•Capítulo 13•

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- Interessante... - a mulher olhou para Thomas de forma curiosa. - Faz sentido. Eles te colocaram no Labirinto. Mas devo admitir...- ela olhava a ferida de Brenda, e voltou a encarar Thomas. - Pensei que te matariam depois do que você fez.


- O que eu fiz? - Thomas perguntou, confuso.


- Da primeira vez que conversamos, disse que não aguentava mais. Ver seus amigos morrerem, um de cada vez. Da última vez que nos falamos, você me deu as coordenadas de cada zona de experimento e laboratório do CRUEL. - a doutora esclareceu tudo o que Thomas parecia não lembrar.

Newt encarou o amigo e depois a mulher, enquanto ainda abanava Hayley com a mão tentando acordar ela.


- Ele foi a nossa fonte. - Vince havia entendido quem era o garoto.


- Não chegaríamos aqui sem ele. Levem-nas para as tendas. Deem roupas mais quentes para eles. Cuidado. - a doutora diz enquanto os homens carregam as meninas. - É o mínimo que podemos fazer. Thomas, vamos lá. Preciso de seu sangue.

Thomas estava na tenda em que a doutora cuidava da Brenda.

- No começo, você está perdido. O que sabíamos... É que quanto mais novo, melhor as suas chances. - A doutora Mary mexia nas coisas enquanto explicava a Thomas melhor o que aconteceu.

- Você trabalhou para o CRUEL? - ele perguntou curioso.

- Há muito tempo. No início, tínhamos boas intenções. Achar a cura, salvar o mundo. Estava claro que as crianças eram a chave. Porque eles são imunes. - Mary esclareceu enquanto mexia em frascos.

- Mas por quê? - Thomas perguntou observando cada passo dela na tenda.

- Eventualmente, nós conseguimos uma resposta. A imunidade era causada por uma enzima produzida no cérebro. Uma vez separada da corrente sanguínea, é um agente poderoso. Desacelera a disseminação do vírus. - Mary contou o que estudou enquanto misturava os componentes ao sangue de Thomas.

- Então você achou a cura? - ele a questionou de novo.

- Não é bem assim. Enzimas não podem ser sintetizadas. Só um humano pode produzi-las. Os jovens. Claro que isso não parou o CRUEL. Se pudessem, sacrificariam uma geração inteira. Tudo por isto. - ela ergueu a seringa que continha um líquido azul. - Um presente da biologia. Uma evolução. Mas não é para todos. - ela caminha até a maca, e aplica o líquido no braço de Brenda, que acaba se tranquilizando em instantes e dormindo.

- Quanto tempo ela tem? - Thomas pergunta preocupado.

- É diferente para todos. Alguns meses, talvez. É aí que mora o problema, não é? Ela sempre precisará de mais. - Mary diz analisando Brenda. - Vamos lá fora. Deixe-a descansar. Vamos, ela ficará bem.

Mary sai da tenda e vai ver a situação de Hayley. Newt havia se alimentado e estava com roupas novas, seus amigos estavam conversando animados, mas a cabeça de Newt estava em outro lugar.

- Ei, trolho, está pensando no quê? - Caçarola perguntou cutucando o loiro.

- Você ainda pergunta? Não está na cara? Vai ver se eles têm notícias dela. - Minho disse para Newt.

- Mas e se não me deixarem vê-la? - perguntou Newt.

- Você não saberá se não ir até a tenda, vai lá. - Aris incentivou e Newt tomou coragem se levantando enquanto os amigos riam de seu jeito atrapalhado.

Newt atravessou o campo e seguiu até a tenda para onde haviam levado a garota. A doutora estava saindo da tenda e se deparou com o jovem perdido.

- Oi, o Thomas acabou de sair da outra tenda onde está a Brenda. - disse a doutora, ela encarou Newt percebendo. - Veio ver a irmã dele, não é? Entra lá, ela está acordada.

Newt sorriu para a doutora e entrou na tenda, Hayley estava sobre uma cama deitada, olhava o teto da tenda quando ouviu passos e olho na direção, sorrindo ao ver Newt.

- Como você está? - Newt perguntou sentando de frente para ela.

- Estou bem, acho que estava desidratada, não sei. A Brenda, ela está bem, não é? - perguntou a jovem sentando na cama.
- Deve estar, Thomas está lá com ela. - Newt disse e olhou para as próprias mãos cruzando os dedos.
- Que bom... Newt! - ela o chamou e ele olhou em seus olhos sentindo alívio por ver ela ali diante dele, bem.

- Oi? - ele perguntou.

- Obrigado... Você esteve ao lado do Thomas, até aqui. Obrigado por confiar em nós. - ela disse abaixando a cabeça.

- Eu confiei em vocês de olhos fechados. E não me arrependo, mesmo depois do que passamos. - ele disse sincero.

- Sim, eu estou feliz de ter passado por isso tudo ao seu lado. - Hayley pegou na mão dele.

- Eu... - Hayley não o deixou falar, cortou a distância entre os dois, segurou seu rosto com a palma da mão e encostou seus lábios no do garoto suavemente.

Newt estava se sentindo nas nuvens. Os lábios dela se abriram e ele fez o mesmo dando início a um beijo suave e delicado. Finalizaram o beijo com um selinho demorado. Newt sorria com os olhos brilhando, ela sorriu e abaixou a cabeça envergonhada. Newt levantou sua cabeça com uma das mãos.

- Eu gosto de você. - ele disse baixo, mas foi suficiente para ela ouvir.

- Eu também gosto de você. - Hayley contou e Newt a puxou para um abraço.

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