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- Irá defrontar nosso melhor homem

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- Irá defrontar nosso melhor homem. Ele irá surgir, como se quisesse atacar Arcadia. - Falou Lexie, entregando as adagas a Beta.
Ele assentiu. - E quem é ele?
Sorri de canto e verifiquei a munição da arma, e olhei ele. - Tenta não se apaixonar.
Beta revirou os olhos. - Dificilmente.
Ri e me afastei, olhando Lexie e levando dois dedos na testa, estilo militar, e segui para o interior da floresta.
Ainda escutei Lexie. - Você tem os vigias com você. Eles irão seguir suas ordens...
Neguei com a cabeça. - Pfffff. Ridículo.
Escondi e esperei até Beta estar no lugar. E se eu erguesse a arma e, simplesmente, atirasse? Que é isso, Dário? Lexie acabava com você.
Avancei pela floresta, Beta estava esperando armas e tal... Sorri. Vamos mudar o jogo.
Coloquei a arma presa nas costas e peguei um arco, já que sabia onde os arqueiros escondiam alguns. Analisei ele, acho que ainda lembrava de como se usava.
Fiquei vendo Beta, enorme, andando de lá para cá e depois ergui o arco, resistindo á tentação de mirar a sua cabeça. Ele nem veria a flecha chegar.
Balancei a cabeça. Esquece isso, Dário.
Soltei a flecha e vi confusão no seu rosto, bem como nos dos vigias.
Sorri abertamente.
Não era um teste que a Lexie queria?
Vi ele dar as ordens para os homens e subi numa das árvores.
Esperei, vendo eles surgirem, com o grandão na frente. Líder uma merda!
Assim que eles se afastaram o suficiente, procurando, e Beta dividiu a equipe, pulei da árvore, esperando dois segundos, e depois corri na direção de Arcadia.
Vi Lexie, observando, e acenei sem nunca parar de correr, vendo ela revirar os olhos.
Escutei um som estranho vindo de algures mais na frente, mas nem liguei, só queria passar os portões de Arcadia e provar que Beta não dava conta do recado.
Assim que entrei na comunidade, parei e rodei, ficando de frente para Lexie, que se aproximava. Sorri e abri os braços.
- Entrei.
Ela sorriu. - Eu não festejaria tão cedo.
Franzi o cenho e senti algo frio no meu pescoço. Fechei os olhos. Merda!
Beta estava atrás de mim, com uma das adagas prontas a me matar.
- Buh. - Disse ele.
Revirei os olhos. - Por onde diabos você entrou?
Beta retirou a adaga e se colocou do meu lado.
- Vi que tinha uma outra forma de entrar. - Indicou o muro, onde eu sabia que tinha uma entrada... mas ele não deveria saber disso, pois ainda passara muito pouco tempo desde a sua chegada.
- Ah... Viu, foi? - Coloquei as mãos na cintura.
Beta sorriu. - A ideia do arco foi genial. Fez parecer que era de verdade.
Franzi o cenho. Aquele cara era maluco.
Olhei Lexie, mas ela parecia divertida com tudo aquilo. Suspirei e estiquei a mão para o Beta.
- Bem vindo a Arcadia.
Ele sorriu e apertou a minha mão.
Quando me afastei, para o interior da casa grande, Lexie foi junto.
Olhei ela de canto. - Fala logo.
- Você oficializou o cargo dele. Fiquei surpresa.
- Tá, o cara é legal. Assustador, estranho, mas legal.
- Sério?
- Pfff. Não deixa de ser um demônio.
Ela riu. - Tá aí, gostei desse nome.
Passei a mão pelo rosto. - Minha nossa Senhora.
- Mas viu? Ele é bom.
Ergui uma sobrancelha. - Ah, qual é?

Mais tarde, enquanto eu limpava minha arma, sentado nas escadas da casa grande, dois homens começaram a discutir feio no meio da comunidade.
Olhei eles e franzi o cenho. O que estava acontecendo?
Então, um deles fechou a mão e foi quando eu levantei, correndo na direção daqueles dois e me coloquei no meio.
- Calma, vocês dois! Mas o que deu em vocês?
O da esquerda, esticou o braço na frente do meu rosto. - Esse imbecil aí que começou!
O outro tentou partir para cima dele, mas segurei os dois.
- Chega! - Gritei. Depois olhei de um, para o outro. - Chega dessa discussão idiota e sem sentido algum. Poh, somos uma comunidade, uma família! Não um bando de animais!
Eles ficaram se olhando, mas um deles respirou fundo, assentiu e me olhou.
- Por você, Dário. Só porque você está pedindo e é um cara legal.
Revirei os olhos. - Tá, mas agora chega.
Eles se olharam uma última vez e depois foi cada um para seu canto.
Deus do céu.
- É sempre assim?
Olhei para trás, vendo Beta, e ele indicou os caras que se afastavam.
Passei a mão pelo rosto e encarei ele.
- Não, essa gente raramente perde a cabeça.
- Hum. Eles parecem respeitar você. - Deu de ombros  - Pensei que a líder era a Lexie.
Estreitei os olhos. - E é. Escuta, não tem nada para fazer, não?
Beta sorriu. - Tem. Na verdade, sua amiguinha me mandou aqui. Parece que você ficou de me mostrar tudo o que tenha a ver com o meu novo cargo.
- Só pode ser brincadeira. - Olhei para cima e depois de novo para ele. - O que eu fiz para merecer isso? Será que fui assim tão ruim numa vida anterior? Misericórdia! - Olhei ele. - Me dá um segundo, vou pegar a arma.
Dei as costas e fui na direção da minha arma, pegando e percebendo Lexie do outro lado, me olhando e sorrindo.
Ergui a mão. - Você me paga!
- Força, D.
Neguei com a cabeça e segui para junto de Beta, passando por ele sem nem parar.
- Vamos, demônio de cabelo claro. Não tenho o dia todo.
Quando escutei ele, Beta estava mesmo do meu lado. Eu nem escutara ele se aproximando. - Demônio?
Revirei os olhos. - Prefere controlador de zumbis?
Ele riu. - Lexie falou.
- É, falou.
- Até que é bem fácil.
- Hum.
- Sério. Você só tem de se parecer com um deles.
Suspirei. - Credo, vai ser uma tarde longa...
Passei toda a tarde com o Beta, explicando onde ficava o quê e que edifícios, fora dos muros, pertenciam a Arcadia.
- E os arqueiros? - Perguntou Beta.
Parei de andar e olhei ele. - Calma! Os arqueiros e todos os outros não são seus.
Ele assentiu. - Só perguntei.
- Primeiro faça o seu trabalho e depois se preocupa com o resto. Com o tempo você entende.
- Você tem um leve mau humor, não tem?
- Fala sério. - Olhei o chão. - Tá, acabei. Vamo regressar.
Beta seguia do meu lado e foi quando um pequeno grupo de zumbis surgiu mais na frente. Eram uns seis, nada de importante.
Peguei a arma, mas Beta colocou a mão sobre ela, me olhando.
- Espera. Deixa eu te mostrar uma coisa.
Abaixei a arma e vi ele tirar uma coisa horrenda de dentro da jaqueta. Era uma máscara, igual zumbi.
Beta colocou ela e começou a andar até os zumbis. Ele andava devagar, meio torto e em silêncio.
Franzi o cenho.
Os mortos não atacavam ele, aliás, até seguiam Beta para todo o lado. Ele fez sinal que iria afastar eles e regressaria a Arcadia depois.
Vi ele se afastar, levando o pequeno grupo e quando eles sumiram da minha vista, respirei fundo.
Não sei como ele fazia aquilo, mas até que Beta poderia ser útil.

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