Ao seu lado

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Peso! Era isso que Teresa sentia pelo seu corpo.

Se sentia como se toneladas enormes estivessem sobre o seu corpo. Principalmente sobre os seus olhos, elq até tentava abrir e mesmo assim não conseguia, estava muito pesado.

Parecia as vezes que ela acordava, tentava fazer algo e mesmo assim não conseguia. Mas agora era diferente, ela sentia dor no corpo, sentia o mesmo pesando toneladas. Sentia o cano gigante dentro da sua boca, deixando a mesma agoniada com a sensação. Sua garganta estava queimando com aquilo.

Ela tentava acordar, fazer qualquer coisa para que tirassem aquele respirador horrível de sua boca.

Tentou abrir os olhos, mas não conseguiu. Tentou mexer o seu corpo, mas também falhou. Até tentou mexer, por menor que fosse, a sua mão que estava junto de uma outra. Sentia que a segunda mão era maior que a sua, a cobrindo por completo.

Aquele toque lhe era conhecido, ela jamais esqueceria. Era o toque dele, Gustavo! Seu marido, pai da sua filha, o grande amor da sua vida.

Ela não se lembrava de sentir ele tão pertinho dela das outras vezes. Se lembra de se sentir sozinha, o que a deixava ainda mais triste. Agora ela sentia que tinha alguém ali por ela, que estava esperando por ela. Isso a fazia bem, fazia com que ela quisesse abrir os olhos, continuar por ele.

__Boa noite.--- Uma voz forte chama a atenção de Teresa.

Ela não conhecia aquela voz.

__ Boa noite.--- Responde Gustavo e se pudesse ela teria sorrido.

__Como está a nossa paciente? Algum avanço?

__ Não, ela continua dormindo.--- Responde Gustavo um tanto quanto triste.

__ Tenhamos fé que ela vai acordar brevemente.--- Fala Gabriel.

__ Eu sei que ela vai.--- Responde Gustavo, apertando a mão de Teresa confiante.

Ela queria gritar que estava acordada, que estava ouvindo eles. Mas se não tinha forças para se mexer, quem diria para falar com aquele cano sua goela abaixo.

O médico se aproxima de Teresa e vai fazendo uma consulta, vendo se tudo está normal. Para o alívio de Gustavo, não tinha nada para se preocupar.

Na hora de ver as pupilas, ele pega a lanterna médica e abre o olho direito. De início Teresa vê tudo desfocado, mas quando começa a se acostumar, faz força fechando os olhos. A luz a incomodou.

__ Eu devo ter soltado a pálpebra.--- Fala gabriel para Gustavo cético.

Ele não acreditava muito na recuperação de Teresa. Todos os casos similares que pegará, todas não resistiram. Ele só não poderia falar isso a Gustavo, tinha que manter a esperança do mesmo e daria tudo de si para que Teresa fosse a primeira resistir.

Mal sabe ele que ela já estava resistindo.

Gabriel abre a mesma pupila de Teresa, se preparando para ligar a luz e vê se estava normal. Mas para a sua surpresa, a pupila de Teresa encara tudo curiosa. O susto foi tão grande que ele acaba se afastando, se surpreendendo quando a pálpebra não se fecha, mas continua aberta.

Teresa não entende a cara do médico, mas nem fez questão. Ele focou em abrir a outra pálpebra e mesmo pesando toneladas, o fez!

A primeira coisa que viu foi o médico a sua frente, ele a encarava surpreso. Ao virar um pouco sua íris, conseguiu enxergar ele, o sei grande amor.

Gustavo segurava a sua mão firmemente, com os olhos banhados a lágrimas.

__Ela acordou.--- Fala emocionado, fazendo carinho nas mãos da esposa.

A volta de TeresaOnde histórias criam vida. Descubra agora