Love At First Flight (Jotakak)

✈️ Zulu ✈️

— Eu amo ter você dentro de mim, querido!

Jotaro geme deliciosamente, manhoso demais, com sua voz grave quase soando como as oitavas menores de um piano. A visão que tenho do rosto dele, corado e contorcido de prazer é perfeita, e eu me deleito com as estocadas macias que deixo em seu interior, indo e voltando quentes demais, mais quentes do que quando sou eu que estou por baixo. Entretanto, mesmo com a deliciosa sensação que nos engolfa, há um problema.

Ainda estou pensando em Joseph.

Desgraça, eu tenho mesmo que ficar pensando nisso? Estou aqui, com quem eu amo, segurando as mãos dele enquanto eu o penetro delicadamente, não deveria estar pensando nisso! Eu só deveria focar no quanto Jotaro implora por mim, no quanto seu interior se aperta deliciosamente em torno do meu pênis, tão manhoso que desmancha total a pose de sério que possui.

Mais cedo, o ocorrido no aeroporto me desestabilizou total. Mal consegui comer, e estou um pouco paranoico acerca do que aconteceu. Joseph é tão desgraçado assim por me odiar sem motivo algum? Ah, mas a proteção, Jotaro precisa ser protegido.

Jotaro não é uma criança, porra, ele sabe se virar! Empurro com força, mas inconscientemente enquanto penso sobre o senhor Joestar. Meus dedos se entrelaçam aos de Jotaro, abaixo de mim e jogando a cabeça para trás. Ele põe mais força nas mãos que estão juntas às minhas, acho que ele já está sentindo que empurro meus quadris com um pouco de força.

Fecho meus olhos e sinto a franja ruiva se fundir em minha pele suada. Deixo para trás um longo suspiro, envolto em prazer e dor; a dor de remoer os fatos de mais cedo durante o nosso sexo. Cérebro, você pode se focar um pouco aqui, por favor?

Merda. Dou outro empurrão no interior de Jotaro, cada vez mais apertado, o que significa dizer que ele também está tenso. Minhas mãos soltam a dele, e eu o seguro pelos pulsos enquanto o puxo para cima, eu preciso urgentemente de um beijo, de sentir aqueles lábios contra os meus em um contato romântico. As bocas se unem magicamente, fomos feitos um para o outro, e mesmo com tudo isso sondando a paciência, estou certo que o amo.

— Tenha cuidado. — Jotaro sussurra, escorregando os lábios através da minha orelha. — estou aprendendo junto com você como se faz isso.

— Que seja. — empurro a cabeça de Jotaro para trás, o afastando de mim e vendo a reação dele. Um suspiro forte e o pescoço deitando para trás, convidativo para um beijo que pesca em minha língua todo o gosto de sua pele cheirando a loção pós-banho e com um leve gosto de sal.

— Nori, eu... eu vou... — Jotaro geme, enfiando as unhas curtas em minhas costas, arranhando a pele suavemente, mas que mesmo assim, me provoca algum incômodo.

Decido segurar um pouco mais e me manter dentro dele. Estou cansado, selvagem demais para me reconhecer no momento. Noriaki ativo? Eu realmente não imaginava isso e acho que nem mesmo Jotaro, e ultimamente vamos revezando nossa dinâmica juntos e nos descobrindo cada vez mais.

Merda, tudo isso tem que realmente acontecer? Meus pensamentos continuam me sabotando e o sexo que eu quero que seja fofo, logo se torna selvagem no momento em que eu removo meu membro de dentro de Jotaro e o empurro novamente sobre a cama, causando um enorme tremor na mesma.

— De quatro, porra! — ordeno, de joelhos sobre o colchão enquanto reposiciono o preservativo no meu pênis. Fui tão furioso nos últimos movimentos que o látex quase escorregou para fora, sendo removido por completo.

Fúria. Estou transando por fúria e sei que isso não é nada bom. Sinto-me raivoso até mesmo para encharcar o membro com lubrificante, e acabo derramando mais do que deveria sobre o mesmo. Observo rapidamente a reação de Jotaro, se ajoelhando sobre a cama e apoiando o peso do seu corpo na parede com os braços.