5 anos depois...
Saí da casa grande, olhando em redor.
Tudo estava calmo, mais um dia começava com o sol quente prometendo um bom dia de verão.
Vi uma mulher mais na frente, erguendo o braço e me chamando.
- Dário!
Fui até ela, sorrindo e cumprimentando todos os que passavam por mim.
- Bom dia, dona Marie.
Ela ergueu uma sobrancelha, mas me olhou de forma divertida.
- Dona é sua avó.
Eu ri. - Mas você tem idade para ser minha avó.
Ela estreitou os olhos. - Só porque eu gosto bastante de você, isso não significa que eu não dê uns tapas nessa cara. Bom... - Ela me entregou uma taça. - Toma, leva para a sua namorada.
Franzi o cenho. - O quê?
Marie revirou os olhos, falando naquela vozinha meio rouca dela. - Leva para a Rainha. Ela falou que gostava de morangos e que estava ansiosa por provar os nossos. Vai, leva.
- Eu... Ela não é minha namorada.
Marie riu, um divertido "hehe". - Sei.
Ela se aproximou, segurou o meu rosto com as suas mãos e beijou minha testa, me puxando para baixo para conseguir fazê-lo, já que ela era bem baixinha, e depois me manteve naquela posição.
- Você é um bom garoto, meu filho, um doce de menino. Não deixa esse mundo mudar isso.
Sorri, eu gostava realmente, dela.
- Pode deixar do... - Vi ela estreitando os olhos. - Marie.
Ela me soltou, mas as suas mãos ficaram sobre o meu peito. Marie sorriu torto, ela amava me azucrinar.
- Se eu fosse mais nova, hum... Eu te mostrava umas coisas.
- Oh meu Deus do céu! - Eu ri. - Tá, deixa de besteira e mantém essa mulher doida afastada de mim! - Rimos os dois e depois beijei seu rosto. - Obrigado, Marie, e você também é especial. - Me afastei.
Atravessei os campos e vi Lydia, que se aproximava. Ela estava crescida, já nem parecia a mesma garotinha que tinha chegado ali com o Beta. Mas aquele olhar bruto, a forma determinada de andar... Isso permanecia intacto.
- Caiu da cama? - Perguntei, parando, mas percebi que algo não estava bem, seu expressão emburrada provavam isso mesmo. - Você está bem?
- Pfffff. Eu ia com o Beta, hoje. Ele vai fazer uma ronda maior e eu falei que queria ir junto. - Ela cruzou os braços sobre o peito. - Mas ele e Lexie falaram que não, que era bastante perigoso.
- E é.
Ela girou aqueles olhos selvagens na minha direção e se pareceu tanto com a sua mãe que chegou a ser cómico.
- Não vem você também, Dário. Você deveria ficar do meu lado e não contra mim.
Assenti. - Mas nesse caso, eu vou ficar contra, sim. Eles têm razão.
Ela suspirou e se afastou, sentando nas escadas da casa grande, olhando em frente.
Revirei os olhos e sentei do lado dela, respirando fundo.
- Você sabe que coisas acontecem. Coisas horríveis. - Falei.
Ela me olhou. - Eu sei, mas eu não sou mais uma criança! Eu já vivi lá fora, eu sei me defender.
Olhei ela. - Todos nós já vivemos lá fora, Lydia. A questão não é essa. Beta quer proteger você, a Lexie quer proteger você.
- Mas...
Ergui a mão, pedindo um minuto. - Você não tem ideia do que a gente já passou, ou já teve de fazer, para sobreviver lá fora. Do que ainda temos de fazer e ver. Confia neles quando pedem para você ficar. Além disso, Beta que é o líder de segurança, não você.
Ela riu. - Nem quero ser, eu só queria ir junto. Nem que fosse escondido. - Lydia me olhou e sorriu, mordendo o lábio. - Tá. Tudo bem, eu fico. Valeu Dário.
Sorri. - Sempre às ordens.
Levantei e entrei na casa, subindo as escadas, percorrendo o corredor e entrando no quarto da Lexie.
Ela estava calçando uma das botas e ergueu uma sobrancelha.
Ergui a taça e depois coloquei em cima da mesa. - Marie mandou para você.
- Não acredito. - Lexie correu na mesa, pegando um e colocando na boca. - Obrigada, D.
Cruzei os braços sobre o peito. - Impedi que a sua filha fizesse besteira e fosse atrás do Beta, hoje, escondido.
Lexie parou por dois segundos, me olhando séria. - O quê?
- Lydia queria ir, e ficou furiosa por vocês dois não deixarem
Lexie suspirou. - Ela é demasiado parecida com o pai.
Ergui uma sobrancelha. - Ah é?
Lexie assentiu. - Ele era cabeça dura, também e muito dono de si. Mas tudo bem. - Depois sorriu daquele jeito torto dela, e eu sube que vinha coisa por aí.
- Anda, fala logo. - Eu disse.
- E a garota de Oceanside? Tem falado com ela?
Ergui as mãos, deixando cair novamente. - Eu não falo com ela á meses!
- Porque você é burro! A menina sempre vem buscar as coisas delas, ou trocar coisas com a gente, e ela gosta de você! Só você que não entende isso.
Assenti e dei de ombros. - Não quero nada com ninguém, Lex.
Ela riu. - E já disse isso para ela?
- Eu, realmente, não entendo qual a sua fixação com ela, e porque continua insistindo nisso. - Neguei com a cabeça e depois ergui o olhar. - Até parece que é você que gosta dela.
Ela estreitou os olhos e depois ergueu o dedo na minha direção, abrindo um sorriso enorme.
- Você gosta.
- Misericórdia. - Dei as costas e abri a porta. - Chega, fui!
- Dário espera! Volta aqui!
Deixei a porta aberta, porque sabia que ela viria me seguindo, e me afastei pelo corredor.
- Dário! - Gritou Lexie, ainda no quarto.
- Vou indo, Lex. - Gritei de volta.
Segundos depois, escutei ela correndo e vi Lexie andando do meu lado.
- Já terminámos. - Falei, me referindo ao tema de conversa.
Ela revirou os olhos. - Não me deixa falando sozinha.
Rimos os dois e saímos da casa, vendo que Beta já estava pronto para sair.
- Tudo pronto. - Disse ele.
Lexie assentiu e deu as últimas ordens.
- Toma cuidado, grandão. - Falei.
Beta riu. - Cuida da Lydia, bonitinho. Volto assim que puder.
Ele deu as costas e saiu da comunidade, levando um grupo consigo.
Lexie respirou fundo e me olhou. - Ele sabe o que faz.
Assenti, sorrindo. - Sabe, mas não deixa de ser um demônio lá fora.
Ela riu e bateu no meu ombro, antes de regressarmos ao interior da comunidade.N.A: OI AMORES, ESPERO QUE ESTEJAM BEM. E AÍ, O QUE ESTÃO ACHANDO DA FIC ATÉ AGORA?
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Awaken
FanfictionSpin off da fic "Red Queen - A Rainha Vermelha", centrada na personagem Dário, o melhor amigo da Rainha. Essa é a história de Dário. #3 - twdfanfiction