17 - Final

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Muitos e longos anos depois

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Muitos e longos anos depois...

William:

Acordei e levantei da cama, passando a mão pelo rosto e depois pelos cabelos negros, iguais aos do meu pai. Aliás, segundo os mais velhos de Arcadia, eu era exatamente igual a ele, com poucos traços da minha mãe.
Troquei de roupa e depois desci, saíndo direto na rua e vendo que Elena já estava de pé, dando as ordens por ali e vendo se estava tudo pronto.
Nesse dia iríamos receber os líderes das outras comunidades para trocarmos ideias e planos para a melhoria de todos, algo que faziamos ao longo do tempo.
Elena olhou para trás e me sorriu.
Sorri de volta e me aproximei.
- Pensei que iria dormir o dia todo. - Ela falou.
- Não era má ideia.
Ela tocou no meu braço. - Você deveria descansar mais.
Assenti. - É, e Arcadia se rege sozinha.
Elena inclinou a cabeça. - E eu estou aqui para quê? Admirar sua beleza? Não, né?
Rodeei sua cintura com os braços e sorri, sentindo as mãos dela nos meus pulsos.
- É bom saber que me acha bonito, viu?
- Idiota. - Elena sorriu, se esticou, e deixou um selinho nos meus lábios, antes de escutarmos o portão abrir.
Nos afastámos um pouco, olhando.
Todos eles estavam ali. Henry, o mais velho de todos os líderes, filho do Ezekiel; Hershel, lider de Hilltop; Judith e RJ, atuais líderes de Alexandria depois de Carl ter dado o cargo a eles, anos antes.
Eles se aproximaram e cumprimentamos todos. Hershel, o último, me sorriu de forma divertida e ergueu o braço na minha direção, se aproximando.
- Porque ainda não recebi o convite do casamento? - Perguntou, sorrindo e apertando minha mão.
- Que casamento? - Perguntei.
Judith sorriu. - Todo mundo sabe, Will, você e a Elena não escondem, não é mesmo?
Elena estreitou os olhos, olhando a amiga. - E porque tem de haver um casamento?
RJ e Henry riram e Hershel fez seu sorriso de raposa.
- Porque é assim que funciona. Vocês se amam, vocês se casam.
Revirei os olhos. - Misericórdia.
Judith me olhou. - Você se parecia tanto com Dário, agora.
Sorri. Esquecia que ela conhecia o meu pai, do tempo em que Rick levara ele para Alexandria.
Elena assentiu e depois olhou eles.
- Vamos entrar? Temos bastantes coisas a tratar.
Sorri, sempre prática.
Deixei que todos eles seguissem ela e entrei depois, junto com Hershel.
Ele se tornara um grande amigo ao longo do tempo.
- Quero ser o padrinho, hein? - Ele colocou o braço sobre os meus ombros.
- Nem sei porque ainda suporto você.
Ele riu. - Porque eu sou seu amigo e sou mais velho que você, tem de respeitar.
Sacudi o seu braço. - Respeitar coisa nenhuma. Você está na minha comunidade, lembra?
Judith, mais na frente, me olhou. - Lydia mandou abraços para vocês, falou que viria na próxima semana.
Assenti. Não via Lydia faz tempo.

Depois que a reunião terminou, deixei Elena com nossos amigos e me afastei em direção á zona mais afastada de Arcadia.
Parei em frente ao túmulo do meu pai, onde era possível ler "Dário Sheperd", e senti um aperto no peito.
Todos eles estavam ali, minha mãe, Beta e meu pai.
Sorri olhando o nome do Beta, meu pai morrera tentando salvar ele.
- De novo?
Olhei para o lado e vi Lexie, que se aproximava, sorrindo.
Sorri de volta.
Seu rosto cheio de rugas, seu cabelo grisalho, mas a katana permanecia na bolsa, nas suas costas.
- Lexie. - Dei de ombros. - Sinto falta dele. Todos os dias. Da minha mãe também, mas eu era mais ligado nele.
Lexie parou do meu lado e assentiu.
- Eu também. Ele era a melhor pessoa que eu já conheci. E você é exatamente igual.
Respirei fundo e depois olhei ela.
- E Daryl?
Lexie indicou a casa. - Falando com Hershel e Judith.
Assenti. - Elena contou sobre os novos planos?
Lexie assentiu. - Contou sim. Vocês estão fazendo um ótimo trabalho, viu? Estou orgulhosa. Arcadia está melhor do que nunca. Obrigada.
- Tem outra coisa. - Falei e recebi um olhar desconfiado da rainha. Tive de rir. - Calma, não é nada grave, eu acho.
- Acha? Will, o que houve?
- Eu... é... - Passei a mão pelo cabelo. - É...
- Will!
- Tá. É a Elena. Ela que deveria falar, mas eu sei que ela não vai, então... Tipo, aquilo andan mexendo com a cabeça dela e...
- William Sheperd!
Ergui as mãos. - Credo. Tá bom. - Respirei fundo. - Você vai ser avó.
Lexie franziu o cenho. - O quê?
Depois, sem que eu pudesse impedir, Lexie partiu para cima de mim, batendo nos meus ombros.
Eu ri. - Au! Au, espera aí, também não é preciso machucar! Au! Lexie!
- O que você fez com a minha Elena?
- Ué...
Lexie me abraçou, apertando forte, e rodeei ela devagar.
- Parabéns, Will. - Depois se afastou. - Sério?
Assenti. - Sério.
Lexie segurou a minha mão. - Dário iria amar.
Assenti. - Eu sei.
- Obrigada, Will. Pelo que está fazendo com Arcadia e pela forma como trata a minha filha.
- Eu gosto dela.
Lexie assentiu. Depois bateu no meu ombro, amigavelmente, e se afastou, em direção de Daryl e Elena.
Olhei o nome do meu pai. - Se for menino, será Dário.
Me afastei indo em direção da minha familia, dos meus amigos.
Recebi um abraço de Daryl, que, obviamente, fez gracinha com o assunto, mas tudo bem.
Estávamos em paz, estávamos vivos, eu tinha minha comunidade e minha família e nada mais importava.
E eu iria continuar o que o meu pai deixara, eu iria ser que nem ele. Ele era meu orgulho e meu exemplo.

FIM

FIM

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