Capítulo 10 - Kiss Me

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And your heart's against my chest
Your lips pressed to my neck
I'm falling for your eyes
But they don't know me yet


Como Dimitri manejou carrega-la para dentro e trancar a porta após entrarem, Rose não sabia, a única coisa de que ela tinha consciência era da quentura do corpo de Dimitri, cada vez mais forte, pressionando-a novamente contra a parede, desta vez do hall de entrada.

Sua libido, adormecida há mais tempo que ela se permitia contar, despertou vorazmente, acelerando seu coração que batia tão forte que ela podia ouvir em seu ouvido por baixo da respiração pesada e gemidos abafados de ambos.

Rose sentia-se eufórica e imponente naquele momento. Havia mergulhado numa bolha particular com Dimitri. Apenas ele e seus beijos e seu corpo existiam. E o desejo. Ah, o desejo que irradiava pelo seu sangue, desde as pontas dos pés até a cabeça. Deixava-a quente e sedenta, mas não era água que Rose precisava.

As mãos de Dimitri desceram por toda a extensão de suas costas, fazendo uma leve pressão com as pontas dos dedos na cintura. As mãos habilidosas alcançaram suas nádegas, segurando-as firmemente para puxa-la para cima. Uma vez no ar, Rose abraçou sua cintura com as pernas e a fricção das pélvis causou uma onda de calor e urgência percorrem ambos os corpos.

Rose estava entregue à paixão, porém, em Dimitri ainda sobrevivia restos de seu autocontrole tão bem condicionado por tantos anos de treinamento. Ele não possuía dúvidas: queria Rose. Desejava saboreá-la de todas as maneiras possíveis, agora que todas as barreiras haviam sido derrubadas. Mas não dessa forma.

Dimitri amava-a mais do que jamais amou uma mulher ou que chegaria a amar. Sabia que estavam num ponto onde não havia retorno – e ele não queria voltar. Mas havia, primeiramente, o bom senso. Se Rose rejeitara o romantismo naquele momento levada pelo prazer, Dimitri não havia esquecido completamente. Ainda restava nele o cavalheirismo que lhe dizia que não deveriam deixar que as coisas avançassem na parede do hall. Dimitri desejava possuí-la, mas não ali. Ainda.

– Rose – manejou dizer entre beijos e resistindo a tentação da morena macia que cheirava a framboesa – Não aqui.

– O quê?

As mãos pequenas de Rose puxaram seu rosto de volta para o dela e Dimitri perdeu momentaneamente o chão quando suas línguas voltaram a dançar sensualmente. Foi necessária uma força de vontade imensa para que ele se afastasse o suficiente para poder ver o rosto da amada, que abriu os olhos cheios de dúvida.

– O que foi?

Uma pontada de agonia transpassou o coração de Dimitri com a pergunta inocente, mas carregada de medo. Ela temia que ele não a quisesse? Como poderia, não via – não sentia – tanto que ele a queria?

– Não aqui no hall. – Dimitri segurou uma mecha de seu cabelo que caia sobre seu rosto torcido pela dúvida e a puxou para trás de sua orelha, um sorriso brincou em seus lábios – Pelo menos... não agora. Eu quero fazer isso corretamente na primeira vez. Não na entrada de casa como se fossemos... animais.

– Ah, sim. Entendi. – A dor no olhar foi substituída por admiração e carinho e a risada que ele tanto amava ecoou na casa – Quem é você, Dimitri Belikov?

Ele sorriu de maneira marota, abaixando a cabeça para seu ombro e deslizando o nariz por sua pele exposta até chegar atrás da orelha, deixando o caminho arrepiado e sensível.

– Eu sou o cara que vai te tirar logo desse vestido... – seus lábios tocaram suavemente o lóbulo da orelha, fazendo Rose arfar – ... e que vai te beijar e amar a noite inteira.

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