Familia

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Gustavo observava as duas mulheres da sua vida dormirem juntas, bem agarradinhas. Aonde podia, Dulce segurava na mãe. A pequena parecia querer ter certeza, não queria desgrudar por nada de sua mãe.

Uma cena tão simples para alguns, mas tão importante para Gustavo. Ele já tinha se esquecido de como era bom vê suas meninas juntas, como era bom observar o quanto que elas se amam. Preenchia um vazio em seu peito, vazio esse que nem ele mesmo sabia que existia.

Finalmente a sua vida estava voltando aos eixos, finalmente tudo estava no lugar. Sua mulher, como era bom falar isso, dormia tranquilamente no quarto deles, dormindo bem coladinha com a filha do casal.

Haviam passado a manhã inteira vendo filmes, aonde pai e filha disputavam pela atenção de Teresa. Quando foi a hora do almoço, Fran levou a comida ao quarto e eles almoçaram lá mesmo, com um delicioso clima dengoso e amoroso.

No final, Teresa que ainda está se recuperando, adormeceu cansada. Dulce, querendo imitar a mãe, se acomodou na mais velha e caiu no sono, permitindo que seu pai viesse descansar também.

Aquela foi a primeira vez que os três, como um família, dormiram juntos. Algo tão puro, tão simples, mas que trouxe ao homem um sentimento tão bom, tão intenso! Ele não saberia explicar o que sentiu, o quanto ficou feliz. Só saberia falar que o fez bem em tantos níveis aquilo tudo.

Gustavo sai de seus pensamentos ao sentir uma mão em seu rosto, fazendo um carinho pela sua face. Ao virar o seu rosto, na direção que vinha tal carinho, não deixou de sorrir ao ver que era Teresa quem fazia.

A loura ainda estava, de lado, abraçada a filha do casal. Mão sua mao livre ia até o amor de sua vida, fazendo nele um carinho simples e singelo. Algo que ela sempre amou fazer, lhe demonstrar amor em forma de carinho, de cuidado.

__ Quantos beijos você quer em troca de seus pensamentos?--- Lhe oferece Teresa, tirando um sorriso de seus lábios.

__ Invés de beijos, poderia pedir a garantia que passarei a minha vida toda ao seu lado?--- Indaga se aproximando dela.

Gustavo a abraça, do jeito que consegue, beijando a sua cabeça.

__ Isso já é fato, mi vida. --- solta um sorriso que o encanta.--- Dessa vez, mais nada nessa vida conseguirá nos separar.

__ promete?--- Passa a mão pelo rosto da loira, olhando profundamente em seus olhos.

Ele precisava daquilo, precisava ouvir de seus lábios. Ele viveu, por cinco anos, em uma realidade onde ela não existia. Foram os piores dias, disparados, de sua vida. Só de se imaginar em uma situação como essa novamente, lhe fazia mal.

Teresa é seu ar, sua vida. Não importa o tempo que passe, não suportaria perde-lá novamente. Seu coração nao iria aguentar viver, novamente, sem a dona de suas batidas.

__ Prometo.--- Concorda com um manear de cabeça.--- Morreremos juntos, bem velhinhos. Mas antes disso termos a nossa casa cheia de filhos, cheia de netos. Seremos extremamente felizes. A felicidade será tão grande que esqueceremos, por completo, desses dias que passamos.

__ Assim espero.--- Confidência.--- Quero me esquecer de como foi viver sem você, seu o seu amor ou presença tão marcante.

Ela apenas sorrir para ele, segurando em sua nuca. Um pouco sem jeito, Teresa puxa Gustavo pela nuca, o levando de encontro aos seus lábios. Sutilmente os lábios do casal se tocam, iniciando, assim, um beijo lento e delicado. Um beijo que era deles.

Mesmo com a filha ali no meio, que havia aberto os seus olhos apenas para apreciar aquele momento, eles se beijavam de forma apaixonada e intensa. O amor que sentiam um pelo outro predominava no quarto, deixando aquele ambiente que por tantas vezes fora frio, quente.

A volta de TeresaOnde histórias criam vida. Descubra agora