Capítulo 30

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BEATRIZ

Acordo meio desorientada sem saber onde estou a princípio, me sento na cama no quarto escuro e demora alguns segundos para ter o controle total dos meus pensamentos. Olho para o lado e o pequeno menino, aliás nem tão pequeno assim, está dormindo esparramado ocupando quase toda a cama o que me faz rir um pouco. Olho em volta e não tem nem sinal do meu celular, que droga pode ter acontecido alguma coisa enquanto eu estava dormindo.

Me levanto num pulo e vou ao banheiro ao acender a gemo de frustração com a imagem que me encara no espelho, as olheiras estão super pronunciadas no meu rosto dando um aspecto cansado ao meu rosto, meu lábio esta meio machucado pela minha mania de ficar puxando as pelinhas quando estou nervosa e meu cabelo... bom meu cabelo ta pior que um ninho de ratos. Olho para a pia e encontro uma escova cor de rosa ainda na embalagem e é por aí que começo a dar um jeito em mim mesma.

Um tempo depois estou descendo as escadas e o cheiro de alguma coisa gostosa esta tomando todo o andar e baixo, chego a porta da cozinha e o sonho erótico de toda mulher ta materalizado a minha frente, Gregorio esta de costas sem camisa, com uma calça moletom de cintura baixa, descalço e um pano de prato displicentemente apoiado em seu ombro. Passo os olhos por seu corpo notando mais uma vez o quanto ele é gostoso com suas costas malhadas e o bumbum empinado. Um pagode toca baixinho da caixa de som que está na bancada e ele dança enquanto lava a louça.

Me aproximo silenciosamente e o abraço por trás, fazendo com que pare de movimentar o corpo, espalmo minhas mãos em seu peitoral enquanto minha cabeça descansa em suas costas.

— Dormi demais — comento e ele fecha a torneira secando as mãos na calças, o que me faz revirar os olhos por essa mania que sei que ele tem. — nem sei cade meu telefone, preciso de notícias da vovó.

— Dona Matilde está ótima, falei com seu irmão Benício há alguns minutos e combinei da gente passar a noite com ela para que eles venham descansar — ele se vira em meu abraço e me dá um beijo rápido que tem sabor de maracujá — e você não dormiu muito ainda são seis da tarde, depois de uma viagem longa e do tempo no hospital achei que fosse dormir bem mais.

Me solto dele e vou me sentar na mesa da cozinha, pego a garrafa que está em uma bandeja próxima e balanço sorrindo feliz por ainda ter café, pego uma xícara e me sirvo do líquido quente.

— Acho que a preocupação com tudo não permitiu que eu descansasse mais — eu queria entrar no assunto que estava me incomodando ma não sabia como, por duas vezes abri a boca para falar, mas desisti e acabei apenas bebericando meu café por alguns minutos, até que ele terminou de lavar a louça e veio se sentar perto de mim. — Gregório, eu não queria bancar a namorada ciumenta nem nada, mas por que não me contou que a Cecília estava de volta.

— Para falar a verdade eu não tive oportunidade, ontem esbarrei com ela na rua quando estava indo para o trabalho e sinceramente fiquei atordoado, cecília era a última pessoa que esperava cruzar nesta cidade e ao voltar para casa, bom teve todo o lance com a sua avó e acabei me esquecendo. — ele esclarece e eu fico bem mais tranquila, mas não menos ciumenta da presença dela de volta a vida dele.

— Parece que ela veio pra ficar — comento como quem não quer nada.

— Não se depender de mim, não vou permitir que ela perturbe as nossas vidas, se a cecília tivesse voltado pelo Loran juro que iria engolir toda a raiva e o ranço que sinto dela e tentar uma boa convivência pelo meu filho, mas sei que ela não está aqui para isso.

— Escutei parte da conversa, não acredito que ela tinha um plano para tirar dinheiro de você.

— Como se eu fosse cair nessa — ele bufa passando a mão no rosto — o meu filho é tudo para mim sou um bom pai e sei que ela teria que fazer o impossível para provar que não mereço a guarda dele, mas confesso que o fato dela ser a mãe lá no fundo causa um pouco de medo.

MEUS PARA CUIDAROnde histórias criam vida. Descubra agora