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Meses depois

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Meses depois...

Olhei a arma mirando minha testa e depois encarei o homem na minha frente. Ele sorriu.
- Diga adeus.
De repente, sua cabeça foi separada dos ombros, caindo e rolando pelo chão, me fazendo recuar por causa do sangue. Olhei ela.
- Adeus. - Depois ergui o olhar para Beta, na minha frente, que me entregava a arma. - Obrigado.
- Tudo bem. A Lexie?
Indiquei o pequeno edifício atrás dele.
- Entrou faz tempo.
Beta rodou, sacudiu o sangue da adaga e correu para dentro do edifício.
- Beta! Volta aqui! - Gritei. Revirei os olhos. - Mas porque eu ainda fico surpreso com esse cara?
Corri e entrei atrás dele, escutando o som de luta.
Ergui a arma e fui andando pelos corredores, seguindo o som, até que vi a Lexie lutando com um homem mais na frente. Mirei a cabeça dele, mas não tinha tanta visibilidade assim. Poderia acabar atingindo Lexie e isso seria trágico.
Vi ela rodar a katana nas mãos e atacar, erguendo a lâmina e espetando na cabeça dele, puxando depois e empurrando o corpo dele com o pé.
Respirei fundo, ao mesmo tempo que Beta chegava até nós, segurando um rapaz, que nos olhava com o medo no olhar.
Lexie franziu o cenho e eu me aproximei.
- Não fazemos prisioneiros, Beta. - Disse ela.
Beta sacudiu o garoto. - Ele sabe de coisas. O grupo é maior, muito maior, a comunidade não é aqui, isso é só um posto. O líder é um tal de Negan.
Lexie olhou o rapaz, se aproximando.
- Você vai nos levar até lá.
- Ele vai matar vocês.
Ela sorriu. - Ele que tente.
Ordenou que Beta levasse ele até os outros guerreiros e depois se aproximou de mim.
- Precisamos de mais guerreiros. Esse Negan vai ter de aprender que não se mexe com Arcadia.
Assenti. - Quantos perdemos?
Ela me sorriu. - Nenhum. Mas eles... só sobrou aquele que o Beta pegou.
Suspirei e assenti. - Vamos para uma guerra, de novo.
Lexie mordeu o lábio. - É... a última, eu espero.
- Tá, então vamos. Precisamos preparar os guerreiros antes que esse tal de Negan nos ataque primeiro.
Segui Lexie para fora do posto, deixando um rastro de sangue e morte atrás de nós. Mas na minha cabeça eu sorri. Quem mandou mexer com a rainha?
Olhei Lexie, andando do meu lado. Por vezes ela era assustadora.

Nossos guerreiros haviam chegado quase que do nada, pegando o Santuário de surpresa. Claro que eles estavam bem armados, e assim que deram pela nossa presença, uma chuva de balas caiu sobre nós.
Esperei, sentado no caminhão, até que meu rádio fez barulho.
- Dário.
- Vem! Lado norte, como combinado, já danificamos um pouco, é todo seu.
Sorri. - É pra já.
Coloquei o rádio no cinto, coloquei o capacete, apertei as luvas e liguei o caminhão.
Dirigi o mais rápido que consegui até chegar no Santuário e, tal como previra, passei a ser o alvo principal.
Abaixei, enquanto balas batiam por todo o lado.
- Wow! - Falei, enquanto abaixava um pouco, assim que algo passou a centímetros do meu rosto. Levantei de novo e peguei o rádio. - Beta!
- Escutando.
- Sua vez!
Pulei do caminhão, deixando ele seguir sozinho e embater na parede já danificada, abrindo um buraco enorme.
Levantei, pegando a arma e atirei em qualquer pessoa que não fosse de Arcadia.
- Dário! - Disse Lexie no rádio. - Sai daí! O Beta chegou!
Olhei em frente, uma mulher vinha na minha direção.
- Droga!
Corri, mas ela me seguiu. Rodei muito rápido e atirei, mas ela abaixou, erguendo sua arma depois e atirando na minha cabeça, mas o capacete protegeu.
Balancei a cabeça, aquilo doera.
Soquei ela no rosto e ela caiu. Tirei aquilo da minha cabeça e mirei a cabeça da mulher, ainda deitada no chão.
- Atira! - Falou ela.
Sorri e neguei com a cabeça. - Nahhh, tenho planos muito mais divertidos. Já conhece meus amigos?
Indiquei a horda atrás de mim e vi ela ficando pálida.
Chutei a arma dela para longe e depois corri, me afastando o mais que consegui.
Parei mais na frente, olhando para trás, vendo os mortos tomando conta do Santuário.
- Ficou doido!?
Senti alguém batendo na minha cabeça e abaixei instintivamente. Olhei para o lado, vendo Lexie.
- Quê?
- Você poderia ter sido pego na horda!
Revirei os olhos. - Cala a boca. Vencemos.
- E o Beta?
Indiquei a horda. - Ficou lá.
Lexie olhou nessa direção, parecendo preocupada.

