𝟒 - 𝐀𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐬𝐜𝐮𝐭𝐞𝐦.

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O tempo estava um pouco nublado, mas Vienna preferia daquele jeito. O sol escondido da vista, mas mesmo assim esquentando.

Ela trocou de roupa depois de desfazer as malas, e esperou que Michael fizesse o mesmo.

— Vienna, eu já disse que não quero entrar no mar! — ele gritou de dentro do quarto. Ela estava o esperando do lado de fora.

— E eu já disse que você não tem escolha!

Ao sair do quarto com a cara emburrada, Michael foi puxado para o lado de fora pela garota.

A vista era linda. O vento batia gelado contra as bochechas dela. Por um momento, quando seus pés tocaram o mar, Vienna fechou os olhos. Fechou os olhos e respirou fundo.

Se sentiu em casa.

Devagar, Michael tocou a mão dela com a sua. Ela abriu os olhos e o encarou. Ambos sorriram.

— Me desculpe pelo modo como te tratei no carro. — ele pediu, se aproximando — Não é o jeito certo de tratar uma mulher.

— Está tudo bem. Só fiquei um pouco chateada na hora.

Sem dizer mais nada, o rapaz ergueu sua mão que segurava a dela, e a fez girar como em uma dança.

— O que está fazendo?

— Te tirando pra dançar.

— No meio da praia? Sem música?

— Use a imaginação, senhorita...?

— Collins.

— Isso. — ele riu — Use a imaginação, senhorita Collins.

Ela abriu a boca para responder algo, mas oque saiu de seus lábios não foi uma resposta atrevida, como ela daria normalmente.

Ela começou a cantar.

When she was just a girl, she expected the world
But it flew away from her reach
So she ran away in her sleep

Dream of  para-para-paradise
Para-para-paradise
Every time she close her eyes

When she was just a girl, she expected the world
But it flew away from her reach
And the bullets catch in her teeth

Life goes on, it gets so heavy
The wheel breaks the butterfly
Every tear a waterfall
In the night the stormy night she'll close her eyes...
In the night the stormy night away she'd fly...

This could be para-para-paradise
Para-para-paradise
This could be para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh oh

Durante toda a música, eles dançaram sorrindo. E puta merda! Polly estava certa... A voz de Vienna parecia realmente divina.

Michael poderia se acostumar facilmente a ouvir aquela voz todos os dias.

Ao fim da música e da dança, ambos estavam com os corpos colados, e Vienna se atirou para frente o abraçando. Ele retribuiu o abraço.

— Sabe, Michael — ela disse baixinho — Acho que poderíamos ser bons amigos. De verdade. Mas você precisa ceder um pouco. Me deixar entrar.

— Eu vou tentar.

...

Vienna e Michael já estavam de volta no chalé com roupas novas e secas.

𝐍𝐨 𝐑𝐞𝐠𝐫𝐞𝐭𝐬 - 𝐌𝐢𝐜𝐡𝐚𝐞𝐥 𝐆𝐫𝐚𝐲 - 𝐏𝐞𝐚𝐤𝐲 𝐁𝐥𝐢𝐧𝐝𝐞𝐫𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora