Nicxoleeee postou ontem em seu quadro de mensagens: A única explicação que estou dando agora: ambos foram obliviados (esquecidos) e alguém (sem dizer quem) mexeu com o tempo ao redor deles para foder com seus cérebros, e é por isso que Cordélia disse que sua mãe era sua 'melhor amiga'.
Ele o tinha agarrado pela garganta, o corpo de Paxton amarrado a uma cadeira.
Draco Malfoy era um homem ocupado, mas não muito ocupado para notar que alguém o seguia aonde quer que fosse. Fazia uma semana desde que ele matou Faith Annalise, e ele não sentiu nenhuma culpa. Ela matou o filho dele. E a dor que veio com isso, estava tomando um pedágio sobre ele que nada tinha antes.
Agora, sua mão apertou com mais força, Paxton se esforçando em seu aperto. Ele sabia que era uma má ideia, sabia que não seria capaz de matar Draco, mas queria tentar por Cordélia.
Draco segurou sua garganta com força. — Quem te enviou.
Paxton tossiu, os olhos lacrimejando com o quanto não conseguia respirar. Quando Draco lhe deu a chance de falar, ele tossiu e respirou fundo. — E-eu não posso te dizer.
Draco expirou, calmamente. — Está bem.
Paxton franziu as sobrancelhas e viu Draco pegar algo que ele não conseguia dar uma boa olhada. Seu peito doía, temendo por sua vida. Esta foi uma má idéia. A água continuava pingando em seu rosto, ele não tinha ideia de onde estava.
Agora, a faca era evidente em suas mãos quando ele se virou, e a respiração de Paxton ficou presa em sua garganta. Seu coração estava no estômago, e ele começou a pensar que todo o seu plano estava falhando.
— Então — a voz de Draco ecoou pela sala vazia e escura. — Fazemos isso da maneira mais fácil ou da maneira mais difícil.
— Por favor — Paxton quase começou a implorar. —, vou deixá-lo em paz. Você nunca mais vai me ver, eu prometo-
A faca estava em sua garganta, a mão de Draco coçando para enfiá-la em sua carne. — Diga-me quem te enviou, ou eu vou te matar.
— É - é uma garota — Paxton ofegou, respirando pesadamente. — Você não pode machucá-la. Ela-ela acabou de ter um bebê-
Draco chacoalhou a faca, forçando sua mandíbula a subir com ela, seus olhos penetrando em Paxton. — Quem. Enviou. Você.
Paxton balançou a cabeça, suor e água agora escorrendo pelo rosto. Ele estava em pânico, em pânico por Cordélia e sua própria vida. E na primeira sensação da faca sendo cravada em sua garganta, ele começou a chorar, deixando escapar o nome dela em um soluço frenético.
Draco parou ao ouvir o nome dela, sentindo algo borbulhar em seu peito. Por que esse nome faz seu coração gaguejar? Por que parece que é a resposta para o cérebro dele doer? Seu peito doendo?
A faca caiu e Draco deixou Paxton no quarto sozinho, saindo do armazém. Por que ele estava tendo dificuldade em acreditar que foi ela quem enviou Paxton para matá-lo?
Ele pensou um pouco e tentou deixá-lo em paz, mas isso falhou, muito rapidamente.
—
Ele podia vê-la, e seu peito começou a bater.
Draco estava sentado no fundo do café, observando Cordélia Annalise sentada em uma mesa com uma mulher mais velha. Apesar de quão bonita ela estava, tudo o que ele olhava para ela era ódio. Ódio porque ela tentou matá-lo.
Sua recém-nascida estava em uma cadeirinha de carro em uma cadeira ao lado dela, e embora ele não pudesse ver como o bebê parecia, ele esperava que seu coração não parasse de bater.
Porque nem um momento depois, ela começou a engasgar e agarrou a mesa por sua vida.
O suco de kiwi que ele colocou no smoothie dela estava fazendo efeito, e agora, todos ao redor dela estavam correndo para pegar um epipen.
Ele saiu do café, meio esperando que ela sobrevivesse, meio esperando que ela não sobrevivesse.
—
— Cordélia.
Seus olhos se mexeram, a boca ficando seca. Seus olhos estavam tão caídos que ela não conseguia mantê-los abertos, e quando seu chefe bateu na porta, ela levantou a cabeça e levantou os polegares.
Ele deu a ela um olhar confuso. — Você não pode dormir no trabalho. Ou vá para casa, ou acorde. Me desculpe, mas eu não pago meus empregados para dormir.
Ela assentiu, esfregando o rosto. — Sinto muito, isso não vai acontecer de novo.
Ele deu a ela um aceno curto, e quase saiu, mas então voltou. — Você está ciente do novo proprietário da empresa, correto?
Seus olhos se arregalaram, o cabelo ainda em um coque desleixado. — O quê? Eu pensei que você era o dono da empresa-
— Me ofereceram muito dinheiro por isso — ele explicou a ela, suavemente. — Eu ainda sou seu chefe, mas... tecnicamente, ele também me superou, o que significa que ele é chefe de nós dois.
Sonolenta, ela acenou com a cabeça, e curvou o lábio em um rosnado quando percebeu que estava dormindo na última hora. A porta de seu escritório se fechou, e ela olhou para o telefone, para ver que Joyce tinha mandado uma mensagem para encontrá-la no café quando ela saísse do trabalho.
Ela decidiu que seria melhor apenas ir para casa, então ela foi até o escritório de seu chefe depois de pegar suas coisas, sendo apenas seu telefone e alguns papéis.
Quando ela bateu, percebeu que a porta estava destrancada, tão hesitante que a abriu.
Ambas as bocas quase caíram abertas.
Draco Malfoy estava na frente dela, um copo de uísque em suas mãos e um terno ajustado em seu corpo definido. E ele achou difícil tirar os olhos dela, como seu vestidinho preto apertado se encaixava perfeitamente nela, como seus grandes olhos castanhos olhavam para ele, como ela parava cada movimento em sua postura.
Ele deveria estar morto.
Essa é a única coisa que soou em sua cabeça, e seus pés recuaram, quase tropeçando enquanto ela corria para fora daquele prédio. Ela começou a caminhar para o café, ligando para Joyce no caminho para lá.
— Ei, querida! Você está vindo? — a doce voz de Joyce soou em seus ouvidos, quase a fazendo querer chorar.
Ela pensou que sua mãe tinha acabado com a morte de Draco, mas ele não estava nem perto. — Sim - estou. Estarei aí em alguns minutos...
Sua confusão podia ser ouvida. — Você está bem? Parece que você vai chorar.
Sua voz baixou. — Ele não está - ele não está morto — ela gaguejou, seu coração acelerando. Seu peito parecia que ia doer por dias, e as nuvens começaram a cobrir o céu, parecendo que ia chover.
O café ficava do outro lado da rua, e Joyce estava dizendo alguma coisa, bem quando tentava atravessar a rua.
Uma mão deslizou por sua cintura e a puxou de volta para a calçada quando um carro buzinou e passou. Ela percebeu que estava prestes a andar na frente de um carro e começou a respirar pesadamente novamente, apertando o peito.
A mão deslizou para trás dela, e quando ela viu seu novo chefe ir embora, seu coração acelerou também.
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𝑫𝒂𝒅𝒅𝒚 | 𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚 +18
Hayran KurguCordélia Annalise é uma mulher de 19 anos que perdeu seu pai em um trágico acidente, a deixando sozinha com uma mãe que a odeia. Ela encontra conforto para esses problemas em seu melhor amigo e o cara por quem é apaixonada, Scorpius Malfoy. No entan...