou para recuperar a filha.

Polly a criou do mesmo modo como criou Ada. Uma mulher forte e independente.

E por mais que Vienna fosse propensa a confusões, assim como os garotos, Thomas, Arthur, John e até Finn... Ela se atraia pelas artes.

Um contraste enorme entre pincéis, tinta e lâminas e armas. Mas ambas fazem muito estrago nas mãos ágeis de Vienna. 

— Veja esse números, Tommy! — disse John, chegando perto do mais velho, como nos tempos antigos.

— Muito bons, John Boy, mas preciso de você e Arthur na minha sala, agora.

Sem dar mais explicações, Thomas se dirigiu para sua sala, e em menos de cinco minutos, os outros dois já estavam lá.

— O que foi que aconteceu? — perguntou Arthur.

— Farei um jantar na minha casa hoje, e quero toda a família lá. — Thomas respondeu, acendendo seu cigarro.

— É isso? Pensei que fosse algo importante, porra.

Isso é importante. — retrucou Tom — Estejam lá. John, leve Esme e as crianças, e você — ele aponta para Arthur — Nem chegue perto de neve antes de ir.

...

Todos estavam na sala de estar. As crianças brincavam no andar de cima, junto com Charles, e os mais velhos esperavam enquanto o jantar não ficava pronto.

Michael estava sentado sozinho em uma poltrona de couro preto, fumando um cigarro. Os anos com os Blinders fizeram com que ele adquirisse novos hábitos.

Havia um tempo que sua mãe andava esquisita, como se escondesse algo, e ele suspeitava que esse jantar teria alguma coisa a ver com isso.

— Cadê a Polly? Que demora do caralho. — reclamou John.

— Estou morrendo de fome. — acompanhou Arthur.

— Ouvi meu nome?

Todos dirigiram o olhar para a grande porta, apenas para encontrar tia Polly ao lado da garota morena da qual todos sentiam muita falta.

Todos ficaram boquiabertos e sem fala, exceto Michael.

Ele não sabia quem ela era e nem oque ela significava. Não entendia a reação das outras pessoas no cômodo.

𝐍𝐨 𝐑𝐞𝐠𝐫𝐞𝐭𝐬 - 𝐌𝐢𝐜𝐡𝐚𝐞𝐥 𝐆𝐫𝐚𝐲 - 𝐏𝐞𝐚𝐤𝐲 𝐁𝐥𝐢𝐧𝐝𝐞𝐫𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora