Eu não sei onde estou
Eu estou parado na parte de trás
E eu estou cansado de esperar
Eu estou esperando aqui na fila
Eu estou esperando encontrar
O que venho perseguindoEu atiro para o céu
Eu estou preso no chão
Então por que eu tento?
Eu sei que vou cair
Eu pensei que podia voar
Então, por que me afoguei?
Eu nunca saberei por que
Está caindo, caindo, caindoEu não estou pronto para deixar ir
Porque então eu nunca saberia
O que eu poderia estar perdendo
Mas eu estou sentindo falta de muita coisa
Então, quando é que eu desisto
Do que venho desejando?Eu atiro para o céu
Eu estou preso no chão
Então por que eu tento?
Eu sei que vou cair
Eu pensei que podia voar
Então, por que me afoguei?
Eu nunca saberei por que
Está caindo, caindo, caindoOh, eu estou caindo, caindo, caindo
Não consigo encontrar outra maneira
E eu não quero ouvir o som
De perder o que nunca encontreiEu atiro para o céu
Eu estou preso no chão
Então por que eu tento?
Eu sei que vou cair
Eu pensei que podia voar
Então, por que me afoguei?
Eu nunca saberei por que
Está caindo, caindo, caindoEu atiro para o céu
Eu estou preso no chão
Então por que eu tento?
Eu sei que vou cair
Eu pensei que podia voar
Então, por que me afoguei?
Está caindo, caindo, caindo************
- Por que fez isso? Por que injetou em Clary? - assim que a mulher ruiva tornara em desabar aos poucos, em meus braços, um Alec furioso tornou a se levantar do sofá e se aproximar de mim, com braveza por minhas ações. Olhei uma última vez para o lindo rosto de Clarissa, desmaiada, antes de pegá-la em meus braços, completamente.- Alec, agora não. - disse furioso com o meu irmão, enquanto o virava as costas, em direção a escadaria. Precisava levá-la para seu quarto. - A levarei para o quarto e depois conversaremos. - Clarissa agarrou as mãos em minha nuca e sem que meu irmão pudesse ver, sorri com o toque me aquecendo atrás do pescoço. Tive que morder fortemente os lábios para retornar de meu devaneio. Não poderia sonhar em deixar que aquela mulher como tantas outras tivesse mais controle ainda de mim.
Precisava mais do que tudo infiltrar na minha mente a ideia de que Clarissa era apenas mais uma mulher dentre tantas outras. Porque na verdade ela era. Eu só precisava me convencer desse fato.
Suspirando com ela ainda em meus braços, subi os primeiros degraus.
***
Quando a deixei em sua cama, Clarissa rapidamente jogou as mãos nas almofadas, preguiçosamente. Estava relaxada, de bruços na cama. Poderia ficar ali durante horas até que acordasse, apenas a admirando. Admirando seus lindos cachichos vermelhos. Sua pele levemente pálida, e sua boca rosada.
Mesmo levando os anos, não adiantava eu tentar negar o que o órgão que pensei nunca mais ser capaz de sentir, gritava; meu coração gritava por ela. Por essa maldita Clarissa Fairchild.
Sabendo que não conseguiria sair de seu quarto sem antes olhá-la por um tempo maior do que podia permitir, me sentei na poltrona da escrivaninha, puxando-a para se arrastar ao lado da cama de Clarissa.
- O que está fazendo comigo, ruiva? - seu sono profundo, me fez quase desejar dormir ao seu lado. E eu nunca, apenas dormi ao lado de uma mulher. Não como o tremendo pervertido que era. Mas Clarissa é diferente. É difícil, tanto quanto eu sou. É a única que pode gritar mais alto que eu, comigo, e não apanhar. Cometi o erro de encostar minhas mãos em seu belo rosto uma vez. E tenho uma raiva insana de mim próprio, o tempo inteiro em que lembro daquela maldita vez.
Ela remexeu a cabeça na almofada da cabeceira, e seus cabelos se moveram junto de seu corpo, para seu rosto. O impulso de retirar sua cabeleira de seu rosto, fora mais forte que eu. E me vi mimando seus cachos ruivos, impulsivamente.
- Eu não posso me permitir ter algum sentimento por você. Não novamente. - meu coração acelerou quando lembrei dela no passado. Nos tempos colegiais. Em como era a única garota cujo não me achava um tremendo perigo por conta dos boatos que rondavam. Mesmo que fazendo parte do grupo de patricinhas que me olhavam como se fosse de uma espécie sobrenatural, era isso o que devesse se esperar dela.
- Um dia, me virando para o céu, eu o encarei... - dizia, enquanto meus dedos acariciava com afeto, seus cachos ruivos. - No azul do céu, eu enxerguei o universo.
- No universo, enxerguei como uma luz clara em meio a escuridão, a esperança. - toquei meus dedos em seus lábios, acariciando ali. - A velha e clara esperança de um dia ter um alguém. Um alguém que pudesse me tragar a felicidade repleta de luz e um amor amplificado, como ninguém nunca foi capaz de sentir por mim.
Minhas últimas palavras, era como a declaração do que a muito tempo eu já sentia por aquela mulher.
- Um amor tão lindo e repleto de paixão, que era quase como se a minha vida dependesse desse sentimento amoroso. Sem conhecê-la, eu desejei com a força de um coração abominável, mas a determinação de minha alma ferida, um alguém tão especial e inundada de um amor puro, quanto você, Clarissa Fairchild. Eu desejei você.
Lembrei das palavras que me dissera ontem a noite... Ela? Mas ela quem?
- Você. Sempre foi você, Clarissa. - sua respiração estava profunda, batendo em meus dedos, abaixo de seu nariz, acariciando seus lábios. - Me perdoe por ser mentiroso. Por ser covarde. E não ter coragem de dizer que...
Respirei fundo, fechando os olhos incontáveis vezes para dizer aquilo em voz alta.
- Dizer que Ana Clara, na verdade é Ana Clarissa. E dizer que a Cachinhos vermelhos é você, e não ela. - por fim, aproximei meu rosto do seu, adormecido. A vontade de espremer aqueles lábios nos meus, era imensa. Mas não podia. Prometi a ela que só a beijaria com sua permissão sobre o assunto. E também só faria de qualquer outra ação, com sua permissão.
- Não a culpo por nunca ter retribuído meus sentimentos no colegial. Não ter me permitido ser mais do que um colega, foi a melhor decisão, Clarissa. - afastei meu rosto do seu, sussurrando baixinho em seu ouvido. - Porque amar é destruir, e ser amado por mim, é ser destruído.
- E não ser amado por você, é ser destruído. Afinal, de quantas maneiras um coração pode ser destroçado e continuar batendo? Porque o meu você destroçou, e malditamente, ele continua batendo por você.
Clarissa se remexeu mais algumas vezes na cama, fugindo de meu toque em sua face. Com isso, a possibilidade de tê-la acordada e ouvindo tudo o que dizia, me apavorou. Voltei a poltrona da escrivaninha no lugar em que peguei, e caminhei até a porta para deixar o seu quarto.
Precisava de me livrar de Valentim o quanto antes e devolver a ela, sua família e a felicidade de volta. Não podia suportar aquela situação por muito mais tempo.
- Boa noite, Cachinhos. - desejei para a mulher ruiva adormecida, deixando seu quarto.
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O Sequestro | - O Épico Amor De Wayland
RomansaJace era apenas um garotinho inocente do mundo lá fora quando teve de encarar cedo demasiado o caos de sua vida. Foi difícil em um colégio como o mais rico de Califórnia, passar despercebido, quando sua tentativa de hackear o sistema, fora descobert...