Da dor ao amor (Livro 1)

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A L A N A 🧝🏾‍♀️
Rocinha, 2015.

Já estava no meu décimo sono quando acordei assustada com a janela do meu quarto sendo aberta mas, como sempre era o Luiz que não sabe entrar pela porta da frente.

Ele acendeu a luz e eu gesticulei com a mão mostrando o dedo para ele que deu risada principalmente quando viu que meu irmão Miguel estava dormindo comigo na cama.

Luiz: Esse pivete tomando meu lugar de novo. — resmungou tirando a mochila e colocando no canto do meu quarto. — Vou tomar um banho.

Alana: Vou tentar ficar acordada! — falo e bocejo, ele assente abrindo a porta do meu quarto e saindo.

Miguel: Ele já foi? — disse abrindo um dos olhos.

Alana: Não acredito que você tá acordado. — dei um tapa de leve na cabeça dele vendo ele dar risada e esconder a cabeça com a coberta. — Vai pro quarto com o Henrique então Zé.

Miguel: Vou nada o Henrique sabia que o Luiz ia vir pra cá e me mandou ficar aqui te vigiando. — disse ainda debaixo das cobertas, revirei meus olhos rindo.

Peguei meu celular e fiquei mexendo nele até o Luiz sair do banho e vir deitar, tivemos que se virar nós três na cama, Miguel não queria ir pro quarto dele de jeito nenhum!

O ciúmes que ele e o Henrique sentem do Luiz é absurdo.

Luiz: Vai moleque se tu for eu deixo tu jogar no meu videogame por uma semana. – subornou.

Miguel: Você acha que eu me vendo fácil? Tá muito enganado. — se sentou na cama cruzando os braços.

Luiz foi até a bolsa dele tirando uma nota de 20$ os olhos do Miguel chegam brilharam.

Miguel: Agora você falou a minha língua! — desceu da minha cama pegando a nota da mão do Luiz. — Boa noite! — lançou um sorriso sacana e saiu do quarto fechando a porta.

Da pra acreditar que esse menino tem 8 anos?

Alana: Você não presta. — neguei com a cabeça sorrindo, ele apagou a luz e se deitou na cama me aconcheguei em seu abraço me sentindo segura. — Te amo, boa noite.

Luiz: Eu te amo. — sussurrou no meu ouvido. Em poucos segundos com os olhos fechados acabei dormindo da melhor forma possível.

[.....]

Empurrei o carrinho no corredor colocando tudo que minha mãe escreveu na lista, sempre sou acostumada a fazer as compras de casa mas sem uma lista com tudo eu não faço, sou muita esquecida.

Miguel: Podemos levar? — me olhou com cara de cachorro sem dono enquanto segurava 3 cartelas de Danone na mão, sendo que no carinho já tinha o suficiente.

Alana: Não inventa se não te belisco na frente de todo mundo. — ele abaixa a cabeça cabisbaixo e coloca as cartela de volto no lugar. — Não adianta ficar com essa cara de bunda. — falo vendo ele cruzar os braços e fazer bico.

Por isso que eu não gosto de trazer ele para fazer compra, ele cresce os olhos nas coisas.. parece que passa fome.

Terminei as compras e levei ao caixa, paguei tudo e paguei a taxa para entregar lá em casa, levei nos braços oque pude. Cheguei em casa e o Miguel ainda estava emburrado, coloquei ele no banho e fui guardar as coisas, não deu 10m a entrega das compras chegou e já aproveitei para arrumar tudo.

Miguel: Posso ir com esse tênis para a escola ou você também não vai deixar?! — disse chegando na cozinha com um par de tênis azul da adidas.

Alana: Você já tem oito anos deveria parar de agir igual um bebezinho. — revirei meus olhos. – Eu já trouxe Danone o suficiente para o mês todo.

Miguel: Mas aquele tinha bolinha de chocolate. — resmungou.

Henrique: Qual foi? Oque tá acontecendo aqui? — falou chegando na cozinha e abrindo as panelas.

Alana: O Miguel está com drama porque não comprei aquele Danone do chamito, aquele bagulho é caro eu comprei uma pá de cartela do normal da pro mês todo.

Henrique: Alana tá certa Miguel, depois você pede pra mãe comprar sabe que ela sempre faz suas vontades. – piscou para ele que deu risada saindo cozinha.

Alana: Bem legal sua atitude. — bati na cabeça dele. — Miguel tem que entender que não é não!

Henrique: Ele é só uma criança e você não tem moral para por ordem, só vive se pegando com aquele seu namorado. — falou todo grosso e passou por mim empurrando meu braço.

Ri sarcástica não acreditando no que eu acabei de ouvir, sério isso mesmo?

Ter irmãos pré adolescente está sendo um saco para mim!!

Fiz o almoço para eles e levei Miguel na escola de lá fui para a casa da Luana, mandei mensagem para minha mãe que está no trabalho avisando que eu não ia pisar o pé dentro de casa antes dela chegar, esses meninos sabem como tirar minha paciência.

Luana: Amiga isso é fase.. você sempre foi única na vida deles aí do nada chega um cara que toma toda a atenção deles. Jaja isso passa.. o Henrique já está quase um adolescente vai arrumar umas paqueras.

Alana: Tomara viu.. tô perdendo a linha já. — resmunguei.

Luana: Só não deixa isso atrapalhar o relacionamento de vocês. — falou segurando minha mão. — Você e o Luiz se amam! — afirmei com a cabeça.

Ficamos conversando o resto da tarde na calçada e depois entramos na casa dela para comer, sai de lá cinco e meia para buscar o Miguel na escola, ele veio me contando como tinha sido o dia dele mas não rendi assunto.

Cheguei em casa e tomei meu banho, coloquei o uniforme da escola e uma calça legging preta, fiz um coque apertado e baby hair no cabelo, vi um tutorial desse coque para cabelos cacheados esses dias no  YouTube então decidi fazer.

Fiz uma maquiagem bem básica no rosto e coloquei uma prata no pescoço e algumas no pulso.

Henrique: Posso falar com você? — meteu dois toque na porta e me encarou.

Alana: Não. — falei ríspida.

Henrique: Agi malzão com você hoje..

Alana: Só hoje? – o interrompo rindo. — Esta assim comigo desde que assumi o Luiz como meu namorado, ele faz de tudo para vocês gostar dele e oque você faz? Só descontar tudo em mim.

Henrique: É claro quando foi a última vez que você fez noite dos jogos com a gente? Quando foi a última vez que nos levou ao shopping? — não respondo. — Nem se lembra já faz cota agora é tudo Luiz!

Alana: Você tem que entender que o Luiz é meu namorado e não o inimigo de vocês, se vocês desse um voto de confiança nele tenho certeza que mudaria tudo. E outra tem como fazer esses programas legais com vocês dois me tratando super mal? — coloquei os braços na cintura vendo ele revirar os olhos e bufar.

Henrique: Eu vou tentar muda mas não garanto nada. — deu de ombros. Me aproximei dele e o abracei forte mesmo ele não retribuindo.

Alana: Eu te amo meu menino, ninguém nunca vai tomar o lugar de vocês no meu coração! — beijei o topo da cabeça dele, o mesmo retribuiu o abraço.

REVISADO.