⤹ C A T O R Z E ⤸

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Manchester – Inglaterra, 24 de Dezembro de 2020

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Manchester – Inglaterra, 24 de Dezembro de 2020.

     É Natal, a melhor época do ano. Infelizmente, este ano, devido ao COVID-19, tivemos de diminuir o número de pessoas cá em casa e optamos até por celebrar este dia em Manchester, tendo vindo os meus pais, a minha avó e, claro, o pai e irmão de João. Bernardo foi até Portugal passar com a sua família e, tal como os nossos familiares, teve de apresentar um teste negativo para viajar.

     O meu pai, o João, o seu pai e o seu irmão, estão na sala, a falar animadamente de futebol, como já seria de esperar, enquanto ajudam na preparação da mesa e vão, mesmo contra a nossa vontade, petiscando algumas coisas. Já nós, mulheres, estamos na cozinha a confecionar as típicas comidas de Natal que eu tanto amo e, claro que a minha mãe é quem faz o esfarelado, porque eu não passo o Natal sem esse prato e tem de ser, obrigatoriamente, feito por ela.

     — Eu estou muito feliz, sabem? — A minha mãe fala para mim e para Elsa, que entretidas a confecionar as sobremesas, olhamos para ela. — Estamos aqui, todos juntos, apesar de toda esta horrível pandemia e vocês as duas estão, finalmente, felizes e com alguém tão bom quanto o João e o Bernardo. — O seu olhar cai em Clara, acordada e com os olhos arregalados, fixos nos bonequinhos que o suporte onde está tem, e sorri amorosamente. — E é o primeiro Natal da nossa princesinha.

     — Oh mãezinha. — Dirijo-me para ela, dando-lhe um breve abraço, ao notá-la com os olhos marejados da emoção e deixo um breve beijo na lateral da sua testa, rindo quando a ciumenta da minha irmã se junta a nós para o abraço. — Felizes estamos nós por vocês terem vindo a Manchester.

     — O que é isto? Um abraço de família e ninguém me chama? — O meu pai adentra a divisão, com João logo atrás dele, e sorrio levemente para o meu namorado enquanto me afasto da minha mãe para abraçar também a minha avó, que apesar de nada ter dito, eu sei que ficou com ciúmes. — Anda cá, rapaz, também és da família. — O mais velho, agora agarrado à minha irmã, chama pelo atleta que logo nega com a cabeça. — Então?

     — Eu vou dar um abraço à menina mais bonita e mais fofinha da família. — Todos começamos a rir quando ele pega em Clara e deixa muitos beijinhos no rosto dela. — Que ultraje vocês se esquecerem dela. — Aproximo-me dos dois e reviro os olhos quando ele foge para que eu não pegue na nossa afilhada. — Sai, tu esqueceste-te dela, agora estou eu com a menina no colo.

     — Deixem a minha filha sossegada. — Elsa alcança-nos e retira a menina dos braços do jogador, este que forma um beicinho e logo eu me abraço a ele. — Façam o vosso e assim já deixam a minha só para mim.

     — Acho que é uma ótima ideia. — A minha avó pronuncia-se e levo o meu olhar chocado para a mais velha, esta que apenas dá de ombros tendo um beicinho nos lábios. — Nada me deixaria mais feliz do que ver as minhas duas netas serem mães antes de eu morrer.

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