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Acordei, piscando os olhos e passei a mão pelos olhos

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Acordei, piscando os olhos e passei a mão pelos olhos. Mais um dia... o último antes de Connie regressar para casa.
Levantei da cama e procurei roupas limpas. Assim que fiquei pronto, saí do quarto, guardando a arma pequena e as facas, enquanto descia o corredor.
- Bom dia, Dário.
Olhei e vi Kelly. Sorri.
- Kelly.
- Viu minha irmã?
Franzi o cenho. - Acabei de acordar. Ela não estava no quarto?
- Não. - Kelly negou com a cabeça. - Quando acordei, ela já tinh sumido.
Assim que saímos da casa, foi fácil ver onde estava Connie.
Marie e ela riam e pareciam estar se entendendo.
- Deus do céu. - Falei.
Kelly me olhou. - É sua mãe?
- Não, mas é como se fosse. - Avancei na direção das duas e parei junto de Connie, olhando Marie. - Marie.
Ela me sorriu. - Oi, meu filho. Sua amiga é divertida, sabia?
- Quer parar?
Marie deu de ombros. - Porquê? Gostei dela.
Revirei os olhos, toquei no braço de Connie e fiz sinal para que me seguisse.
- "Desculpa". - Disse eu, enquanto andávamos por Arcadia.
Ela riu. - "Tudo bem. Ela é legal e se preocupa com você."
Suspirei. - "Bastante."
Depois olhei ela e senti que tinha de dizer alguma coisa sobre o que acontecera ontem.
- "Connie. É... desculpa pelo que aconteceu ontem."
Ela me olhou, de cenho franzido. - "Você está arrependido?"
- "O quê? Não!"
- "Então não tem porque se desculpar." - Ela segurou o meu braço e me sorriu. - "Eu gostei."
Sorri e assenti, e continuámos andando, com Connie segurando meu braço, como se eu fosse fugir.
Me senti bem, como se um peso enorme tivesse saído de cima dos meus ombros.
Respirei fundo.

Um ano depois...

Tapei os olhos e depois baixei as mãos de novo. Elena riu, me olhando com aquele olho azul dela. Ri junto.
Ela esticou a mão para pegar um brinquedo e eu entreguei a ela, mas ela o olhou e depois jogou fora com um "hum" determinado.
Eu ri. - Nossa, você é mesmo filha do Beta, hein?
- Isso é um problema? Conspirando contra mim, bonitinho?
Olhei para cima, já que eu estava sentado no chão com Elena, e vi Beta nos olhando.
Sorri. - Claro que não, imagina.
Ele abaixou junto da filha. - Cadê a Lexie?
- Está reunida com Ezekiel e Daryl.
Beta assentiu. - Vou fazer a ronda, fica bem? - Indicou a garotinha.
- Claro.
Ele levantou. - Não ensina ela a ser como você, por favor.
Revirei os olhos e depois olhei Elena.
- Não tinha ninguém melhor para escolher como pai?
Ficámos brincando durante algum tempo, até Connie surgir junto de nós, sentando do meu lado e me beijando.
Eu estava com ela á um ano. Ela e Kelly haviam se mudado para Arcadia, bem como Daryl, Yumiko, Magna e Luke.
Connie esticou a mão e fez carinho na mão da menina. Depois me olhou.
- "Ela gosta de você."
Dei de ombros. Naquele momento, eu era completamente capaz de falar com Connie usando apenas gestos.
- "Eu também gosto dela."
- "E você leva jeito." - Ela disse.
Franzi o cenho. - "Mais ou menos. É facil quando gostamos deles e eles estão acostumados com a gente."
Connie assentiu e depois indicou a casa.
- "Lexie ainda está com o Rei?"
Assenti. - "Sim, porquê?"
Ela deu de ombros. - "Preciso falar com ela." - Connie suspirou e ficou olhando a menina.
Fiquei observando ela. Tinha algo ali  eu sabia.
Toquei na sua mão. - "Está tudo bem?"
Connie me sorriu, assentindo. - "Sim, não se preocupa."
A porta da casa abriu e Daryl saiu, seguido de Ezekiel e Lexie.
Peguei Elena e, junto com Connie nos aproximamos deles. Lexie sorriu, erguendo os braços para a filha, que esticou os braços para a mãe.
- "Posso falar com você?" - Perguntou Connie para Lexie.
Lexie me olhou e depois assentiu. - "Claro, vem comigo."
Fiquei vendo as duas entrando na casa e franzi o cenho.
Daryl bateu no meu ombro, chamando minha atenção. Olhei ele.
- O que você fez? - Sorriu.
- Nada! Ela acordou estranha, nem eu sei o que ela quer falar com a Lexie.
Daryl assentiu. - Elas são estranhas.
Eu ri e nos afastámos da casa, com Ezekiel.
Elas saíram um tempo depois, falando, com Lexie carregando Elena nos braços.
Connie me olhou e ergueu a mão, mas eu vi as duas indo na direção da enfermaria.
Franzi o cenho.
Dei um passo em frente, mas Kelly se colocou no meu caminho, me sorrindo.
Olhei ela e depois para Connie, e de novo para ela.
Estreitei os olhos. - Você sabe o que ela tem.
Kelly sorriu. - Sei, mas não vou  falar nada. Connie irá falar com você.
Respirei fundo. - Kelly...
- Não me odeia, não é culpa minha se minha irmã não me deixa falar. Ela não quer preocupar você.
- Preocupar? Olha, eu já estou preocupado e...
Kelly segurou meus ombros. - Calma. Mas você vai ficar aqui, esperando, ou vai tratar da sua vida. Quando ela sair, ela te procura.
Bufei de frustração. - Sabe que isso é injusto, não sabe?
Kelly deu de ombros, colocando as mãos nos bolsos dos jeans.
- É a vida.
Revirei os olhos e me afastei, pegando a minha arma maior e indo em direção do portão de Arcadia.
Saí, verificando a arma, e avançando pela floresta.
Precisava me acalmar e parar de pensar que iria, de alguma forma, perder a Connie. O que ela foi fazer com a Lexie, na enfermaria? Que merda estava acontecendo que eu não podia saber?
Chutei uma pedra. Aquilo estava me matando.
Andei pelo meio das árvores, olhando em várias direções, vendo se tinha zumbis e de repente parei, olhando o nada.
Connie andava estranha á semanas, se não mesmo meses. Sempre que eu acordava, ela já estava de pé...
- Não...
Corri de volta para Arcadia, quase matando o desgraçado que estava demorando para abrir o portão.
Entrei correndo, vendo Lexie e Connie já fora da enfermaria.
Me aproximei das duas e parei, colocando a arma nas costas e segurando Connie pelos ombros.
- " O que você tem? Sem mentiras!"
Ela me olhou e depois olhou Lexie, que sorriu e assentiu.
Connie me olhou, pegou na minha mão e colocou na sua barriga, avaliando minha expressão.
Franzi o cenho e olhei para baixo, para a minha mão. Gelei por dentro.

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