Michael despertou na manhã seguinte e não sentiu o peso de Vienna em seus braços.
Ele abriu os olhos esperando mesmo assim ter um deslumbre dela deitada na cama, ou pelo menos se arrumando em frente ao espelho, mas tudo que encontrou foi a claridade que entrava pela pequena janela. O dia ainda estava nublado, e um vento leve soprava.
O rapaz saiu do quarto dela e foi para o seu próprio para trocar de roupa. Não colocou nada demais, apenas uma camisa limpa e uma calça com suspensórios.
Andou até a cozinha para encontrar Polly à mesa com uma expressão contente no rosto.
— Bom dia. — ela disse.
— Bom dia.
Michael foi até a mesa e se sentou. Polly havia preparado um pão caseiro que cheirava muito bem, um bule de chá e ainda haviam várias frutas como uvas, melancia picada, maçãs...
— Quando teve tempo de fazer tudo isso? — ele perguntou, pegando uma fatia de pão.
— Não fui eu que fiz. — ela respondeu, acendendo um cigarro. — Foi a Vienna. — lançou a ele um olhar insinuativo.
— Por que está me olhando assim?
— Eu vi.
— Viu oque?!
— Você e Vienna dormindo juntos! — ela respondeu animada — Vocês estão se conhecendo melhor ou algo do tipo?
— Oque? Mãe, não... quer dizer, sim, estamos virando amigos, mas ontem ela só teve um pesadelo e eu a ajudei.
— Pesadelo? Oh, não... outra vez.
— Ela tem muito isso? Estava gritando e tudo.
— Ela tinha muito quando era pequena.
— Aconteceu alguma coisa com ela, ou...?
Quando Polly abriu a boca para responder algo, eles tiveram a atenção atraída para a porta.
— Bom dia! — Vienna disse sorridente — Dormiram bem?
Ela veio alegre em direção a mesa e beijou a bochecha de Michael e de Polly, assim como faz todas as manhãs.
Ela usava uma camisa branca, calça e suspensórios. Estava descalça. Parecia um pouco grande, mas combinava com ela.
— Bem, querida, obrigada. — respondeu Polly. — Imagino que vocês dois também tenham dormido maravilhosamente bem.
Vienna corou violentamente com o pensamento que a atingiu. Ela e Michael não tinha feito nada de cunho sexual ou romântico. Apenas um amigo ajudando uma amiga. Mas o pensamento de algo a mais acontecendo...
— Do que está falando tia Polly? — ela perguntou, um pouco confusa, e a mais velha estava se divertindo muito vendo a falta de jeito dos dois.
— Já chega, mãe. — Michael pediu.
Polly ergueu as mãos em sinal de rendição e voltou para o seu chá. Por hora deixaria as crianças em paz. Por hora.
— Bom — disse Vienna — Vou voltar ao trabalho. — E saiu em direção a varanda do chalé.
— Trabalho? — Michael disse.
— Vá lá fora ver.
Ele pegou outra fatia de pão e saiu para onde Vienna estava.
Ao chegar na varanda, ele sentiu a brisa contra seu rosto. Seu cabelo um pouco bagunçado voou e ele procurou Vienna. Ela estava sentada em um pequeno banco de madeira, em frente a um cavalete com uma tela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐍𝐨 𝐑𝐞𝐠𝐫𝐞𝐭𝐬 - 𝐌𝐢𝐜𝐡𝐚𝐞𝐥 𝐆𝐫𝐚𝐲 - 𝐏𝐞𝐚𝐤𝐲 𝐁𝐥𝐢𝐧𝐝𝐞𝐫𝐬
Fanfiction➥ Vienna Collins tem um mantra. "Sem arrependimentos." Depois de passar cinco anos estudando arte na França, Vienna retorna para sua família postiça, tendo construído um império próprio e pronta para encerrar sua vida de crimes de um modo bombásti...