Nove

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Depois do jantar, William foi à procura de Elizabeth. Entrou, sorrateiramente, no seu quarto.

Sorriu, quando a viu em frente do toucador a pentear-se. Ele gostava de apreciar os encantos da sua futura esposa. Estava loucamente apaixonado por ela e desejava-a com todas as suas forças.

William aproximou-se devagar e, com delicadeza, tirou-lhe a escova da mão. Elizabeth deteve-se e a sua respiração tornou-se rápida e ofegante.

Debruçou-se sobre ela e deu-lhe um beijo suave na face.

- Deixa-me pentear-te. - Sussurrou ele, com a voz rouca de desejo, dando-lhe um beijo no ombro.

Elizabeth abanou a cabeça em sinal afirmativo e deixou-o penteá-la. Era bom ter William ao seu lado.

Ele pegou numa madeixa do seu cabelo e escovou-a com calma e delicadeza.

- Pergunto-me sobre o que é que o meu primo falou contigo. - Disse ele, num tom de voz curioso e preocupado, mas calmo.

Elizabeth hesitou por uns momentos, ficando alerta. Pensava dizer-lhe o máximo da verdade, mas não queria dizer-lhe que o primo estava a morrer. Seria um enorme desgosto para ele.

- Hum... eu... o teu primo disse para eu cuidar de ti e fazer-te feliz. - Respondeu, por fim.

- Porque diria ele isso? - Perguntou-lhe, com uma nota de desconfiança na voz.

Perguntava-se por que diria o seu primo uma coisa daquelas a Elizabeth. Talvez porque estivesse a morrer ou então porque não gostara da sua futura esposa. Aqueles pensamentos ecoavam-lhe na cabeça, porém, esperou até ouvir a resposta da sua amada.

- Hum... Ele diz que quer assegurar-se que ficas bem enquanto está doente. Ele quer que sejas feliz, William. - Respondeu Elizabeth, baixando os olhos, sentindo-se culpada por esconder-lhe o facto de o seu primo estar a morrer.

William não ficou muito convencido com a resposta de Elizabeth, porém, não quis fazer-lhe mais perguntas. Queria passar algum tempo com ela e não discutir.

Afastou-lhe o cabelo da nuca, empurrando-o para a frente para que caísse pelo seu ombro. Poisou a escova de prata em cima do toucador, pôs as mãos nos seus braços e começou a beijar-lhe a curva do pescoço. Sentia a pele de Elizabeth quente e suave contra os seus lábios, a fragância a rosas e a sol. O desejo apoderava-se dele, mas sentia como ela ficava tensa sob as suas mãos.

- Relaxa. - Murmurou.

Elizabeth tombou a cabeça para trás e William mordiscou-lhe levemente o pescoço.

- Quero-te, William. - Gemeu.

William deteve-se e sorriu. Ele também a desejava, queria estar com ela. Pegou-a ao colo e deitou-a na cama, colocando-se sobre ela e beijando-a apaixonadamente.

Momentos depois, William afastou-se dos lábios de Elizabeth e olhou-a com doçura. Os dois ofegavam.

Elizabeth estava satisfeita e feliz. Tinha William. Porém, não podiam continuar. Ele teria de se ir embora.

- William, tens de te ir embora.- Avisou, com um certo pesar no tom de voz.

- Eu sei!

William encostou os lábios aos dela e beijou-a com paixão e doçura. De seguida, saiu de cima dela e saiu porta fora.

Elizabeth estava perplexa.

Fora tudo tão rápido e tão bom...

...

No dia seguinte, de manhã, Christopher entrou na biblioteca com uma carta na mão.

- Senhor, chegou uma carta para si. - Anunciou o mordomo, estendendo-lhe o pequeno pedaço de papel.

Prometida ao IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora