Capítulo 4

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Shi Na-ri (S/N)

Desligo o despertador e me espreguiço na cama, foi na hora que flashes de ontem começaram a aparecer, da gente indo pra minha casa e eu passando a maior vergonha na maior parte do tempo, depois veio à cena do beijo. Tomada pela a vergonha cubro meu rosto e começa a me debater na cama, surtando por ter feito aquilo, mesmo que antes eu estivesse com curiosidade de como era beijar ele, não esperava que eu realmente fizesse isso.

Tenho certeza que ele vai me processar.

Choramingo por um tempo e enfio na minha cabeça que foi tudo imaginação e que nada tinha acontecido, não beijei e nem fiquei bêbada na frente dele, que humilhação.

- Shi Na-ri (S/N)! - Escuto minha mãe me chamar.

Com muito esforço me levanto da cama e saio do quarto, minha mãe estava na cozinha colocando a comida na mesa, vejo que tinha sopa pra ressaca e oque eu mais queria era uma sopa de esquecimento.

- Tome a sopa e depois vá trabalhar, onde já se viu beber no meio da semana. - Minha mãe diz assim que eu sento na cadeira.

Começo a tomar a sopa, apreciando o gosto bom que tinha, minha mãe era uma cozinheira de mão cheia e amava sua comida, meu pai falava que se apaixonou pela minha mãe por causa da sua comida, porque se fosse pela sua falta de equilíbrio e sorte, ele tinha que ser internado no hospício, pois tinha certeza que tinha ficado louco.

Depois de terminar de tomar a sopa vou pro banheiro e tomo um banho, me arrumo tirando a cara de morta e ressaca, e vou pro trabalho.

...

Amarro o avental atrás e firmo o rabo de cavalo que tinha feito no meu cabelo, abro o caixa e começo a preparar tudo pra mais um dia. Quando cheguei Yu-mi reparou na minha cara de ressaca e ficou dizendo que se não fosse pela maquiagem certamente eu pareceria um zumbi, mas depois disse que eu estava fofa.

Yoon-go não disse nada como sempre, apenas ficou me olhando e sorria quando eu olhava pra ele, era um pouco estranho seu jeito, mas deixava de lado por achar que esse era normal dele.

Atendo os clientes com o máximo de ânimo possível, o ruim da minha ressaca é que ela dura o dia inteiro e fico um pouco lenta, se não fosse o remédio que a Yu-mi tivesse me dado à cafeteria estaria uma loucura.

Entrego o copo pro cliente e desejo um bom dia pra ele, volto ao caixa e quando olho para o próximo cliente a lembrança de ontem vem forte, fazendo meu rosto queimar na hora. Namjoon estava na minha frente, eu não posso ver seu rosto por completo, mas tenho a impressão que ele estava sorrindo, solto um suspiro forçando a esquecer do beijo e sorrio.

- Olá! Oque o senhor deseja? – Pergunto sendo o máximo profissional.

- Café gelado, por favor. - pede e eu anoto.

Assim que me viro de costas pra fazer seu café, sinto minhas costas queimarem, uma sensação de que estava sendo observada por ele, isso me deixou nervosa e sem perceber deixo o café transbordar do copo, pego um pano rapidamente e limpo oque havia sujado, passo no meu avental que também sujou e resmungo quando vejo a mancha que tinha ficado.

Termino seu café e entrego pra ele.

- Desculpa o transtorno, tenha um belo dia senhor. - Falo e sorrio tentando esconder o nervosismo.

- Você também... - Ele diz e antes de sair deixa um papel dobrado perto da minha mão.

Rapidamente pego o papel e desdobro, aproveitando que não tinha nenhum cliente agora e leio o conteúdo que tinha ali.

"Estarei te esperando no mesmo horário de ontem, temos que conversar."

Leio três vezes pra confirmar que era aquilo mesmo que eu estava lendo ou se era da minha imaginação, quando confirmei que não era imaginação a ansiedade toma conta de mim e fico curiosa pra saber oque ele queria conversar, foi aí que eu lembrei novamente do beijo.

Aí meu Deus, ele vai dizer que vai me processar.

Não, ele não faria isso, se fosse deveria seu advogado conversar comigo e não ele.

Será que ele vai me chantagear pra não contar a ninguém sobre o beijo? Suborno?

Não, não, ele não é assim.

Aí eu só posso estar ficando louca!

Durante o restante do dia eu fiquei pensando sobre oque ele queria conversar comigo, aquilo já estava me enlouquecendo e eu não parava de olhar pro relógio pra ver se o expediente já estava acabando, e quando chegou à hora eu tentei o máximo não enlouquecer e não deixar perceptível para os outros dois colegas.

Despeço-me dos dois e fecho a cafeteria, confiro duas vezes se está tudo fechado e guardo a chave na bolsa. Começo a olhar para todos os lados procurando por ele, certo que ele deveria já estar aqui, olho pro horário no meu relógio e vejo que era já tinha esperado meia hora, cruzo os braços sentindo o nervosismo tomar conta de mim, bufo olhando pra baixo e decido ir pra casa, não era seguro ficar esperando aqui.

- Na-ri (S/N)! - escuto meu nome e olho pra trás.

Lá estava ele, em cima da bicicleta indo na minha direção com um sorriso no rosto, tudo pareceu ficar em câmera lenta, seu cabelo estava balançando por causa do vento e sua roupa também, conforme ele se aproximava mais meu coração batia forte e sentia um frio na barriga, não consegui conter o sorriso quando ele parou na minha frente.

- Desculpa a demora, fiquei preso na reunião. - Falo descendo da bicicleta.

- Ah... Tudo bem. - sorrio.

- Vem! Vou te levar em um lugar. - Estende sua mão pra que eu pudesse pegar.

Meio relutante pego sua mão e deixo ele me guiar, com sua ajuda eu subo na bicicleta, ficando na sua frente e ele atrás de mim, seguro firme minha bolsa quando ele começou a pedalar e me encolho sentindo seu corpo muito perto do meu, ter seus braços em volta de mim dava a sensação de proteção. Eu não sabia ao certo aonde iríamos, mas surpreendentemente eu tinha confiança nele e deixei que me levasse pra onde fosse.

Eu gostava de surpresas, a sensação de curiosidade e a expectativa sobre oque seria é uma boa sensação, claro que dependia da situação. Nessa situação que eu estou a sensação é boa, não sabia onde ele me levaria, mas parecia que era um lugar legal por estar todo sorridente, ou ele pode me levar pro escritório do seu advogado pra eu assinar papéis de processo e confidencialidade.

- Não... Ele não vai. - Falo baixo dando um sorriso nervoso.

- Oque? - Ele fala e sorrio olhando pra ele.

- Nada não, tô pensando alto apenas. - o tranquilizo.

Ele não disse nada, apenas sorriu e voltou sua atenção pra frente, murmuro dando um tapa na minha boca como forma de repreensão e solto um suspiro olhando pra frente, vamos ver no que vai dar tudo isso.

...

Mãe da Na-ri: Não aceite carona de estranho e não vai para lugar nenhum

Na-ri: Subindo na bicicleta do Nam e indo pra não sei onde kkkkk

Até a próxima!

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Overcoming barriers - Livro 1 (BTS) Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora