✈️ Papa ✈️

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Meu corpo estremece, mas não é devido a uma turbulência, e meus cabelos vermelhos derretem como fogo.

Eu até ignorei o fato do ar condicionado estar ligado, pois os hormônios devoram o meu corpo. Eu quero que Jotaro mostre um pouco do seu lado pervertido e não apenas romântico, e a oportunidade está nesse avião apertado demais, até meus pés lutam para não tocar em algum botão da cabine, mas falham inutilmente.

Mais um beijo trocado entre nós, e saboreio lentamente o gosto de café presente em sua língua, que entra em uma leve disputa contra a minha. O gosto de Jotaro é tão bom que me faz sentir no céu, mas espera, estou realmente no céu!

Eu não deveria estar excitado, não aqui, não agora. E não sou o único a sentir isso:

— Nori, não deveríamos fazer isso aqui. — ele se afasta, noto-o tenso demais. Todo esse assunto é tão delicado assim? Não quero saber, deixa esse negócio de sonhos de adolescente para depois, quero aproveitar a realidade mesmo:

— Hmm, acho que deveríamos tentar. — enrolo aquela mecha que se sobressai do cabelo dele e me aproximo de sua orelha, explorando com a língua o discreto brinco dourado que Jotaro costuma usar quando não está com o uniforme da empresa — Tipo como nos filmes, algo cheio de adrenalina, e sozinho aqui com você... é a nossa única oportunidade.

Jotaro está ainda mais fechado, mesmo que retribuindo com carinho o beijo. Seus dedos tocam o meu rosto, arrumando as mechas desgrenhadas do cabelo ruivo.

— Que tipo de filmes você anda assistindo?

Estou rindo por dentro, mas por fora estou incendiando de excitação em meu olhar levemente entorpecido e o rosto corado. Lanço-me diretamente em seus lábios, com certa pressa, preciso nos satisfazer o mais rápido possível, pois daqui a pouco vamos pousar. Consegui fazer com que sobrasse uma centelha do meu fogo do dia anterior, e agora, estou queimando novamente, e sinto que nem mesmo os beijos vorazes de Jotaro serão o suficiente para o apagar.

— Nori, quer mesmo tentar isso aqui? Você sabe que vamos cometer um crime, não? — eu sei que ele está resistindo ao máximo. Por sua expressão, Jotaro está se controlando até chegar ao destino final. Não posso permitir isso:

— Deixa de ser certinho, caramba! — deslizo a língua sobre seus lábios fechados, fisgando um pouco daquele peculiar gosto de café. Desço a mão e ela vai de encontro à calça de Jotaro, estou ansiando por senti-lo entre meus dedos. — Dessa vez, esse avião aqui vai ter que me dar a experiência da primeira classe, e não a da econômica e ninguém, absolutamente ninguém precisa ficar sabendo.

Uso a língua para percorrer um caminho de beijos molhados dos lábios até o pescoço, causando em Jotaro alguns arrepios. Eu quero explorá-lo mais, na primeira vez eu tive apenas uma parte sua em minha boca, agora eu o quero inteiramente para mim. Tiro a blusa que ele veste sem muita dificuldade e a jogo para trás enquanto minhas pernas se flexionam com cuidado ao lado das coxas dele.

Continuo minha dança erótica sobre seu colo quente e firme, ao mesmo tempo que mantenho os beijos em seus lábios. Jotaro não pode me decifrar agora, embora seja fácil descobrir o que quero apenas com a graciosa massagem em seu pau, se tornando rígido com a fricção que provoco sobre a calça branca no qual veste. Aquela deliciosa maciez aos poucos se tornando endurecida em meus dedos aquece e acelera ainda mais o coração que insiste em entrar em turbulência aqui dentro do peito.

Nada de boca seca dessa vez, mesmo com a taquicardia provocada pela adrenalina, os lábios permanecem úmidos, e meus sentimentos, à flor da pele; parece uma pessoa experienciando um voo pela primeira vez na vida, cheia de adrenalina e com medo por não saber o que a espera pela frente.

Love At First Flight (Jotakak)Onde histórias criam vida. Descubra agora