Capítulo 20

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BEATRIZ

Minha cabeça anda uma bagunça. Hoje faz uma semana que eu e o Gregório tivemo junto, mas ele está focado em cuidar do filho e eu continuo pegando plantões maluco o que não facilita as chances de ficarmos junto sozinho, trocamos alguns beijos ardente aqui e ali, poren umaoportunidade de verdade de fazermo sexo outra vez ou seuqer ter uma convera decente não ocorreu.

Eu queria ter a chance de perguntar a ele se foi só coisa de uma noite ou se algo mais sério pode rolar entre nós dois, claro que a cada vez que ele me beija sinto a esperança borbulhar em meu peito só que beijá-lo faz com com que eu perca totalmente o foco do que eu quero resolver com ele, mas cada vez que estamos afastados minha cabeça diz que isso não pode dar certo, afinal de conta somos tão diferente e ele nem mora no mesmo estado que eu. Droga, vou ficar louca e continuar pensando nisso.

– Mas não dá pra evitar, estou tão confusa – falo sozinha, enquanto encaro a cena da comédia romântica que passa na minha televisão, queria que a vida fosse assim, mesmo com toda trapalhada e mesmo com toda a dificuldade o casal sempre vão ficar junto e feliz no final do filme.

Por que a verdade é que eu quero ficar como Gregorio. Ele me faz sentir coisas que nunca senti antes, quando ele me beija é como se eu tivesse no meu lugar certo no mundo, só o cheiro dele é capaz de me arrepiar, eu o desejo tanto que chega a doer. Todos esses sentimentos são tão perigosos e o pior é que não sei como evitá-los.

Na tela da televisão o garoto está correndo por um parque para chegar o mais rápido possível a estação de trem, ele acabou de descobrir que a ama a garota que está indo embora, de volta a sua cidade natal, pois ele partiu o coração dela quando disse que não queria compromisso sério.

– Só foram preciso duas horas de filme para dar tudo certo – resmungo, tendo consciência que é patético falar sozinha – por que minha vida não é tão fácil?

Escuto uma movimentação na porta e me aprumo no sofá, olho o visor do celular e vejo que ainda é cedo para o Gregório vir tomar banho como faz todos os dias, mas quando a porta é totalmente aberta não é o Gregório que passa por ela, meu corpo inteiro fica gelado como se uma corrente de ar direto do Alasca tiver passado pela minha porta junto com ele.

– O que faz aqui Lucas? Quem deixou você entrar.

– O porteiro, ele me conhece, afinal de contas esse apartamento foi praticamente a minha casa por anos.

– Não me importa – digo gesticulando com os braços até o som da voz dele parece me irritar. – vai embora da minha casa agora.

– Não vou, nós dois vamos ter uma conversa – fala com voz arrastada o que me mostra que ele está bêbado.

– Eu não tenho nada para falar com você, sai da minha casa agora – tento ser o mais séria possível e sei que isso é meio difícil considerando que estou vestida com um pijama curto que mostra totalmente a minha coxas e uma blusa rosa com estampa de ursinho.

– Você me deve isso! – Ele grita e eu acabo dando um pulinho assustada.

Reparando bem acho que tem mais alguma coisa errada com o Lucas, suas pupilas estão estranhas e meio dilatadas, o rosto dele esta vermelho como nunca vi antes e a respiração irregular. Ou ele está muito bêbado, muito drogado ou os dois. Me afasto devagar e vou andando para trás até estar com o sofá entre nós dois, graça a Deus o celular está em minha mão.

– Eu não te devo nada, você estava me traindo e engravidou outra. você que me deve muito aqui Lucas.

– Você matou ela, matou a duas. Minha filha... Tirou a minha filha de mim

MEUS PARA CUIDAROnde histórias criam vida. Descubra agora