📜 13 - A Carta

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Quando os rapazes voltaram, encontraram o toque feminino em toda a casa. Haviam se passado apenas dez dias mas parecia um mês. Tudo estava mais bonito. Os tatames pareciam mais claros e as zabuton ganharam novas cores.

Até Hiruzen parecia mais limpo! - pensou Orochimaru - Tsunade fez mesmo diferença nessa familia.

Chegaram no finalzinho da tarde, conversaram durante o jantar sobre a viagem e depois, foram para o quarto, pegar roupas para tomarem um bom banho. Lá tiveram outra surpresa: Agora era um quarto de casal, com um futon grande, mantas e lençóis mais bonitos e os móveis - novos - estavam organizados com extremo bom gosto. Também havia um Kotatsu¹ com uma manta muito colorida e quentinha.

- Não sabemos como agradecer - falou Kabuto, abraçando Tsunade, que os seguira para ver suas reações. Hiruzen, estava uns passos atrás e riu, quando o garoto de cabelos platinados o abraçou também e disse:

- Eu não fiz nada!! Foi ela!

- Mas quem trouxe ela foi você! - falou Orochimaru, puxando a Tsunade e abraçando os três.

Tomaram banho e foram dar boa noite pr'os pais.

- Não façam muito barulho, hein? - falou Hiruzen ao ouvido do moreno, que ficou vermeho como um tomate

Os dois fecharam a porta e se preparam pra dormir. Estavam tão cansados que sequer cogitaram fazer nada além de se abraçar. Pegaram no sono logo em seguida.

~~~ 💤 ~~~

Escondidos pela escuridão da noite, os irmãos Uchihas conversavam.

- Niisan, essa é a casa deles. Pude ver que tem uma barreira mágica que anuncia a entrada de estranhos - falou sério - Ainda não sei o que sofu²¹ Madara quer com ele. Mas quem sou eu pra discutir? Vou pra casa fazer o relatório e descansar. Até depois.

- Tudo bem, otouto. Vou ficar de guarda. Acho que eles vão dormir. Mandarei meu shikigami³ vigiar e vou dormir também. Ele me acordará se alguma coisa mudar - falou Itachi se despedindo do irmão e invocando seu corvo. Era igual a um pássaro comum que ficaria numa árvore perto, sem levantar suspeitas, escondido nas sombras noturnas.

Itachi também não compreendia o porquê daquela vigilância. Entretanto, não questionava ordens. Porém tinha sua própria visão de mundo. E estava preparado para fazer justiça ao seu modo, se julgasse necessário.

~~~ 🦦~~~

Em sua casa, Obito chegara de péssimo humor. Kakashi sentiu quando ele disse: "Tadaima" um tanto rabugento, beijando-o de leve e indo direto para o banho. Conhecia o marido suficiente para não perguntar. Começou fazer o jantar, cozinhar o prato preferido do amado: Kaire raisu. Talvez melhorasse o humor do moreno.

Aproximadamente uma hora depois o jantar estava pronto. Obito entrou na cozinha usando uma yukata cinza, com o símbolo do clã. Um meio sorriso se formou no seu rosto ao sentir o cheiro de sua iguaria preferida: Kare raisu.

- Você fez Arroz com curry? - deu um selinho demorado, acariciando de leve os cabelos platinados - Deve estar delicioso...

- Só tem um jeito de descobrir... - respondeu tirando o avental - Vamos comer.

O jantar transcorreu leve. Kakashi falou do seu dia e dos alunos mais adiantados. Obito fazia comentários pertinentes. O platinado abrira uma garrafa do sake predileto do marido, porque quando bebia um pouco, o moreno ficava mais relaxado.

Quando acabaram, Obito ajudou a organizar a cozinha, secando e guardando a louça, e, vez ou outra dava beijinhos no platinado ou abraçava-o por trás, acariciando o pescoço alvo. Kakashi conhecia bem seu marido e sabia que aquilo era "mais" que carinho. "Oba!", pensou ele, sentindo seu corpo esquentar.

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