De volta para casa

384 26 19
                                    


Gustavo abre a porta do carro, ajudando Teresa sair do mesmo. Estefânia sai logo do seu carro, estacionado ao lado, indo ajudar eles.

Teresa confirma que está bem e Estefânia volta pegando tudo que trouxeram e vai subindo na frente. Já Gustavo e Teresa vinha com calma e paciência, afinal é preciso ter paciência para que Teresa não piore.

Estefânia subia tudo animada, sua amiga estava de volta. Enquanto voltava, Estefânia já tinha ligado e pedido Fran para fazer o prato preferido de Teresa. Queria que sua amiga jantasse bem, que se sentisse em casa e feliz.

Estefânia abre a porta animada e coloca as coisas em cima do sofá da sala.

__ Até que enfim resolveram aparecer né?--- Fran fala do seu jeito animado, arrancando um sorriso de Estefânia.

A mulher de vermelho estava de um jeito que sorria atoa. A vida tinha lhe dado um motivo novo para sorrir, na verdade, tinha lhe devolvido.

Silvestre repreende Fran com um olhar que apenas dá de ombros.

__ Sei que estamos sumido, mas é por um bom motivo.--- Fala Estefânia animada.

A mulher fica na porta, olhando diretamente para o elevador. A qualquer momento a dona da casa estaria de volta ao seu lar, aquele que ela não deveria ter ido em bora, mas já que fora, era bom saber que ela estava retornando.

Quando a porta do elevador abre, Gustavo ajuda Teresa sair do mesmo. A loira encara tudo com os olhos cheios de lágrimas. A sensação de estar ali era boa, era sinal de que aos poucos as coisas estavam voltando a ser como era antes.

Teresa●

Respiro fundo, apertando a mão de Gustavo que estava junto a minha. Ele acaba sorrindo para mim e aquele sorriso com tantos sentimentos, o olhar tão brilhante, retirou todo o medo que sentia.

É estranho voltar para a minha casa e desde lá de baixo, perceber que tudo mudou desde a última vez que estive aqui. O mundo que eu conheço é outro, um mundo que já morreu. Esse, que estamos agora, já evolui enquanto eu dormia. E isso é ruim, é desesperador.

Eu estou no meio de pessoas que já aprenderam a viver sem mim, que já estavam acostumados com a minha ausência. Eu estou em um mundo que não precisa mais de mim.

O que me conforta é a forma que Gustavo e Estefânia me olham. Mesmo passando cinco anos, o olhar deles ainda demonstram amor e carinho. Para eles eu está de volta não é um peso, mas sim um presente. Tanto que querem ficar o tempo todo ao meu lado, me abraçando e cuidando.

__ Tá tudo bem?--- Gustavo pergunta atencioso

__ Está sim mi amor.--- Concordo com um sorriso.

Continuamos andando na direção do apartamento, vendo Estefânia que estava animada na porta. Solto um sorriso vendo o seu do tamanho do mundo. Ela sempre foi sorridente, feliz, mas nunca a vi sorrir tanto quanto nos últimos dias. Estefânia, assim como Gustavo, está radiante.

__ O motivo de estarmos ausente Silvestre.--- Estefânia vai falando conforme me aproximo.--- Estávamos trazendo a nossa Teresa de volta.

Paro na porta de casa, me apoiando em Gustavo. Silvestre passa o olhar todo por mim e não esconde a sua surpresa. Seu olhos se enchem dagua e o mesmo nega repetidas vezes com a cabeça.

__ Que foi homem? Parece que viu um fantasma.--- A moça ao seu lado fala de forma divertida.

__ Sinto como se estivesse.--- Concorda com o olhar fixo em mim.

__ Não vai me dar um abraço, amigo?--- Pergunto estendendo a mão na sua direção, com lágrimas nos olhos.

Silvestre sempre foi mais do que um empregado, ele sempre foi o meu amigo. Uma coisa que sempre gostei de fazer era ficar cozinhando com ele sentado no balcão da cozinha, enquanto conversávamos.

A volta de TeresaOnde histórias criam vida. Descubra agora