𝟗 - 𝐀𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐝𝐢𝐚 𝐞𝐬𝐭𝐚́ 𝐜𝐡𝐞𝐢𝐨.

695 54 1
                                    

Mais um dia de trabalho começou.

Os Ghosts estavam se adaptando bem. Agora se vestiam como os Peaky Blinders e eram respeitados na cidade.

Em quinze dias muita coisa pode mudar.

Vienna e Michael não pararam um minuto sequer. Além do trabalho com a Shelby Company Limited, ainda havia a produção e exportação do gim de Tommy e o negócio de vendas de arte de Vienna.

— Bon Matin — disse Matteo, um dos Ghosts, assim que Vienna passou pela porta da casa de apostas naquela manhã.

— Bom dia pra você também, Matteo. O que tenho pra hoje?

— Fechar negócio com um comprador às 16:00, perto do canal. — ele disse, enquanto a seguia para onde havia bebida — Buscar seu novo vestido na costureira às 17:30 — Vienna serviu seu copo de whiskey até a metade — E às 20:00 tem um jantar com Michael Gray.

Vienna quase cuspiu a bebida que estava em sua boca ao ouvir essa última parte.

— Jantar? Tem certeza?

— Oui m'dame — sim senhora, ele disse — Está anotado bem aqui, mas não fui eu quem escrevi.

Em uma caligrafia até que descente estava escrito no pequeno caderno de fato que Vienna teria um jantar com Michael.

Ela sorriu consigo mesma. 

— Obrigada, Matt. — ela disse — Como estão as garotas?

— Fazendo progresso.

Haviam recrutas novas no bando. A alguns dias atrás, Vienna passou por uma rua a caminho de sua nova casa e notou algumas garotas bem mais novas do que ela, perto de um beco.

Vienna deu um novo emprego a elas.

— Ótimo. — ela disse — Já pode ir. Diga a Oliver que tome cuidado e não atire nas garotas por engano.

O rapaz acenou com a cabeça e se retirou.

Vienna andou até parar em frente a porta do escritório de Michael. Não bateu antes de entrar e teve a maravilhosa vista do rapaz com o cabelo bagunçado aparentemente de tanto estresse, acabava por bagunça-lo propositalmente.

— Ah, oi. — ele disse, notando a presença dela.

Ele se recostou na cadeira e fechou os olhos.

— Muito trabalho por aí? — ela perguntou enquanto se aproximava dele.

— Tem gente fazendo merda — ele respondeu — Alguém gastou dinheiro da empresa com peças de carro.

— Tem certeza de que não foi o Tommy? Ele trabalhou com isso por um tempo, não foi?

— Já perguntei pra ele.

Vienna se aproximou até poder se recostar sobre e mesa, deixando o decote de sua camisa a mostra, com os três primeiros botões abertos.

Michael engoliu em seco.

— Você anda muito estressado. — ela disse. — Tomara que consiga relaxar no nosso jantar.

Então era isso. Ela já sabia. Michael sorriu.

— Gostou da surpresa? — perguntou sarcástico.

— Isso eu só vou poder responder no fim da noite.

O perfume dela inebriava os sentidos de Michael. Ele desejava tanto poder beija-la naquele exato momento... Mas não podia. Esse era o jogo dela, e ele estava disposto a jogar.

𝐍𝐨 𝐑𝐞𝐠𝐫𝐞𝐭𝐬 - 𝐌𝐢𝐜𝐡𝐚𝐞𝐥 𝐆𝐫𝐚𝐲 - 𝐏𝐞𝐚𝐤𝐲 𝐁𝐥𝐢𝐧𝐝𝐞𝐫𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora