Capítulo 10

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GREGÓRIO

O fim de semana chega e com ele o primeiro momento de paz e tranquilidade da minha semana, passo a manhã de sábado com o meu filho curtindo um momento de preguiça jogados no sofá competindo no videogame, eu sou uma raposa velha, mas meu meu bebê pré adolescente me venceu a maioria das vezes.

Eu sei que deveria estar dando faxina pois a cozinha está em uma situação impraticável , dona Eva, a nossa diarista, teve que faltar essa semana, pois a filha dela entrou em trabalho de parto e ela foi ficar com o novo netinho. Porém eu resolvi que era dia de aproveitar a companhia do meu garoto já que essa semana eu estava mergulhado em trabalho até o pescoço e não dei a ele a atenção necessária. Quando a fome bate ligo no restaurante de sempre e peço a nossa comida favorita, lasanha com arroz branco e salada, dou permissão ao Lorran para tomar refrigerante, coisa que ele não pode fazer sempre, já que é preciso manter uma dieta saudável.

Depois do almoço finalmente parto para a faxina mas coloco o Lorran para ajudar

— Mas pai eu estou convalescente ainda.

— Mas você não queria ir para a escola na segunda?

— Mais um motivo para eu ficar de boa hoje, tenho que descansar meu corpinho lindo.

— Sem desculpas seu cara de pau, vai já arrumar seu quarto e colocar a sua roupa para lavar na máquina. Se você andar rápido no fim da tarde vai estar disponível para descansar e fazer suas coisas.

Ele sai bufando e eu rio ao me lembrar que na idade dele eu era bem pior e deixava a minha mãe louca ao fugir pela janela para ir jogar bola com os moleques na rua. Mas meu filho reclama e revira os olhos, mas acaba fazendo e nunca fugiu pela janela, graças a Deus. Tenho que admitir que ele é um doce de menino apesar de tudo que passa na vida com o coração e tudo mais.

Quando a casa está digna de um episódio de limpadores compulsivos, eu me dou por satisfeito tomo um banho,autorizo Lorran ir na casa do Miguel jogar video game com o filho dele, Lucas, então saio da minha casa disposto a ter uma conversa séria com uma certa loira que nao sai dos meus pensamentos.

Caminho pelo quintal até o portão que separa nossas casa, subo no banquino e a chamo pelo muro, mas quem me a aprece é uma mulher que não conheço, ela é uma preta muito bonita com seus longos cabelos negros caindo sobre as costas me olha interessasada e faço a mem coisa.

— Eu to procurando a Beatriz, mas não sabia que ela tinha visitas. Falo com ela depois.

— Desculpa mas quem é você mesmo

— Meu nome é Gregório, sou meio que amigo da Beatriz

— Se é meio que amigo da minha cunhadinha é meu amigo também, pode vir ela ta na sala, a propósito eu sou a Lívia.

Desço da beira do muro e fico parado um pouco, se a família veio a visitar posso falar com ele em outro momento, decido voltar para casa, mas o portão é aberto pelo outro lado e a mesma mulher de nome Lívia invade meu quintal.

— Você é muito lento, tive que vir buscar. Vem logo que a coitada da Bea precisa de alguém para salvá-la dos irmãos.

Meio sem graça eu a sigo passando pela espaçosa cozinha da dona Matilde, há um senhor em uma cadeira de rodas perto da mesa comendo o que parece ser bolo de chocolate, o cumprimento com um aceno de cabeça, mas ele parece não notar entretido no que acontece à sua frente, sigo a linha do olhar dele e vejo a Beatriz parada no meio da sala conversando com os irmãos. Ela parece bem bravinha, há também uma moça loira escorada na parede apreciando a discussão dos três, ela me parece divertida tentando esconder o sorriso atrás de sua taça de vinho.

MEUS PARA CUIDAROnde histórias criam vida. Descubra agora