Da dor ao amor (Livro 1)

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T H I A G O 🪙
Rocinha, 2015.

Tive que arrastar a Ayra para o baile, foi o único jeito dela não desconfiar do trampo, tenho entrega pra fazer e levando ela pro baile, consigo dar um perdido sem ela desconfiar.

Como as amigas dela estão sempre por perto vai ser fácil ela se distrair então tá suave.

Arrumei meu cabelo com gel e coloquei um suéter preto, frio da porra lá fora.

Ivana: Se você ver o seu pai por lá pede para ele vir para casa. — se sentou na cama.

Thiago: Se eu ver ele lá eu nem com ele falo, melhor você ficando aqui sem aquele pau no cu do que ele aqui tirando o seu juízo. — resmungo.

Ivana: Ele é o seu pai.. — murmurou.

Thiago: Já cansei de ouvir isso.. conta outra agora! — me estresso. — Você está com ele porque você quer mãe, filho não segura homem e não sustenta relacionamento nenhum e eu sou a prova disso.

Ivana: Ele nos ama, do jeito dele mas ama. — disse com a voz doce, não consegui nem falar mais nada guardei a raiva toda para mim e me aproximei beijando ela no topo da cabeça e colocando uma nota de 50$ em sua mão.

Thiago: Pra você comprar algo para comer, chega de ficar no pé do fogão.. vai em algum barzinho com suas amigas.. — ela me olhou sorrindo e segurando meu rosto.

Ivana: Você é precioso!

Me despedi dela pegando minha carteira e as chaves da moto dei partida e cheguei na casa da Ayra rápidão, buzinei e fiquei esperando ela sair.

Vi a Luana subindo o morro, provavelmente indo ao baile também e acenei com o olhar e um sorriso de canto para ela que retribuiu, desviei o olhar indo buzinar de novo quando vi Ayra se aproximar com os braços cruzados.

Thiago: Não quero mais ir para o baile não. — falo puxando ela e a mesma tapa minha boca com vergonha.

Ayra: Para de ser idiota menino! — disse segurando a risada, tirei a mão dela da minha boca e a beijei.. só paramos porque ela ficou com falta de ar.. enfim a sinusite da gata.

Ia mais pro baile quando comecei a ficar sério com a Ayra e era sempre pra ficar de olho nela, hoje em dia não sou muito fã mas o dever chama.

Dei o capacete para ela e subi na moto acelerando, o baile é em uma quadra perto então não demoramos muito para chegar.

Ayra: Nossa amor você deixou a moto mó longe, espero que você me carregue no colo quando meus dedos começar a doer e eu tiver que descer do salto. — dou risada e entrelaço nossas mãos subindo, em um dos becos que passamos vi o Pombo de relance e balancei a cabeça acenando.

Thiago: As vezes esqueço que tu é sedentária, morena. — ela ri.

Chegamos na quadra e eu quase fiquei surdo, eu tenho dó de quem mora perto dessa quadra!!

Ayra já entrou toda animada e já começou a rebolar minha frente a maldita, peguei ela pela nuca fazendo com que ela me encarasse e a mesma me olhou com cara de safada.

Thiago: Vou falar nada para você! — sussurrei no ouvido dela e ela mordeu o lóbulo da minha orelha. — se tu quer outra coisa nós sai daqui..

Ayra: tá muito emocionado amor.. temos a noite toda pra curtir! — me puxou pelo braço nos enfiando no meio da multidão.

Luiz: Graças a Deus minha namorada veio! — gritou assim que me viu soltando a mão da Alana e vindo minha abraçar, ambas me olharam com cara de bunda e eu gargalhei alto.