5(Clary)

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Pela tarde, vencendo toda a vontade de evitar Jace, decidi sair do meu quarto, faminta por até um pão gelado, naquele momento. Meu canto dos lábios ainda latejava um pouco, mas olhando-me no reflexo do espelho, percebi que o sangue ou qualquer inflamação, havia sumido. Ainda estavam inchados e doloridos, mas qualquer aparência da ferida, havia desaparecido, quase como um milagre. Um milagre chamado Isabelle Wayland.

Quando trilhei o caminho para a cozinha, já na porta, avistei Sebastian e Isabelle. Ele estava sobre ela, em cima da bancada, seus lábios juntos em um beijo sensual, que eu bem sabia onde iria dar. Percebi em choque, que a mesa de vidro tampava a visão para os vestes deles, mas Sebastian tinha dos jeans retirados até o joelho, e Isabelle, sendo pressionada por ele, contra a bancada, estava sem o top do vestido que trajava mais cedo. Tanto os longos cabelos negros de Isabelle, quanto o cabelo de franjinha de Sebastian, estavam uma bagunça. De onde estava não dava de ver muito detalhadamente, mas podia notar a onda de suor que exalava deles, grudando seus cabelos na testa.

Assim que vi aquilo, meus olhos se arregalaram de choque, e rapidamente escondi-me atrás da porta da cozinha, esperando que não tivessem me visto. Minhas preces foram ouvidas, quando escutei o som dos lábios deles, se chocando um contra o outro. Senti repulsa com aquilo, mas de repente me lembrei de outra coisa. Logo no início de minha moradia ali, quando estava ainda perdida na imensidão deste lugar, entrei sem pretensão no quarto de Jace. E o que vi me deixou de boca aberta. Jace transava com uma mulher aproximadamente de minha idade, a Kaelie que Isabelle detestava. Seus movimentos contra aquela mulher, eram fortes e rápidos, enquanto a mesma tratava de gritar seu nome. Presenciar aquilo me fez sentir como se minhas pernas travassem, puxando-me para ter mais visão daquela cena. Me fez sentir culpa por querer vê-los assim. Não vê-los exatamente, mas ver ele... ver Jace. Ver aquela cena com Sebastian e Isabelle, era lembrar de Jace. Droga, em que momento eu passei a ser uma empata de prazeres, pervertida?

- Que barulho foi esse? - Izzy sussurrou para Sebastian, ao passe que o rapaz se afastou dela na bancada, para o lado de fora, depois que esbarrei em um dos vasos. Alarmados, Isabelle e Sebastian responderam minha pergunta se aquilo que tinham era um segredo. Quando o barulho ecoou, corri para me esconder atrás do vaso grande perto do outro lado da porta que dava à cozinha.

Vi quando Sebastian checou nas duas portas, mas estava bem escondida exatamente para ele não me achar.

- Está tudo bem, não tem ninguém. E de qualquer maneira, não iríamos até o final com isso, só estava saboreando seus lábios uma última vez. - Sebastian falou para Izzy, seu tom um deboche pacífico, igual quando conversou comigo.

- O quê? Não entendo o que quer dizer com a última vez!? - Izzy parecia confusa, e ouvi o som de seu zíper fechando. Sebastian ou ela mesmo, deveria estar fechando o zíper do vestido preto que usava. Foi a vez de uma expressão de repulsa tomar conta de mim ao imaginar Isabelle trocando de carícias íntimas com Sebastian. Era repugnante apenas pensar naquilo.

- Isso não irá mais acontecer, Isabelle. Não se esqueça que eu apenas dormia com você, por distração enquanto Jace não quitava a dívida comigo. - podia quase sentir a dor que as palavras cruéis, causaram a Izzy.

- O quê!? Mas... Mas você disse que estava curtindo. Pensei que realmente estivesse, Sebastian. - ela sussurrou, sua voz um fio de tristeza.

- E eu estava. - escutei o tique de botões se tocando, e senti mais nojo imaginando Sebastian abotoando os botões de sua calça. Com certeza para Izzy, é prazeroso tê-lo daquela forma. Mas para mim, era nojento. - Mas era só isso. Curtição. Meu único objetivo, sempre foi ter o meu dinheiro, não me apaixonar como um idiota.

Suas palavras me irritou, pois sabia que tinha magoado Izzy.

- Então esse tempo todo foi só isso? Transas divertidas para você? - Isabelle se irritou também.

O Sequestro | - O Épico Amor De Wayland Onde histórias criam vida. Descubra agora