Perda

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Mikasa estava completamente decidida a fazer aquilo. Esperava Levi no quarto como prometido, limpa, e somente de roupas íntimas. De alguma forma seu coração batia forte, com a possibilidade de Levi abrir a porta a qualquer momento, e o momento para realizar o ato se aproximava. Uma tensão tomou conta do seu corpo pelas constantes expectativas, e ela não sabia o que fazer exatamente com isso. Era incontrolável. Escolheu se deitar na cama se cobrindo com o lençol dos pés ao seu tórax, procurando remediar as sensações e pensamentos.

Levi fez ruídos ao abrir a porta do quarto de Mikasa, o que tomou todo o foco dela somente para ele. Imaginava que depois de demorar cerca de uma hora, Mikasa estaria pronta. Sentou na beirada da cama, ao lado dela, completamente ciente que Mikasa nunca se relacionou sexualmente com ninguém.

–Pretende seguir adiante com isso? –Ele foi imponente na sua pergunta, querendo poupar julgamentos, críticas, ou choros mais tarde.

–Pretendo. –Mikasa confirmou seguindo o olhar dele analítico, que desceu do seu rosto para as suas pernas cobertas pelo lençol. Evitou ficar vermelha em um momento como aquele.

–Então presumo que você está preparada.

Mikasa confirmou com a cabeça. Ele não parecia lhe levar a sério, ou estar seriamente convencido disso, talvez devido ao seu aparente nervosismo. Então Mikasa colocou suas mãos debaixo do lençol e tirou sua calcinha. Colocou seu braço para fora do tecido, segurando a peça íntima no ar ganhando toda a atenção dele, que não piscava os olhos e nem se movia. Deixou que a peça caísse no chão. Puxou levemente o lençol até o meio de suas coxas, e abriu as pernas para ele. Não pode enxergar qual foi a reação, pois preferiu olhar para as suas mãos em cima da barriga.

–Eu estou pronta. –Mikasa escondeu todo o seu rubor, para que ele não notasse. Por fora, mostrou um pouco de maturidade. –Eu quero que você faça.

Diante disso, não houve dúvidas naquelas palavras e nem nas ações. Levi prosseguiu. Tirou os sapatos colocando bem alinhados em cima do tapete, e se desfez do seu cinto abrindo a sua calça. Mas parou sua mão ali, quando o olhar de Mikasa ficou hesitante para o que poderia ver.

–Vamos com calma. –Disse ele com uma voz anestésica, que se tornou um pequeno conforto para Mikasa. Ela não era como as outras mulheres habituadas a fazer sexo em qualquer ocasião, ou de qualquer maneira.

Levi se ajoelhou no centro das pernas de Mikasa. Decidiu procurar uma outra alternativa antes de fazer a penetração logo de primeira. Algo que poderia fazê-la relaxar e conectar com o prazer, se entregando profundamente durante o ato. Utilizou os seus dedos ágeis primeiramente, colocando em cima do clítoris e nos lábios vaginais, esfregando. Introduziu um dedo dentro dela, afogando completamente o seu dedo do meio naquele canal. Masturbou Mikasa inserindo um segundo dedo, quando ela fechou os olhos e descolou os lábios. A lubrificação não era tanta, mas era possível se utilizar dela na hora da penetração.

–Você precisa relaxar. –Comentou ele, notando toda a tensão dela. Aquilo seria trabalhoso. Não era perito em virgens e tão pouco sabia ser cuidadoso.

Ele inseriu um terceiro dedo e as paredes de Mikasa se fecharam, e apertaram os dedos dele, quando ela sentiu uma leve dorzinha. Levi continuou movimentando os seus dedos, masturbando, até que chegou ao ponto em que Mikasa conseguiu relaxar totalmente. A lubrificação se tornou mais intensa, deixando os seus dedos muito escorregadios. Levi colocou seu corpo sobre ela, dobrando o seu braço na cama. Ele tirou os dedos e abaixou um pouco a sua calça, colocando seu membro para fora. Fez a primeira tentativa de penetração empurrando o seu membro contra a vagina dela. Fez isso uma, duas, três, dez vezes, mas seu pênis não entrou. Inconsciente, Mikasa se trancou. Alguma coisa estava travando ela, isso deveria ser resultado do foco de pensamento que ela estava se concentrando. Mesmo assim, Levi voltou a masturbá-la com os dedos, usando apenas dois, mas agora a lubrificação estava bem pouquinha, sendo impossível fazer penetração. Decidiu parar. Aquilo não estava funcionando, e ele sabia o porquê. Se viu frustrado.

Ascensão AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora