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Abri os olhos, devagar, e sentindo como se toda a pele das minhas costas estivesse repuxando e ardendo ao mesmo tempo

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Abri os olhos, devagar, e sentindo como se toda a pele das minhas costas estivesse repuxando e ardendo ao mesmo tempo. Eu estava deitado com as costas para cima, com algo sobre elas e, só de pensar em me mover, era horrível.
Fechei eles com força e escutei alguém andando.
- Dário?
Abri os olhos e sorri fraco. - Oi, Doc.
Vi ele sorrir. - Bom saber que está vivo.
- Hum. Me fala a verdade... É grave, né?
Fiz careta de dor.
Doc sentou junto de mim, puxando um banco.
- Dei a mesma coisa a você, que dei ao Beta, para acalmar a dor. Suas costas estão num estado muito deplorável, mas irá sobreviver. Vamos cuidar para não ficar infetado e pronto. Vai ficar aqui durante o processo, só sairá quando estiver realmente bem.
Franzi o cenho. - Ao menos poderia me deixar dormir na minha cama.
- É uma ideia, mas vamos ver. Outra coisa, vai deixar marca.
Respirei fundo mas logo me arrependi.
- Tudo bem. - Depois lembrei de algo e quase sentei, mas a dor me manteve no lugar. - A Connie?
- Calma, rapaz, ela está bem. Deve estar chegando para ver você.
Suspirei de alívio e depois olhei ele. - E o bebê?
Doc sorriu. - Está ótimo.
A porta abriu e Lexie entrou, abaixando junto de mim. Doc se afastou.
Ela passou a mão na minha testa.
- Pensei que tinha perdido você. Quando o Beta entrou, carregando você, cheio de sangue... Eu...
- Hey, eu estou bem.
Ela sorriu. - Ainda bem. Connie está lá fora, esperando. Quer ver ela?
Sorri o tanto quanto me era possível.
- Claro.
Lexie beijou minha testa, fez carinho na minha mão e saiu.
Connie entrou, parando a meio do caminho. Vi preocupação no seu rosto, depois tristeza, mas mesmo assim, ela sorriu e se aproximou, segurando meu rosto com cuidado, já que eu não podia nem levantar a cabeça, e me beijou.
Foi a melhor sensação do mundo.
Sentou no banco e foi quando percebi que Doc saíra.
- "Vai ficar bem?"
- "Doc diz que sim. E você? E o bebê?"
Ela sorriu. - "Estamos muito bem, graças a você. Mas eu pensei... Eu vi eles baterem em você..."
- "Hey, não pensa nisso. Acabou."
Connie sorriu.
Eu apenas mexia os lábios, devagar, para que ela pudesse ler, já que eu não consegui mexer os braços, estendidos ao longo do meu corpo.
Ela tocou na minha mão, segurando forte.
- "Pensei... Quando a Magna chegou e falou que você ficara para trás, eu pensei que tinha perdido você. Para sempre." - Falei.
Connie suspirou e assentiu. - "Pensei que ia morrer, quando eles me levaram."
Respirei fundo, devagar e olhei ela.
- "Eu te amo."
Connie sorriu, um sorrisão enorme.
- "Eu também te amo."
Sorri. Eu amava, realmente, ela. E saber que ela carregava um filho meu, era ainda melhor. Além de assustador. Mas iria dar um jeito nessa parte.
Agora, eu só queria ficar do lado dela para sempre.

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