𝟐 - 𝐀𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐚𝐦 𝐝𝐞 𝐧𝐞𝐠𝐨́𝐜𝐢𝐨𝐬.

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Hoje o humor de Vienna não está muito bom.

Qualquer um que enchesse a porra do saco dela levaria uma cicatriz para casa.

Foi com isso em mente que a moça passou pela porta da casa de apostas. Seus saltos fazendo barulho firme contra o chão de madeira e seu sobretudo balançando em volta de seu corpo.

O típico modo de vestimenta de um Blinder.

Todos pararam oque estavam fazendo para olhá-la.

— Que foi? — ela perguntou — Perderam alguma coisa na minha cara?

Os empregados de Tommy voltaram para seus afazeres, mas os membros da família apenas continuaram encarando enquanto ela se aproximava.

É, ela tinha crescido.

Era impressionante o quanto ela mudou em 5 anos.

Vienna cruzou a sala e se sentou na mesa junto com os outros.

— Bom dia. — ela disse — Preciso de uma bebida.

Era incomum que as mulheres usassem calça por ali, mas ninguém comentou nada. Preferiam manter suas línguas dentro da boca.

— Bom, agora que Vienna chegou — disse Thomas, ficando de pé — Vamos começar.

Vienna se serviu de um pouco de gim, e bebeu enquanto seus olhos procuraram por Michael.

Quando encontraram, os olhos dele já estavam nela.

— Agora, Vie, se puder por favor falar com eles sobre aquilo... — ela ouviu Tommy dizer.

— Tudo bem. — ela se levantou, acendendo um cigarro e dando uma tragada lenta. Michael achou sexy. — Há um motivo pelo qual voltei de surpresa, sem contar a ninguém. — todos ficaram em silêncio, escutando. — Fiz inimigos daqui enquanto estava em Paris.

— E como fez inimigos estudando arte? — Arthur quis saber, com um fundo de zombaria em sua voz.

— Desse jeito. — disse Tommy, colocando vários exemplares de jornais em cima da mesa.

Ladrão rouba quadros raros da exposição do Museu do Louvre e desaparece sem deixar rastros.

Essa era a manchete de um deles, e vários outros seguiam o mesmo padrão. Roubo atrás de roubo. Morte atrás de morte.

— Você trabalha pra esse ladrão? — perguntou John.

— Oh não, querido. — respondeu Vienna — Eu sou esse ladrão.

Com a fala dela, Polly abriu um pequeno sorriso de canto, e Arthur bateu na mesa gargalhando.

— É disso que eu estou falando! — ele disse — Bater carteiras é uma ova!

— Voltando ao assunto. — disse Tom, tentando recuperar o raciocínio — Vienna comanda um grande grupo em Paris. E eles...

— Grupo como os Blinders? — Ada perguntou, interrompendo o irmão.

— Sim, como os Blinders.

— Então é uma gangue. — Polly disse — Uma gangue comandada por uma mulher... ainda bem que vivi o suficiente para ver isso.

Vienna lançou uma piscadela em direção a Polly.

— A gangue dela não deve ser muito boa, já que aqui nos jornais constam vários homens presos... — disse Arthur, com sua sinceridade implacável e inconveniente.

𝐍𝐨 𝐑𝐞𝐠𝐫𝐞𝐭𝐬 - 𝐌𝐢𝐜𝐡𝐚𝐞𝐥 𝐆𝐫𝐚𝐲 - 𝐏𝐞𝐚𝐤𝐲 𝐁𝐥𝐢𝐧𝐝𝐞𝐫𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora