✈️ Oscar ✈️

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N/A: Gente, qualquer dúvida em relação aos termos de aviação que uso na fic podem ficar a vontade para me perguntar nos comentários que eu respondo quase que instantaneamente, beijinhos ♥


Aquele bunda branca do Pierre é um anjo! Digo isso porque ele aceitou trocar a escala comigo e me dar mais dois dias de folga, e assim, eu vou aproveitar ao lado de Jotaro esses seus dias livres. No dia anterior, fomos para a praia e nós dois curtimos um pouco o momento, apesar do contratempo envolvendo Joseph Joestar, tudo deu certo.

No dia anterior, cheguei em casa e pensei seriamente em descansar e talvez fazer algum jantar só para nós dois no dia seguinte. Recebi uma mensagem de Jotaro, me convidando para conhecer o rancho da família Joestar que fica na região de Toyama, do outro lado do país. De início, recusei a proposta, mas ele me informou que seria apenas uma hora de voo até o local. Pedi para ele comprar as passagens, mas tive uma grande surpresa.

Jotaro ia pilotar o jato executivo do seu avô.

Eu não sei se quero voar em uma aeronave que pertence a Joseph, no dia anterior ele me tratou muito mal e fiquei horas a fio pensando em todo o ocorrido antes de dormir. Gastei horas do meu café da manhã digerindo a situação em vez de degustar o delicioso chá gelado que fiz.

Desci do carro, estacionado próximo a um hangar e estranhei o ambiente diante dos meus olhos: um aeródromo, com alguns hangares enfileirados. Aeronaves de pequeno porte decolam e pousam na pista de tamanho médio do aeroclube, e não sei o que deu na cabeça de Jotaro para ter uma ideia assim de última hora, e fico bastante curioso:

— O seu pai não vai achar ruim?

— Nori, o avião é do meu avô Jonathan, então eu e o velho podemos usar, contanto que arquemos com os custos de combustível. — Jotaro nota o quanto ainda estou relutante, parado diante do hangar. Ele fecha o porta-malas do carro, entregando minha bagagem.

Coloco um pouco mais de força na alça da mala, contendo diversos chaveirinhos contendo a frase "remove before flight". Estou inseguro disso, e deixo um gemido de medo ruir dos meus lábios.

Não dou mais uma palavra sequer à Jotaro. Em vez disso, o deixo ir até a porta do hangar e abrir uma passagem pequena, exclusiva para o acesso de pessoas ao lado do portão maior, o das aeronaves. Continuo no meu próprio lugar, pensativo e receoso sobre o que vamos fazer. Viajamos juntos por causa do trabalho, mas agora vamos voar juntos para um dia longe de Tóquio. Eu estou com medo, confesso.

— Kakyoin? — parado na porta do hangar, Jotaro acena para mim. E eu continuo que nem a porra de um coqueiro plantado no meio da área externa do hangar.

Eu o sigo, definitivamente, porém ainda não estou pronto para aceitar a ideia. Puxo a mala com desdém, os chaveiros chacoalham e produzem um som que mais parecem sinos de vento; as rodas se arrastam com dificuldade pelo chão de cimento. A cabeça dói para um caramba, mas é por puro nervosismo.

Entro no hangar ainda tentando compreender a situação. Jotaro está do outro lado do pátio, em um mezanino que dá visão para as duas aeronaves guardadas no local. As luzes se acendem, e logo um belo jato executivo reluz diante dos meus olhos.

Meu... deus. Exclamo, admirado com a aeronave. É a primeira vez que vou voar em um jato, meu deus, vou me sentir a própria Fergie em pessoa naquele vídeo de "Glamorous". Sorte de ter um namorado piloto é essa, só que para o bom e velho azar típico de Noriaki, não sei se o pai dele autorizou a viagem. Aparentemente sim, Jotaro não mentiria tão fácil para mim.

Aproximo-me do jato, tocando a fuselagem reluzente com a ponta dos dedos. É lindo, parece um carro que foi lavado e encerado há poucos minutos; a pintura laminada e levemente lilás me lembra as cores da Star Platinum Airways. Rapidamente exploro toda a aeronave pelo lado de fora, parando próximo a porta e analisando um adesivo que contém o modelo do mesmo.

Love At First Flight (Jotakak)Onde histórias criam vida. Descubra agora