Apoio

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Uma semana depois●

Teresa segura nos ombros de Gustavo, tomando um impulso para focar de pé. Em primeiro momento ela se sente tonta e precisa ser aparado por seu marido que não a deixa cair.

__ Respira um pouco meu amor, vai com calma.--- Fala Gustavo paciente.--- Você está indo bem.--- Apoia.

Depois de passar por uma bateria de exames, foi afirmado que Teresa não tinha nada que fosse grave. O foco agora era na sua fisioterapia, afinal não teve nenhuma sequela grave, mas ainda assim existem algumas que precisam ser tratadas.

Por ora ela não pode andar sozinha, tem que estar o tempo todo apoiada em alguém. Isso porque seu corpo passou muito tempo deitado, sem contar os danos da queda, então as vezes suas pernas ficam bambas ou ela perde o movimento das mesmas por um tempo. Em bora assustador, é normal devido a gravidade do seu acidente.

O processo de recuperação não tem sido fácil, tem exigido bastante da loira. Mas o apoio tao grande que Gustavo lhe dar, junto de Estefânia, é único. A cada pequena conquista dela eles vibravam como se fosse a coisa mais importante do mundo, a fazendo se sentir bem e animada. Até o pessoal do hospital ria com a forma tão exagerada que comemoravam.

A primeira coisa foi retirar a sonda, começando a fazer suas necessidades na fralda. Até Gustavo a limpava, o que a fazia morrer de vergonha. Depois veio o dia que ela ficou de pé pela primeira vez em cinco anos. Estefânia estava toda de amarelo aquele dia e fez uma festa enorme quando a amiga conseguiu ficar em pé por mais de um minuto.

Com toda a certeza esse apoio todo que vem recebendo esta ajudando na sua recuperação.

__ Você está indo mais do que bem, Teresa.--- concorda Estefânia.--- Acredito que logo deve estar tomando banho no box.

__ Tomara, não aguento mais banho na cama, é uma tortura. Sinto-me tão suja, parece que não estou limpa direito.--- É sincera, começando a caminhar aos poucos.

__ Jamais diga isso. Você está sempre limpa e cheirosa.--- Gustavo Beija os seus cabelos.

__ Agora não fala muito Te, o seu pulmão não está acostumado e você sente dor quando faz muitas coisas ao mesmo tempo.--- Adverte Estefânia.

Teresa passou muito tempo com a respiração mecânica, para o seu pulmão vtar ao normal tem sido difícil. Se falar muito tempo ela já fica com a respiração cansada. Falando e fazendo alguma coisa ao mesmo tempo ela fica cansada e com dor.

__ Acha que conseguimos andar esse corredor todo hoje?--- Pergunta Estefânia quando saem do quarto que ela estava.

Pois é, a loira já havia saído da UTI. Ainda não era a sua casa, mas já era algo.

Ela apenas concorda. Sua cabeça doía um pouco, mas tentaria ir o mais longe possível.

__ Vem, segura em mim também.--- Fala a mulher vestida em tons vermelhos, segurando com carinho no braço da amiga.

Estefânia queria estar ao lado de Teresa o tempo todo. Gustavo também. Para eles era tão surreal o fato dela estar ali, entre eles, que desgrudar dela era uma missão impossível. Queriam que a mesma se sentisse amada, querida. Queriam também se acostumar em ter ela junto deles novamente.

Teresa segura nos braços da mesma e vai andando. Ela não consegue ir até o final do corredor, se sente logo cansada, mas mesmo assim já foi mais do que a última vez.

__ Como vai minha paciente?--- Pergunta o médico adentrando o quarto.

__ Cada dia melhor.--- Gustavo fala animado, segurando nas mãos da esposa que estava sentada na poltrona.

A volta de TeresaOnde histórias criam vida. Descubra agora