Da dor ao amor (Livro 1)

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T H I A G O 🪙
Rocinha, 2020.

Segurei o murro da Ayra com a mão, se eu não tivesse chegado esse murro teria desconfigurado a Luana, foi forte porra.

Eu estava curtindo meu baile na paz de Deus quando o Pombo chegou falando que a Luana e a Ayra estavam se estranhando, até então nem liguei mas quando vi a Luana rodeando a Ayra sabia que ia dar merda.

Thiago: Tá com algum problema? — pergunto vendo ela me olhar com o semblante de raiva. — Se tiver tu resolve comigo!

Ayra: Quando o diabo não vem ele manda o secretário né! — debochou, segurei forte o maxilar dela fazendo a mesma gemer de dor.

Thiago: Você acha que tá falando com quem? — encarei ela nos olhos vendo os mesmo lacrimejando, ela começou a distribuir vários tapas em mim.

Luiz: Solta ela Thiago. — falou se aproximando.

Não dei nem a mínima, essa mina quer chegar me desrespeitando assim? Só se for na casa do caralho!

Thiago: Não se mete Luiz.. vai sobrar pá tua — falei ainda olhando Ayra. — Tu vai aprender oque acontece com quem peita bandido.

Segurei ela pelo braço e sai puxando a mesma, geral foi abrindo caminho e eu só conseguia escutar os gritos da Alana e do Luiz atrás de mim.

Fui até meu carro abri ele e joguei ela dentro.

Me virei para poder entrar e dei de cara com o Luiz.

Thiago: A amizade que eu tenho contigo é foda pá caralho mas ela quis se crescer pra cima de mim. — falei antes que ele disse-se algum sermão.

Luiz: Se tu fizer merda eu nunca mais olho na tua cara.. é com a Ayra que você está lidando e eu não vou mais passar pano pra tu.

Thiago: Então já vai se acostumando que essa é a última vez que você vai me ver. — disparei e entrei no carro dando partida, vi pelo retrovisor ele indo até o carro dele e fiz logo questão de dar um perdido.

O Luiz é meu irmão porra, meu irmão mermo mas nos meus assuntos particular ele não vai se meter.

Notei pelo retrovisor que ela estava toda encolhida no banco de trás.. pensei que ela acharia alguma forma de me bater mas não, ficou quieta.

Ia levar ela pro meio do mato e cortar o cabelo dela mas no meio do caminho decidi levar ela na minha casa, uma das casas que menos utilizo aqui na comunidade ela é bem bonita e grande mas quase não fico nela.

Estacionei o carro na garagem e abri a porta puxando ela.

Thiago: Vem! — estiquei a mão para puxar seu braço e recebi um tapa.

Ayra: Eu não quero que você me toque! — saiu do carro com os olhos inchados.

Dei de ombros e bati forte a porta do carro assustando ela.

Thiago: Se tu tentar corre eu juro que atiro, e eu não costumo errar não! — mexi no bolso pegando as chaves e abrindo a porta, dei passagem para ela entrar. — Facilita caralho! — gritei sem paciência, ela se assustou e moveu as pernas passando por mim e entrando.

Meu celular começou a vibrar com diversas mensagem da Laura e da Gabi enchendo a porra do meu saco porquê sai do baile com a Ayra, mas ignorei as duas e desliguei meu celular.

Thiago: Vai me perguntar porque eu te trouxe aqui não?! — falo e ela fica quieta e se senta no sofá. — A vontade que eu tenho é de te levar pro meio do mato e cortar todo esse teu cabelo e se eu estiver de bom humor não te matar também. — passei a mão no rosto.