Uma semana depois...

- Acorda!
Abri os olhos, vendo o rosto de Lexie bem na frente do meu.
- Credo! O que você está fazendo aqui? Ficou doida? A vitória contra o Negan bagunçou sua cabeça, foi?
Ela se afastou, rindo e eu sentei na cama.
- Não.
- Então?
Lexie colocou aquele cabelo negro para trás das costas.
- As garotas de Oceanside estão aqui.
Passei a mão pelo rosto. - E daí?
Ela revirou os olhos. - Vai comigo entregar as armas, ou não?
- Não dá para fazer sozinha?
- Dário...
- Ah, tá bom. - Levantei da cama e beijei a cabeça dela. - Posso tomar banho, pelo menos, mamãe?
- Estarei esperando e deixa de ser besta!
Sorri, negando com a cabeça e entrando no banheiro.
Assim que fiquei pronto, fechei a água e peguei a toalha, colocando em redor da cintura e saíndo, mas parei, quase morrendo do coração.
Lexie estava sentada no chão do banheiro, e me olhou.
- Lexie!
Ela ergueu o olhar, super calma, e seu olhar se prendeu no meu, não desviando por um segundo.
Indiquei a porta. - Não dava para esperar?
Ela deu de ombros. - Não pensa que quero ver você sem roupa, não é o caso. Não que você não seja... - Indicou o meu corpo com as mãos, balançando elas. - Enfim, mas a Cloe queria falar comigo e eu não estou com paciência.
Estreitei os olhos. - Então você veio atrás de mim...
- Não. Eu falei que estava esperando você, que foi falar com o Beta, mas eu precisava de vir no banheiro... - Ela me olhou de novo. - Ah, quer saber? Não devo explicação nenhum para você! Coloca uma roupa e vamos.
Coloquei as mãos na cintura, esperando.
- Tá esperando o quê? - Perguntou.
Ergui uma sobrancelha. - Quer que eu coloque uma roupa na sua frente? - Dei de ombros. - Tudo bem.
Assim que eu coloquei a mão na toalha, Lexie saiu do banheiro, falando sozinha algo sobre eu ser impossível.
Eu ri.
Assim que fiquei pronto, saí para o quarto, vendo Lexie confortavelmente instalada na minha cama, lendo um livro em cima das cobertas.
Fiquei olhando ela. Eu nunca iria tê-la para mim e tinha de viver com esse facto, mas ela era a garota mais bonita que eu já vira.
- Quer uma foto?
Respirei fundo. - Vamos?
Ela sorriu e levantou, assentindo.
- A Cyndie está lá em baixo.
Revirei os olhos. - Misericórdia. Quer parar de arrumar namoradas para mim? Eu tou bem, obrigado.
Lexie riu. - Não seja idiota, ela que perguntou por você.
- Ah tá, sei.
- Verdade. Você tem de começar a aceitar o facto de que é um cara bonito.
Olhei ela de canto, enquanto desciamos o corredor. - Bateu com a cabeça, né?
Ela sorriu. - Você é.
- Lex, pelo amor de Deus...
Ela parou na minha frente e segurou o meu rosto com as mãos, olhando nos meus olhos. Eu não vou nem falar o que tive vontade de fazer, mas me mantive quieto. Lexie era minha melhor amiga.
- Você é! Além de ser o melhor cara que eu já conheci na minha vida. Você é incrível e tem o estranho dom de fazer todo mundo gostar de você. É corajoso, leal, um irmão, um protetor, um amigo. Um líder. Só você que não vê isso.
Mordi o lábio. - Lex...
- Cala a boca, eu estou dizendo que é, e ponto. E eu sei do que estou falando.
Ela me soltou e continuámos nosso caminho. Mas percebi ela rindo.
- O que foi agora? - Perguntei.
- Só não fala para a Cyndie que eu invadi seu banheiro e peguei você pelado, porque eu não estava olhando, juro.
Revirei os olhos.

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