Naquela noite, Elizabeth retirou-se mais cedo. Estavam todos cansados e precisavam de descansar para recuperar as energias da noite anterior.
Soltou o cabelo e estendeu as mãos para trás das costas para soltar as fitas do vestido, que eram difíceis de desatar sem a ajuda de Valéry, a sua criada pessoal. Mandara-a retirar-se mais cedo. Valéry trabalhara toda a noite e continuara o seu cansável trabalho durante o dia. Merecia descansar.
Desistindo da tarefa, com um suspiro de frustração, pôs-se a pensar se não seria boa ideia mandar chamá-la, quando, subitamente, sentiu um par de mãos poisarem-lhe na cintura. Fechando os olhos, inclinou a cabeça para trás de encontro a um peito masculino, e a irritação desapareceu-lhe. William tinha vindo.
Afastando-lhe o cabelo do pescoço, William concluiu o que ela tinha deixado para fazer. O vestido caiu ao chão e ela ficou só de combinação. Ele beijou-lhe ao de leve o pescoço e os ombros e puxou-lhe as alças para baixo. Elizabeth continuava encostada a ele, sentindo as pernas a tremer, sensível ao toque dos seus lábios.
Sentiu o coração a bater a grande velocidade e, voltando-se para ele, beijou-o, sem ter consciência de que William tinha começado a andar para trás, conduzindo-a para a sua cama. Caíram ambos em cima do colchão, um pouco desajeitados, mas sem pensarem muito nisso, e rolaram para uma posição mais cómoda, já ofegantes. Só quando ele lhe ia tirar a combinação é que ela voltou à realidade e, apoiando-lhe as mãos nos ombros e abanando a cabeça, empurrou-o para longe.
Ele soltou um resmungo.
Depois de ter levado uns momentos a recuperar a compostura, soergueu-se, apoiando-se num cotovelo, ficando a olhar para ela, ainda com vestígios de desejo naqueles olhos encantadores.
- Elizabeth, estás... bem?
- William, nós não podemos fazer isto!
Elizabeth sentia-se chocada com o que acabava de acontecer.
Ele franziu o sobrolho e passou uma mão pelo cabelo. Depois, inspirou fundo, abriu a boca e deteve-se, como se não soubesse muito bem o que queria dizer.
- Mas porquê?
- Porque não! - Replicou ela, sentando-se muito direita. - Porque não estamos casados!
- Mas vamos estar! - Respondeu William, sentando-se também muito direito.
Elizabeth engoliu em seco, olhando-o, indignada.
- Eu não me sinto pronta. - Disse ela, com mais calma e franzindo os lábios. - Se gostares de mim, por favor, espera até ao casamento.
- Está bem! - Cedeu William, levantando-se, contornando a cama e inclinando-se sobre Elizabeth.
Ela suspirou, sentindo desejo e ao mesmo tempo desejando que ele se afastasse.
- Esperarei por ti, minha querida Elizabeth. - Dizendo isto, ele deu-lhe um beijo apaixonado, indo depois embora.
...
No dia seguinte, William foi até ao jardim das traseiras e encontrou Elizabeth sentada num banco de jardim a cantarolar e a tricotar qualquer coisa.
William ficou ali uns momentos a admirar a sua futura esposa. Os seus cabelos ruivos dançavam ao ritmo do vento, a sua voz parecia ter o magnetismo do canto de uma sereia e os seus belos olhos azuis brilhavam. Sim, ele gostava muito de Elizabeth...
William aproximou-se dela por de trás, inclinou-se sobre ela e começou a beijar-lhe os ombros e o pescoço. Elizabeth deixou a cabeça tombar para trás, dando a William mais fácil acesso. Ele subiu pelo seu pescoço até chegar às suas faces e, depois, com uma paixão fogosa, beijou-a intensamente nos lábios. Passados alguns momentos, William afastou-se apenas para respirar e voltou a beija-la com paixão.
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Prometida ao Irmão
RomanceUm terrível acidente de carruagem provocou a separação de dois irmãos de tenra idade, Elizabeth e Edgar Ravensberg. E, no meio do infortúnio, os nobres pais apenas conseguiram salvar a filha. Anos mais tarde, ficando cada vez mais velha para o casam...