Capítulo 17

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Como não tinha vindo preparada, estava apenas com as roupas de trabalho, resolveu ficar nua. Se enxugou, deixou os cabelos soltos e saindo do banheiro, deitou-se na larga cama dele sob os lençóis e o esperou. Passou meia hora e ele ainda não tinha chegado. Lara se levantou e fuçou no rádio dele até encontrar uma estação com músicas calmas e românticas. Claro que o que planejava com o socorrista não era nada romântico, mas não queria canções com batidas aceleradas, queria algo calmo e gostoso. Sintonizou na rádio que a agradou, colocou o volume baixo e voltou para a cama; como ele ainda não chegava e o tesão dela só aumentava, ela colocou uma mão em sua intimidade e nada surpresa, constatou que estava úmida. Estava desejosa dele, ansiava para que ele chegasse logo. E quando ia aumentar os movimentos dos dedos atrevidos para se dar alívio, ouviu o carro dele entrando na garagem e logo o barulho da porta do carro sendo batida. Os passos dele estavam apressados pelo corredor e ao abrir a porta e se deparar com ela de pernas abertas na cama, pronta, nua e com um dedo enfiado na vulva inchada, o esperando, ele ficou uns segundos estático, mal acreditando no que estava olhando:

— Minha nossa, eu...

— Vai ficar aí parado? Já fui me aquecendo aqui.

E ele foi.

Ícaro literalmente caiu de boca. O que facilitou foi as pernas dela totalmente abertas e receptivas. Ele parecia um sedento que encontrara água, por fim, cálida, fresca e abundante.

Lara ficou surpresa com a sede dele e, em um impulso, tentou juntar as pernas, mas claro que ele não lhe permitiu. Não a deixaria o impedir de se saciar. Ele segurou-lhe com força as coxas e de pronto introduziu a língua nela, fazendo-a arquejar.

O prazer que ela sentia era até doloroso. Seu corpo todo, cada terminação nervosa estava sensível e ela sentia agulhadas a cada vez que ele enfiava a língua bem fundo nela e retirava, para em seguida repetir mais e mais vezes. A cama e os lençóis pareciam estar como ela em brasas, tudo à sua volta se aquecera e somente seu núcleo era fortemente atacado pela introdução daquele músculo. Ela sentia em cada fibra de seu ser um prazer avassalador e desesperador e ficou surpresa com os barulhos engrolados que lhe saía da própria boca e da qual ela não tinha mais qualquer controle.

— Ícaro...

Quando se recuperou um pouco, quando conseguiu articular uma frase coerente, chamou o nome dele e ele só se interrompeu, de joelhos no chão e a cabeça entre as pernas dela, para lhe responder:

— Diga meu nome.

— Ícaro.

— Me diga o que quer que eu faça.

— Não pare, por favor.

Ele a obedeceu e mergulhou nela de novo, assaltando-a e fazendo com que ela desse um gritinho. Agora ele a assaltava com um dedo, intercalava língua e dedo e Lara se perdeu. Seu baixo ventre estava em brasas, só o que ela conseguia se atentar era para os dedos, agora eram dois ou três, ela não tinha como contabilizar, e a língua a estocar, ora estava dentro dela, ora lambendo-lhe e ela perdeu totalmente a razão. Levantando o quadril da cama, só o tanto que Ícaro lhe permitia, já que estava segurando-a firmemente na mesma posição, seu corpo entrou em uma convulsão de um orgasmo nunca antes e sentido.

— Isso, goze para mim, Lara.

E ele continuou a tortura por minutos, até ela estar mole jogada na cama.

Ele então não estava satisfeito, não ainda e antes que Lara se desse conta do que acontecia, ele a virou de bruços com uma facilidade como se ela não pesasse nada, levantou somente a parte abaixo da cintura, fazendo com que a bunda dela se arrebitasse e entrou nela.

A invasão, tão forte e rápida, por mais incrível que pudesse parecer, a fez se acender de pronto. Sentir cada centímetro do pau dele a invadindo, e tomando, tão rijo, a pôs com uma nova onda de excitação.

Ícaro lhe soltou um tapa na bunda que novamente a surpreendeu. A pele ardeu e ele deu outro, na outra nádega; puxou-a mais para cima ainda para que tivesse ainda mais acesso e estocava com força e cada vez mais rápido.

— Porra!

Ele falava quase sem mexer os lábios, parecia estar tentando se controlar, mas não diminuía as estocadas. A luz do abajur estava acesa e Lara viu a sombra dos dois na parede, ele com o queixo levantado, a cabeça toda para trás, a junção do corpo dos dois, deixou-a mais molhada.

— Minha nossa, como está quente e molhada!

Ícaro falava coisas que a aqueciam ainda mais, seu pau tocava bem no fundo dela, tudo isso, junto com as obscenidades que saíam da boca dele, deixou ela em um nível de que iria gozar novamente muito em breve.

Outra olhada na sombra dos dois e ela viu que ele tinha agora a cabeça baixa., olhava o entrar e sair de seu pau nela. Ela então empinou um pouco mais a bunda e sentiu que ele gostou e perdia o controle. As investidas dele eram mais rápidas, mas sequenciais, e ele distribuiu mais uns tapas na bunda dela antes de atingir o nirvana e se despejar com um estremecimento de todo o corpo. Ícaro cravou as unhas na bunda dela enquanto gozava, exalava alto, atingido pelo êxtase e Lara começou a rebolar.

— Caralho, Lara!

É, ele tinha gostado e ela então rebolou mais, principalmente quando ele a estapeou de novo. Agora sim ela rebolava e gemia, antevendo o próprio orgasmo. Ícaro acelerou o movimento de vai e vem, debruçado sobre as costas dele, ele segurava os dois seios dela com força e era incrível como cabiam perfeitamente nas mãos dele. Ela sentia o suor dele se misturar com o dela e rebolava, como se não houvesse amanhã. Gozaram em sincronia perfeita, quando Ícaro sentiu que ela o acompanhava no orgasmo, grudou seu corpo no dela e lhe falou no ouvido:

— Isso, goze para mim, meu amor.

Ela estava desfalecida na cama e ele se jogou ao seu lado.

Enquanto recuperava os batimentos cardíacos, olhando para o teto, a música romântica antiga tocava baixo, exceto isso, Lara só ouvia os batimentos de seu coração que pulsavam em seu ouvido. Mas o que Ícaro lhe disse momentos antes de gozar, a deixou consternada. Ele a havia chamado de meu amor. Ela tentava colocar em ordem seus pensamentos e se levantando, foi para o banheiro. Ligou o chuveiro e deixou a água cair por sua cabeça. Ficou de olhos fechados enquanto a água caía livremente, levando embora o suor, mas não os pensamentos. Nunca transara com alguém sem compromisso e diziam isso um ao outro. E não foi só a frase, ela sentiu sentimento na frase. Ele não simplesmente falara isso, ela sentira.

O Socorrista ÍcaroOnde histórias criam vida. Descubra agora