𝑫𝒂𝒅𝒅𝒚 | 𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚 +18

ℂ𝕒𝕡í𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟠

Seus olhos estavam inchados, e tudo ao seu redor parecia vacilar ainda mais.

É como se sua mente estivesse girando em um eixo, e quando ela acordou, ela girou ainda mais. Seu coração parecia estar sendo puxado para fora do peito, dificultando a respiração.

O dia do casamento de sua mãe.

Eram cerca de 8 da manhã quando ela finalmente teve que se levantar e parar de chorar. Carmella estava acordada, brincando em seu berço com qualquer coisa que pudesse encontrar. Brax e Miokho estavam dormindo em sua cama com ela, até que ela se levantou, assim como eles.

Ela teve que se arrastar para fora da cama e vestir o roupão da casa, indo primeiro ao banheiro enquanto pegava Carmella do berço. Pansy estava no banheiro do andar de cima fazendo o cabelo, e Cordelia fechou a porta, fazendo xixi porque ela sabia que Pansy não se importava.

Ela e Pansy ficaram um pouco mais próximos, apesar de Cordélia ficar muda nas últimas duas semanas desde que Scorpius disse a ela que Draco era o pai. Ele quebrou a confiança dela.

— Você vai embora hoje — Pansy largou o modelador de cachos. — Não vai?

Cordélia assentiu, e Pansy suspirou.

— Eu arrumei uma mala com as coisas que você vai precisar — ela disse a ela. — Tem dinheiro, seu passaporte e outras coisas para o seu bebê quando eles chegarem. Eu cuido de você, ok?

Cordélia agradeceu silenciosamente, apesar das lágrimas se acumularem em seus olhos. Carmella brincou com uma mecha de cachos, e uma vez que Cordélia terminou, ela foi para o chuveiro para se enxaguar com Carmella.

Quando ela terminou, ela enrolou uma toalha em torno de ambos, e voltou para seu quarto. Ela parou ao ver Draco, a mão dele vacilando ao bater na porta do quarto dela assim que seus olhos pousaram nela.

Ele viu como seus olhos estavam, viu como ela parecia cansada. — Cordélia..

Ela lhe deu um sorriso fraco, sem dizer nada.

Ela passou por ele e fechou a porta em seu rosto.

Draco estava tendo dúvidas sobre este casamento. Ele só não queria arruinar a vida de Cordelia. Ele é um homem de 36 anos, e ela tem apenas dezenove.

Cordélia viu seus passos finalmente seguirem uma direção diferente depois que ele ficou ali por alguns minutos.

Cordélia tinha se vestido com seu vestido, mas tinha roupas de reserva em sua bolsa para o caso.

Apenas no caso de ele não se casar com ela.

E ela sabia no fundo de seu coração, que ele iria.

Quando ela saiu de seu quarto, ela se preparou para um desastre.

—

O som dos sinos de casamento foi o que a trouxe para a realidade, seu corpo cansado.

Ela sentou no fundo, com Pansy, enquanto Scorpius começou a andar pelo corredor e jogar flores em todos os lugares. Draco ficou ali de pé, com os olhos focados em Cordélia, e ela o odiou por isso.

O odiava tanto.

Como ele pode fazer isso com ela? Como ele pode ficar lá em cima e agir como se não tivesse tocado o corpo dela – como se ele não fosse o único que já tocou o corpo dela.

A sensação em seu peito era tão pesada que ela não conseguia respirar. Ver Scorpius se sentar, e ver sua mãe abrir as portas e começar a sair, foi como se tijolos estivessem sendo jogados em seu peito. Isso machuca.

E ela não aguentava mais.

Assim que os dois estavam lá em cima, Cordélia voltou para dentro de sua própria casa e juntou suas coisas enquanto soluçava. Carmella estava tentando abraçá-la, mas Cordélia teve que sair daqui.

Ela carregou o carro com suas coisas, ela colocou Brax e depois Miokho em seus canis, e os carregou no carro também. Seus pés estavam lentos, e quando ela finalmente entrou no carro, ela segurou Carmella em seu colo. Pansy tinha arranjado um motorista para ela porque sabia que não gostava de dirigir.

O motorista partiu para o aeroporto.

—

Draco percebeu que ela saiu.

E de repente, seu peito estava batendo, e ele não conseguia se concentrar em mais nada. Scorpius estava sentado no banco da frente, olhando para onde seu pai estava olhando, e até mesmo seu estômago caiu ao ver Cordélia não estar mais lá.

— Onde ela está? — a voz de Draco ecoou pela cabeça de seu filho, e Scorpius estava quase chorando enquanto o pastor continuava falando. Ela saiu sem um adeus. — Por favor.

— Ela se foi, pai.

Draco franziu as sobrancelhas. — Foi para onde?

— Ela foi para a Itália carregando seu filho.

—

Cordélia arrancou sua mala e depois pediu que o motorista ajudasse com seus canis. Carmella estava dormindo em seu ombro e tinha os dois passaportes nas mãos.

Era isso.

Ela estava deixando Draco para sempre.

—

Draco não conseguia respirar.

Suas mãos estavam suadas enquanto ele corria da cerimônia de casamento, e quando ele chamou o nome dela na casa, ele sabia que ela já tinha saído.

Seus pés começaram a correr, os olhos embaçados de lágrimas. Ele desejou ter notado isso mais rápido, desejou que eles tivessem mais tempo juntos, desejou a Merlin que ela tivesse dito a ele que estava grávida de seu filho.

O aeroporto era tão perto, era ali mesmo.

—

Ela se drogou para o avião.

Seus pés eram lentos, e ela tentou esperar que ele tentasse encontrá-la. Que ele tentaria impedi-la de embarcar neste avião neste exato momento. Mas ele não estava aqui. Ele não estava aqui para impedi-la de fazer isso, e agora ela estava chorando de novo, segurando seu estômago enquanto segurava a mão de Carmella.

Ela parou um pouco, olhando para o avião, e ficou parada. Ela realmente quer fazer isso? Deixar tudo para trás?

—

Seus pés quase escorregaram no chão enquanto ele passava pelos seguranças, pelas pessoas e suas bagagens.

Ele estava chorando, tentando ao máximo chegar até ela o mais rápido possível, seu peito subindo e descendo. Tudo o que ele queria era ela.

Ela realmente iria embarcar naquele avião? Seu coração apertou só de pensar nisso.

—

Seus pés quase escorregaram no chão enquanto ele passava pelos seguranças, pelas pessoas e suas bagagens.

Ele estava chorando, tentando ao máximo chegar até ela o mais rápido possível, seu peito subindo e descendo. Tudo o que ele queria era ela.

Ela realmente iria embarcar naquele avião? Seu coração apertou só de pensar nisso.

—

Com lágrimas ainda embaçando sua visão, ela embarcou no avião com Carmella.

Ela começou a soluçar silenciosamente, a cabeça enterrada nas mangas.

—

Ele correu todo o caminho até que o avião foi levantado do chão, gritando o nome dela até sua voz ficar rouca.

Ele gritou e correu até não poder mais, e os seguranças o alcançaram.

Ele percebeu que queria estar com ela tarde demais.