Se alguém me falasse a algumas horas atrás que estaria falando com meu chefe sobre nosso filho eu nunca acreditaria, mas o fato de estarmos fazendo isso nesse exato momento me fez perceber que tudo pode acontecer, a quatro horas atrás eu era apenas uma secretária em seu trabalho, a três descobri que virei mãe e agora o pai do meu bebê é o homem que paga o meu salário.
- Então..., como você está se sentindo? Precisa de água ou algo para comer? - ok, isso é muito estranho.
- Não obrigada, comi uns croissants hoje mais cedo, a única coisa que quero agora é resolver todas esse situação em que nos encontramos. - minha respiração ficava mais pesada.
- Olhe, pelas imagens e todas as outras situações de "coincidência" não há dúvidas, esse bebê com certeza é nosso. - esse "nosso" bateu lá dentro.
- Claro, não brincaria com algo tão sério quanto um filho. E quero esclarecer algo, nós não temos nenhum outro tipo de relação além de patrão e funcionária, tudo bem que com um filho no meio, esse bebê será a única coisa que nos juntara além do trabalho. - nada de confusões por aqui.
- Receio que está situação esteja fora de meu alcance senhorita, um filho não é um brinquedo, necessitará de descanso, cuidados e de uma boa saúde mental, e, de com certeza, país presentes.
- Sério, tem como parar de ser tão formal? Está me dando agonia essa frescura toda, já passamos dessa fase.
- Estava esperando você falar isso, também não suporto. - uau...ele fala normal. - Agora eu acho que em vez de falarmos coisas sobre nosso relacionamento poderíamos falar sobre nossos decisões em relação ao bebê, por que tudo depende de você, afinal o corpo é seu.
- Obrigada por considerar as minhas escolhas, admito que fiquei bem desesperada quando soube da gravidez mas eu quero ter esse bebê, por mais que um filho agora não fizessem parte dos meus planos quando eu vi a ultrassom eu desabei, pensar que tem uma vida dentro de mim me deu alguma esperança sabe?
- Você provavelmente sabe do meu passado. - assinalei com a cabeça. - Sabe que a quatro anos atrás minha noiva abortou o nosso filho sem me falar nada, sabe que eu sofri por muito tempo por causa disso, então sei exatamente o que está sentindo, acho até que vou emoldurar essa ultrassom! - Ele olhava pra ela com um brilhinho nos olhos.
- Então vou ter que tirar uma cópia por que que também tive essa ideia.
Nós rimos e continuamos a conversar, provavelmente essa foi a maior e mais sincera conversa que tivemos em dois anos. Falamos sobre a...a noite que fizemos esse bebê.
- Por quê você me procurou por tanto tempo? - meu espírito de fofoqueira não aguentou.
- Talvez porque você foi a primeira mulher que me levou a loucura na cama e que me fez gozar seis vezes, - Era melhor eu não ter perguntado. - além de que fugiu do nada, esse fato me deu curiosidade sobre a sua personalidade.
- Entendi.... - Não conseguia dizer mais nada, aquela informação me deixou um pouco desnorteada. - E sobre as nossas famílias? Elas necessitam de saber do nosso filho. - Falar a palavra "nosso" e depois "filho" me fazia bem, eu realmente não estou sozinha.
- Falando nisso, pensei que poderíamos nos encontrar, pelo menos você e minha família.
- É uma boa ideia. - Parei por um segundo. - Nossa, a um dia atrás eu estava cuidando da sua agenda, que loucura, agora estamos falando sobre um bebê e como falaremos isso pros nossos parentes.
- O destino realmente prega peças, ninguém imaginaria nós dois tendo essa conversa, parece até piada. - E que piada hein.
- Antes de marcarmos qualquer coisa tenho que ir na ginecologista obstétrica amanhã, preciso saber se está tudo bem com bebê pois não tive uma dieta saudável para uma grávida. - Realmente, só comi besteira.
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The Second Heart
RomantizmJade Cartier Laviolette de 24 anos tem seu trabalho, amigos e uma família incríveis, a não ser por uma noite em uma balada, ela tinha dormido com um "completo estranho", até finalmente descobrir a verdade, não era um estranho qualquer e sim seu chef...