ℂ𝕒𝕡í𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟛𝟙

675 49 3
                                    

[esse me deixou um pouco emocionada. 😢]

Manchas de lágrimas, ambos estavam.

Cordélia havia acordado no meio da noite, exatamente às 12h, assim como Draco. Ambos em camas diferentes, em locais diferentes, por toda a cidade. Suas vidas foram dilaceradas, arrancadas deles, e Cordélia mal conseguia andar até o banheiro para pegar um copo d'água.

Draco parou no balcão da cozinha e apenas olhou para a garrafa de uísque em sua mão. Ele chorou, chorou, implorou ao mundo para lhe dar respostas sobre por que isso aconteceu. Por que isso aconteceu com eles. Eles não mereciam isso. Nenhum deles.

Cordélia caiu de joelhos e chorou tão alto que acordou as duas filhas. Então ela chorou mais. Porque sua bebê recém-nascida nem conheceu seu pai. Ou qualquer homem, em tudo.

Draco virou as chaves do carro e começou a dirigir, e Cordélia não parava de chorar mesmo quando pegou seu bebê de quatro meses. Quando tudo voltou, isso incluiu seu trauma. Incluía o acidente com seu pai, o abuso de sua mãe, sua mente quebrando de vez em quando.

Ele levou quinze minutos para chegar ao apartamento dela, quando deveria levar quarenta e cinco. Mas assim que ele bateu naquela porta, Cordélia deitou a filha de volta no chão e disse a Carmella para ficar no quarto, praticamente correndo para abrir a porta.

Ela foi levantada e mal conseguia respirar quando ele a puxou para seus braços, e eles ficaram lá, caindo no chão, chorando juntos. Eles não tinham dado o suficiente?

— Cordélia — ele ofegou, respirando pesadamente e empurrou o cabelo dela para longe de seu rosto. — Amor, por favor. Diga alguma coisa.

Ela apenas chorou em seus braços, sua garganta fechada sobre ela.

— Não — ele segurou o rosto dela, tremendo de frio. Mas ele não se afastou nem um centímetro dela. — Não, não, amor, vamos. Por favor, não faça isso comigo. Eu só quero ouvir você. Diga alguma coisa. Por favor. — Ele a abraçou e implorou. — Por favor. — Foi abafado em seu ombro, — Qualquer coisa. Não faça isso comigo.

Deus, ela se odiava.

Mas tudo o que ela pôde fazer foi abraçá-lo o mais forte que pôde até que seu bebê começasse a chorar novamente.

O rosto de Draco caiu, afastando-se dela e pegando-a no colo, fechando a porta. Cordélia começou a entrar em pânico e começou a chorar em seus braços, segurando-o com tanta força que doía.

— Não me deixe.

Draco suspirou em seu ombro. — Aí está você. — Ele beijou sua bochecha, seu pescoço e até sua testa várias vezes. — Eu não vou embora. Continue falando comigo. Por favor.

Ela se aninhou em seu ombro, fechando os olhos. — Eu não entendo, Draco. Eu- eu não sei mais nada.

Ele a sentou na cama e acendeu a luz, ambos tentando se ajustar à luz. Quando ele olhou no berço, tudo o que viu foi uma réplica exata de Cordélia. Mas os olhos, os olhos eram definitivamente dele.

Cordélia limpou o nariz com a manga, ainda tremendo. Carmella se arrastou para o colo dela, sussurrando: — O papai voltou? Ele está indo embora de novo?

Mais lágrimas brotaram nos olhos de Cordélia quando Draco se virou e pegou Carmella no colo, abraçando-a. — Eu não vou embora, nunca mais. Ok? — Ele beijou sua testa. — Estarei aqui para sempre.

Carmella assentiu e Cordélia puxou a calça de moletom de Draco. Ela sabia que Carmella sentia falta dele, mas tudo o que ela queria fazer era tocá-lo. Segurar ele. Beijá-lo. Qualquer coisa que levasse o coração partido.

Draco assentiu, colocando Carmella de volta no chão. — Vamos voltar para a cama, ok?

Cordélia o observou desligar a luz novamente e se moveu para o meio da cama, permitindo que ele se deitasse ao lado dela. Ela instantaneamente se agarrou a ele, e ele a segurou com firmeza.

— Cordélia — ele falou baixinho, a voz quase embargada. — Eu não entendo o que aconteceu.

Ela afastou o cabelo do rosto novamente, respirando pesadamente. — Sinto muito. — Ela choramingou para ele, desmoronando. Ele olhou para ela como se fosse perguntar por que, mas ela quem perguntou. — Eu me lembro de você ontem. Depois de você- você beijou aquela garota... por que você fez isso? — Ela gritou, agarrando a camisa dele. — Eu me lembro de você me implorando para falar, mas eu- eu não pude, Draco. Você me machucou. E eu sei que eu - eu tentei falar, tentei deixar- deixar você saber que eu estava tentando. Mas-

Ela estava tropeçando em suas palavras, e elas estavam de volta na mesma posição da última vez. Ela está tentando desligar e ele não permite. Porque ele sabe como pará-lo agora, mas Deus, ele gostaria de saber ontem.

Ele a pegou de volta e a levou para o banheiro, sentando-a no balcão e fechando a porta atrás dele. — Olhe para mim.

Seus lábios tremiam, e ele ficou entre suas pernas, puxando-a para ele.

— Cordélia, olhe para mim — ela o fez, olhando nos olhos pelos quais se apaixonou. — Eu tirei você desse estado uma vez. Farei isso de novo se for preciso. — Ele deu um beijo no nariz dela. — Você não está confusa, você é uma pessoa normal que luta. E tudo bem. Mas você tem que se lembrar de respirar.

Ela assentiu, olhando para ele agora com amor e luxúria misturados. Seus lábios colidiram com os dele quase instantaneamente, sentindo alívio e sensação ao mesmo tempo. Ele empurrou sua camisa de manga comprida acima da linha da calcinha, agarrou sua cintura e a beijou ainda mais forte.

Eles mal conseguiam respirar o suficiente quando ele empurrou para dentro dela, ainda se beijando com tudo neles. Seus pequenos gemidos e o suor dele se misturaram perfeitamente, e ela não conseguiu evitar arranhar suas costas depois de tirar sua camisa.

— Eu senti sua falta — ele gemeu em seu ouvido, falando desleixado e empurrando forte. — Cada — Sua mão deslizou entre eles. —, parte sua. — Ele esfregou seu clitóris suavemente, deslizando o polegar sobre ele de vez em quando apenas para ouvir seu som favorito vindo de seus lábios.

Ela gemeu contra o peito dele, os dois tão próximos que ela mal conseguia respirar. Mas tudo bem, porque a cada empurrão que ele dava nela, ela ficava cada vez mais confortável em gemer o nome dele ainda mais alto.

— Cuidado — ela suspirou, com a boca aberta. — Não quero me engravidar de novo.

Ele riu, segurando a nádega dela em sua mão, quase cobrindo-a, e se empurrou mais fundo dentro dela, sentindo o jeito que ela pulsava ao redor dele e se agarrava mais forte.

Ele respirou perto de sua orelha, agarrando seu cabelo com a outra mão. — E quem diabos disse que eu não queria isso?

𝑫𝒂𝒅𝒅𝒚 | 𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚 +18Onde histórias criam vida. Descubra agora