— Não quero falar sobre isso, Sam, tudo bem? Me estrepei e agi sem pensar. Como você está?
— Estou bem, o turno foi intenso. Olhe, não vou poder ficar muito tempo, tenho que buscar o Ruppert com a avó dele às dezenove horas.
— Não são nem meio dia, temos muitas horas à nossa frente.
— Homens, afff, não posso só transar e cuidar do meu filho, Ícaro. Tenho outras coisas pra fazer na vida, sabia?
— Hum, adoro quando fica nervosinha, sabia?
— Nem vem com essa. Sei que deve estar num tesão do cão pra me ligar assim, depois de mais de um mês.
— Já faz tudo isso? – Estavam chegando ao motel quando ele perguntou. Na verdade, não se lembrava da última vez que tinham transado.
— E fui eu que te chamou da última vez.
— Vou compensá-la, prometo.
— Espero mesmo.
Samira era separada desde que estava grávida de Ruppert. Conheceu o pai do filho em uma festa e se casaram em dois meses, quando se separaram, mesmo um ano após se casarem, ela descobriu que estava grávida. Saulo, ex marido de Samira, era bem participativo da vida do filho, haviam se casado em um rompante e mal se conheciam bem, mas quando descobriu que ela estava grávida, quisera anular o divórcio, mas após se entenderem e verem que não deveriam ficar juntos apenas por causa do bebê, se tornou o melhor amigo da ex mulher e estava sempre por perto.
— Parecemos aqueles cavalos velhos, sabe, aqueles que se soltarmos, voltam para casa sem precisar conduzir. Toda vez viemos ao mesmo motel, precisamos inovar – falou Samira, descendo do carro em frente à suíte.
— Não pensei nisso, realmente, só vim. Quer ir em outro?
— Estou brincando, tanto faz o motel. – Ela riu.
A suíte dessa vez era bem maior que da última vez e tinha uma banheira enorme no centro do quarto.
Samira entrou no quarto já se despindo. Não estava trajada com seu uniforme de enfermeira, vestia um vestido leve com um cinto fino na cintura e o puxou por cima da cabeça, agradando a vista de Ícaro. O vestido preto, era um destaque com o conjunto branco de lingerie, lingerie essas, que foram sendo retiradas e descartadas enquanto ela caminhava para o banheiro, deixando as roupas para trás.
— Vou tomar um banho – avisou ela, ligando o chuveiro.
— Puta que pariu, Sam, poderia depois continuar com o sapato?
Ela calçava um salto alto preto, desnecessário, ele pensou, pois seus um metro e oitenta dispensava, ao ver dele. Mas ela era imponente e bela, ficaria linda até descalça. Samira riu da ideia dele e o encontrou depois, já deitado e nu na cama redonda, uma ereção de tirar o chapéu, a tevê ligada em um canal pornô e ela vestia apenas uma toalha e os saltos.
— Meu Jesus, toda vez que vejo essa ereção eu penso: " Será que vai caber tudo dentro de mim?"
— Sério? E toda vez que a vejo assim, só de toalha, penso: " Porra, será que vou dar conta dela?" – Foi a resposta dele.
Samira então chegou próximo à cama e deixou a toalha cair, revelando sua nudez, estava depilada, os pêlos sobreviventes, eram só um triozinho fino e deixavam a boca dele cheia de água e com vontade de chupar.
— Nem pense em broxar, meu caro. Me chamou, agora vai ter que dar conta! – Avisou ela.
— Por que tinha que falar a palavra broxar? Isso pode assustá-lo, mulher.
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O Socorrista Ícaro
RomanceLara só estava cuidando de sua vida quando viu uma idosa passando mal na rua e tentou ajudar. Ela não contava que o Socorrista chamado para o atendimento a trataria com tanta frieza e grosseria, muito menos que isso a atiçaria. Ícaro não é um Socorr...